A Evolução das Ideias Sobre o Cosmos

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos relatar a evolução do pensamento humano em relação ao universo e seus mistérios, revelando o que as principais civilizações - pré-histórica, mesopotâmica, egípcia, chinesa, grega, até a moderna - pensaram e pensam a respeito deste tema. A “definição” que a Ciência nos traz hoje a respeito de o que é o Cosmos passou por constantes transformações. Desde o início da existência de nossa espécie, houve hipóteses e teorias com relação a posição da Terra, se esta era o centro do universo, o porquê do dia e da noite, se existiam outros planetas ou vida além da existente em nosso planeta, entre outras muitas indagações que ainda temos até hoje e que os cientistas tentam, de qualquer forma, resolver.

A cosmologia é uma parte primitiva da filosofia, que surgiu para estudar a evolução e composição do universo, tendo como objetivo substituir as explicações mitológicas e divinas sobre as transformações que ocorrem com nosso mundo e com o universo- e é a cosmologia que vai ser estudada e aprimorada por todas as civilizações para que hoje possamos entender e investigar ainda mais sobre o Cosmos. Com este trabalho temos a intenção de levar o leitor a refletir sobre o que somos comparados ao tamanho do Universo – que não pode nem sequer ser imaginado ou contabilizado por um cérebro humano -, sua grande importância para nós, pois afinal é o nosso Universo, e não apenas mostrar o que o universo representa para nós, com relação ao passado e o presente. Iremos abordar o que os antigos pensavam sobre este gigantesco Universo, através de suas observações para o céu. Tudo relacionado ao Universo nos influencia, seja direta ou indiretamente, como, por exemplo, modificações no clima, consequentemente problemas ou melhorias na agricultura, na maneira de organizar nosso dia, nas horas, nos anos etc.

Nós somos extremamente interessados neste assunto e foi por isso que a Ciência evoluiu. Está no instinto no homem querer saber mais sobre seu meio, saber sua origem e o porquê de tudo. É emocionante parar para refletir sobre o Cosmos e é com esta intenção, de que os leitores parem para pensar e discutir sobre como foi e como será daqui a milhares de anos, que realizamos este grande trabalho de pesquisa sobre o estudo científico relacionado ao universo.

2. TODA CIVILIZAÇÃO TEM UMA COSMOGONIA

Todas as civilizações possuem uma cosmogonia, isto é, possuem uma crença de como o Universo se originou e como é organizado, etc. Antigamente, as curiosidades do ser humano em saber como surgiu, o que havia ao seu redor e o porquê de tudo, levaram eles a criar crenças e histórias para se basearem em algo. Eram imaginadas diversas coisas, que para nós, hoje, parecem absurdas – e mesmo assim não as descartamos – como, por exemplo, que deuses haviam nos criado, que a Terra ficava sobre um elefante que ficava sobre uma tartaruga que se localizava no mar, etc. A cosmogonia de cada civilização deve ser estudada muito detalhadamente se quisermos argumentar contestando-a, pois elas possuem um porque de ser assim. Foi a nossa curiosidade que nos levou a pesquisar sobre as mais diferentes e principais civilizações e suas respectivas cosmogonias. Abaixo separamos em tópicos o que cada uma acreditava, resumidamente, é claro.

2.1 ASTRONOMIA PRÉ-HISTÓRICA

As mais antigas fontes datam de aproximadamente 50.000 anos atrás. As observações e investigações realizadas por eles, mostram que os povos que os construíram, principalmente por volta do 3 milênio a.C., possuíam significativos conhecidos acerca dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Há também fortes indícios de que, através deles, aqueles povos já podiam prever outros fenômenos como os eclipses e as fases da Lua.

Stonehenge: Monumento pré-histórico. Acredita-se que era utilizado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos.

2.2 ASTRONOMIA NA MESOPOTÂMIA

Segundo as concepções dos mesopotâmicos, os planetas eram verdadeiros deuses, acreditando que eles exerciam influência direta sobre os acontecimentos ocorridos na Terra, particularmente com os seres humanos. Montaram uma tabela, de acordo com os corpos celestes e dias da semana:

Sol (domingo)

Lua (segunda-feira)

Marte (terça-feira)

Mercúrio (quarta-feira)

Júpiter (quinta-feira)

Vênus (sexta-feira)

Saturno (sábado)

Esses conhecimentos astronômicos foram obtidos pelos mesopotâmicos com persistentes e sistemáticas observações realizadas durante séculos e até mesmo milênios, fazendo o uso de aparelhos bastante rudimentares. Os principais instrumentos astronômicos de que se dispunham eram o Gnomon, a Clepsidra e o Pólo.

Clepsidra: um dos primeiros sistemas para medir o tempo. Atualmente é possível encontrar uma grande Clepsidra moderna no shopping Iguatemi, em Porto Alegre-RS

2.3 ASTRONOMIA NO EGITO

Os egípcios possuíam um calendário especialmente utilizado para fins religiosos, baseado nas lunações, através do qual podiam prever as fases da Lua. Neste calendário, 25 anos correspondiam a 390 lunações que, por sua vez, correspondiam a 9.125 dias divididos em grupos de meses com 29 e 30 dias. As pirâmides egípcias apresentam suas faces voltadas com grande precisão, para os 4 pontos cardeais, o que também atesta conhecimentos astronômicos. Os instrumentos astronômicos utilizados no Antigo Egito também eram rudimentares como, por exemplo, o Merkhet, que era uma espécie de Gnomon feito de nervura de folha de palmeira com um talhe pequeno na parte mais larga, era o relógio de Sol, constituído basicamente por uma haste colocada numa superfície plana na qual a sombra da haste indicava as horas; além dos relógios de Sol, usavam também a Clepsidra, que foi bastante sofisticada por eles.

Exemplo de calendário egípcio antigo.

2.4 ASTRONOMIA NA CHINA

Os chineses previam os eclipses, pois conheciam sua periodicidade. Só no início da Era Cristã apareceram as primeiras previsões teóricas baseadas no movimento da órbita lunar. Até o surgimento do pensamento grego, as cosmologias, eram rudimentares. Não surgiu

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