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Atividade 6ª semana Epistem. 2016 1º semestre

Por:   •  2/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.231 Palavras (13 Páginas)  •  426 Visualizações

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Curso de Licenciatura em Geografia

Disciplina de Epistemologia, Organização, Teoria da Região e Regionalização do Espaço

Docente – Jucilene Galvão

Discente – Roseli R. Gonçalves

Atividade 1/Portfólio – PEGE  - 6ª semana – Ciclo 2

Baseado nas leituras propostas ao longo das semanas anteriores, responda às questões a seguir: 

  1. Como o homem se utilizou do conhecimento geográfico para sua existência e evolução técnica ao longo da história? Explique.

        As necessidades humanas de localização e representação do espaço fizeram com que, desde a Pré-História quando o homem nômade buscava caça e coleta em lugares distantes, ele desenvolvesse técnicas a fim de conseguir locomover-se e voltar para o local de origem. Como se pode observar em algumas pinturas rupestres, ele inicia o traçado do dia a dia que dá indícios de localização de territórios e de ações desenvolvidas, através de desenhos. Mais precisamente no período neolítico, 10.000 a.C., o homem deixou de ser nômade para se tornar sedentário, desenvolveu técnicas de plantio e pastoreio. Desenvolveu-se a astronomia, da necessidade de se conhecer as estações do ano, os períodos de seca e de chuva.

                Na Antiguidade Clássica, os conhecimentos geográficos apresentaram         um grande desenvolvimento, especialmente por meio do povo grego. Seu forte         era o         registro sistemático e organizado de fatos e         acontecimentos, bem         a         descrição e a         análise dos aspectos naturais dos diferentes         lugares, promovendo         o chamado estudo da Terra.

                Os romanos ao conquistaram a Grécia e, além de explorarem o seu vasto         território, usufruíram de seus conhecimentos geográficos.

        Com as conquistas militares e o domínio dos povos e terras conquistados, os romanos também deram maior importância à Geografia descritiva, a qual visava indicar as localizações.

        Durante a Idade Média houve significativo retrocesso no conhecimento científico, graças à repressão imposta pela Igreja Católica.

                Nos séculos 10 e 11, ocorreram as Cruzadas, expedições realizadas pela         igreja,         buscando reconquistar os territórios "santos", e, assim, promoveram         intercâmbio         cultural e acesso dos cristãos às obras gregas, cultura árabe e         invenções chinesas.         Assim, nesse período, houve uma retomada aos estudos         científicos.

                As grandes navegações, os descobrimentos de novas terras, a substituição         do modo de produção feudal pelo modelo capitalista, marcam a Idade         Moderna, pois ocorreu uma inversão no quadro científico. Os fenômenos         naturais deixaram de ser explicados somente pela Bíblia, surgiram novos         pensadores e a ciência geográfica ganha grande importância e reconhecimento.

        Na Idade Contemporânea, período atual da história, mas precisamente no século 19, a Geografia passou a ser reconhecida como disciplina e a fazer parte dos currículos universitários, tomando a forma de ciência como conhecemos hoje.

  1. Quais foram as mudanças ocorridas na ciência geográfica a partir do século 19? Apresente uma lista das diferentes correntes filosóficas e escolas geográficas surgidas após este período.

        A partir do século 19, ocorre a efetiva sistematização da Geografia tendo como base a corrente filosófica positivista. Segundo essa corrente, as ciências sociais deveriam utilizar o mesmo método das ciências naturais: o Método Científico Experimental.

        A Geografia sistematizada e autônoma, surgiu na Alemanha com Humboldt e Ritter, autores que estabeleceram uma linha de continuidade nesta disciplina. Formaram-se as primeiras correntes de pensamento e ela se tornou o centro de desenvolvimento da ciência geográfica (MORAES, 2005).

        Outro autor importante na evolução do pensamento geográfico foi o alemão Ratzel, que foi um instrumento poderoso de legitimação dos objetivos expansionistas do Estado alemão recém-constituído. Ele trouxe ao debate geográfico os temas políticos e econômicos, colocando o homem no centro das análises, mesmo que numa visão naturalista.

        Em oposição às ideias de Ratzel surgiu a escola francesa de Geografia, a chamada “Geografia Tradicional”, cujo principal representante, o francês Paul Vidal de La Blache, que passou a estudar profundamente os trabalhos dos alemães e fez críticas profundas a esses trabalhos.

        A Geografia Moderna ou Tradicional passou a ser discutida e a tomou novos rumos, a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

        O movimento de renovação da Geografia surgiu em meados do século 20, apresentando várias vertentes, devido às diferentes concepções de mundo dos autores.

        A "Revolução Quantitativa e Teorética na Geografia" surgiu, então, como uma nova corrente na Geografia que passou a ser denominada de “Geografia Quantitativa” ou “Geografia Neopositivista” ou ainda “Nova Geografia”, em 1963, pelo geógrafo Ian Burton.

        Ao conceber as múltiplas relações entre os elementos da paisagem como relações matemáticas, meramente quantitativas, tal pensamento trouxe um empobrecimento à Geografia.

        Surgiu, na década de 1960, uma corrente preocupada em ser crítica e atuante: A Geografia Crítica ou Radical. Essa nova corrente geográfica assume uma postura crítica radical, pensando nas questões sociais, na luta por uma sociedade mais justa, ao adotar como método de análise o Materialismo Dialético ou Materialismo Histórico.

        As demais correntes surgidas do movimento de renovação da Geografia, as chamadas “correntes alternativas”, buscaram incorporar o estudo psicológico e social à Geografia.

                Neste contexto, surgem:

  • A Geografia Humanística, que emprega a fenomenologia (o estudo da consciência sob o ponto de vista do comportamento humano).
  • A Geografia Idealista, que estuda as ações envolvidas pelo pensamento, que levam às atividades humanas.
  • A Geografia Têmporo-Espacial, que estuda as atividades do homem segundo o tempo e o espaço traçando ritmos de vida.

  1. Defina de forma sintética e direta:

Espaço geográfico - é o espaço natural modificado pela ação humana. Em Santos (1978, p. 119) encontra-se a seguinte definição: [...] o espaço geográfico é a natureza modificada pelo homem através de seu trabalho.

Paisagem – é a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Segundo Santos (2008, p.103): [...] A paisagem é um conjunto de formas que, em dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a natureza.

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