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A História da Eletricidade

Por:   •  24/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  149 Visualizações

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Nome: Vitória Souza Amaral                Turma/Curso: 3º Informática A

Choque e Temor - A História da Eletricidade Episódio 1 – Faísca

Ao que tudo indica, a história da eletricidade teve início no começo do século XVIII, na Sociedade Real em Londres, quando Isaac Newton assume a sua liderança trazendo o Francis Hauksbee como chefe do setor de demonstrações. Em novembro de 1705, Hauksbee apresentou uma esfera giratória de vidro, no qual retirou o ar de dentro dela usando uma máquina, a bomba de ar. A máquina por sua vez, funcionava com uma manivela permitia-lhe girar a esfera e, dentro dessa, começou a se formar uma estranha luz etérea.  Quem tinha interesse na eletricidade autodenominava-se “eletricista”. Tal experiencia de Hauksbee se tornou conhecida e passou a ser utilizada em espetáculos e à medida que Inglaterra e a Europa ficavam alucinadas pela eletricidade, os espetáculos ficavam maiores. Os eletricistas mais curiosos começaram a fazer perguntas mais profundas, não apenas sobre como tornar os shows maiores.

Em 1720, em Charterhouse, Stephen Gray, um exitoso tintureiro de seda da Cantuária que estava habituado a ver faíscas elétricas saltarem da seda, construiu uma estrutura de madeira e na haste superior ele pendurou dois balanços usando corda de seda. Ele também tinha uma máquina Hauksbee, para gerar energia estática. Em uma experiencia, ele pôs um dos órfãos que viviam em Charterhouse para se deitar entre os dois balanços e colocou algumas folhas de ouro na frente do órfão. Depois, ele gerou eletricidade e eletrificou o garoto por uma barra de ligação. Folhas de ouro e até penas, saltavam rumo aos dedos do garoto. Para Gray aquilo significava que a eletricidade podia se mover, da máquina para o corpo do garoto, através de suas mãos. Mas a corda de seda a detinha. Significava que o misterioso fluido elétrico poderia propagar-se por algumas coisas e outras não.

Em Leiden, Holanda, um professor surgiu com uma invenção ainda considerada por muitos como a mais importante do século XVIII, o professor Pieter Van Musschenbroek. Sua descoberta não surgiu em decorrência de sua ciência, mas devido a um simples erro cometido. Ele tentava encontrar um meio de armazenar a corrente elétrica, adequada às suas demonstrações. Se a eletricidade é um fluido que corre, como a água, então talvez pudesse ser armazenada da mesma forma. Musschenbroek foi para seu laboratório tentar criar um aparelho para armazenar a eletricidade. Ele pegou uma jarra de vidro e encheu com um pouco de água. Depois, ele inseriu dentro dela um fio condutor que estava conectado pela parte superior a uma máquina elétrica de Hauksbee. Ele pôs a jarra sobre um isolante para ajudar a manter a corrente dentro dela. Depois, ele tentou inserir eletricidade dentro da jarra produzida pela máquina e conduzida pelo fio até dentro da água. Independentemente do que ele tentava, a corrente não ficava dentro da jarra. Um dia, por acidente, ele esqueceu de pôr a jarra sobre o isolante, e a eletrificou enquanto ainda estava em sua mão. Então, segurando a jarra com uma mão, ele tocou na parte superior com a outra e recebeu um choque elétrico tão forte, que quase foi jogado ao chão. A jarra conseguia armazenar eletricidade por horas, até dias. Em homenagem à cidade onde Musschenbroek fez sua descoberta, ela foi chamada de jarra de Leiden. De 1745 até o final da década, a notícia da "jarra de Leiden" tornou-se mundial.

Dentro de 10 anos, surgiu um avanço de alguém inesperado, de um homem politicamente e filosoficamente em guerra com a elite governante londrina, o colono americano, Benjamin Franklin. Franklin era um defensor da emancipação americana que via a busca pela ciência racional, e, sobretudo pela eletricidade, como meio de acabar com a ignorância, a idolatria e com seus senhores intelectuais elitistas coloniais. Franklin decidiu usar o poder da razão para explicar racionalmente o que muitos consideravam um fenômeno mágico, o raio. A pintura que mostra Franklin, empinando uma pipa em uma tempestade, provando que o raio é elétrico. Mas, apesar de Franklin ter proposto esta experiência, é praticamente certo que ele nunca a realizou.

Nos sécs. XVII e XVIII, boa parte da riqueza mundial passava pelo Canal da Mancha. Novas plantas e espécimes animais de todo o mundo chegavam a Londres, incluindo um que fascinava particularmente os eletricistas. Chamado de peixe torpedo, era objeto de histórias de pescadores. Dizia-se que seu ferrão era capaz de derrubar um adulto. o ferrão parecia ao choque causado pela jarra de Leiden. Henry Cavendish viveu em Londres próximo a Sociedade Real onde ele poderia dar prosseguimento à ciência experimental. Ao saber do peixe torpedo elétrico, ele ficou intrigado para desvendar como um ser vivo poderia produzir eletricidade, ele decidiu fabricar seu próprio peixe artificial. Este é o projeto dele. Duas jarras de Leiden em formato de peixe enterradas na areia. Ao tocar-se na areia, elas descarregavam, proporcionando um choque desagradável. O modelo ajudou a convencê-lo de que o verdadeiro peixe torpedo era elétrico. Embora os peixes reais e o artificial de Cavendish proporcionassem choques elétricos fortes, o peixe real não faiscava. Então como poderia ser o mesmo tipo de eletricidade se elas não faziam as mesmas coisas? Cavendish passou o inverno de 1773 em seu laboratório tentando chegar a uma resposta. A resposta genial de Cavendish foi identificar uma distinção sutil entre a quantidade de eletricidade e a sua intensidade. O peixe real produzia o mesmo tipo de eletricidade. Ela só era menos intensa. O que Cavendish se refere como a quantidade de eletricidade, hoje chamamos de “carga elétrica”.

A descoberta de que a eletricidade não precisava ser um choque ou faísca breve, mas poderia ser contínua e a geração de eletricidade contínua acabaria nos levando à nossa era moderna.

O próximo passo na história da eletricidade surgiu devido a uma forte rivalidade pessoal e profissional entre dois acadêmicos italianos. Na Universidade de Bolonha, no final do séc. XVIII, morava o Luigi Aloisio Galvani e em Pavia, a apenas 240 km de Bolonha, era o lar de Alessandro Volta.  Os dois eram fascinados pela eletricidade e ambos aplicaram a ela as suas visões de mundo distintas. Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos. Por exemplo, em 1759, em Bolonha, a eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia. Ele usou a máquina elétrica de Hauksbee para gerar carga eletrostática, que se acumula e desloca por esta haste e sai por este fio de cobre. Depois, ele conectou o fio condutor da carga ao sapo e um outro ao nervo logo acima da perna. As pernas do sapo se contraem com o contato. Para Galvani, o que acontecia era que havia uma entidade estranha e especial no músculo animal. Mas, para Volta, a eletricidade animal estava relacionada à superstição/magia e via a experiência completamente diferente de Galvani, pois acreditava que ela revelava algo totalmente novo. Para ele, as pernas não estavam pulando como consequência da liberação de eletricidade animal dentro delas, mas por causa da eletricidade artificial externa, elas só se contraíam devido à eletricidade da máquina de Hauksbee.

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