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A Síntese de Aristóteles (384 a.C.)

Por:   •  14/4/2020  •  Tese  •  1.063 Palavras (5 Páginas)  •  169 Visualizações

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Síntese de Aristóteles (384 a.C.)

Metafísica: Etimologia da palavra é meta= além/ depois da física, e physis= físico/matéria/natureza.  Podemos dizer que metafísica em filosofia é o estudo da essência das coisas materiais, não propriamente a matéria, mas o que fundamentalmente a constitui, sua essência. Por exemplo, podemos tentar estudar coisas como o mal, e esse estudo pode partir das coisas materiais como os mais variados atos de violência, mas o objetivo da metafísica é investigar a essência do mal, o que leva as pessoas a serem maldosas ao ponto de serem violentas. Foi assim que Aristóteles desenvolveu seu estudo: a partir das coisas materiais, mas tentando entender a essência delas, a partir da observação e reflexão que venha emergir delas mesmas, e não da ideia que poderia ter sobre elas. Diferente de Platão que é um idealista, Aristóteles é realista/empirista.

Crítica às teorias do conhecimento de Parmênides, Heráclito e Platão.

Para Aristóteles nem conhecemos o ser  por sua imutabilidade, nem pela sua mutabilidade, e, muito menos, sobre uma divisão imaginária/idealista de dois mundos (sensível e inteligível) como pesava seu mestre Platão.

Refutações: A refutação de Aristóteles à Parmênides e a Heráclito, está na apresentação dos conceitos de ato e potência, em que Aristóteles demonstra que tanto o ser tem seu estado atual , que a priori é estático, como também tem potencialidades/ possibilidades de vir a ser, ou seja, de mudar, e isto ocorre não pela conjectura de um mundo das ideias como dizia seu mestre Platão, mas pela observação, diz Aristóteles. Ou seja, Aristóteles chega-se a conclusão da imutabilidade e mutabilidade do ser em si não pela ideia que elabora dessas coisas, mas pela observação e causas delas. Portanto, não conhecemos o ser ou o ente pela ideia que temos ou produzimos como fazia Platão, mas pelo que ele ser é e apresenta ser aos nossos sentidos. Para Aristóteles, por mais que exista a possibilidade de que os nossos sentidos nos enganem como pensava Platão, por outro lado diz Aristóteles que “(...) nada há, ou chega ao nosso intelecto, que não tenha antes passado pelos nossos sentidos”.

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 Compreensão das “Coisas” (método)

Para Aristóteles compreendemos as coisas por meio da indução e da dedução que construímos e/ou identificamos nelas.

Indução: é a compreensão do todo pelo estudo/análise das partes.

Dedução: é a compreensão da particularidade do fenômeno a partir da análise do todo

(sentido universal).

Silogismo: “Todo homem é mortal/ Sócrates é homem/Logo, Sócrates é mortal” (Dedução)

Três distinções/especificidades das “Causas” do ente:

1-Substância que se divide em essência e acidente.

Substância: a substância é a coisa em si.

Essência:  a essência é a coisa fundamental da substância,  a coisa pela qual a substância não pode existir sem. É a coisa em si da substância que permite ela ser o que é, pelo qual sem ela, a substância deixaria de ser.

Acidente: o acidente é o atributo/anexo à substância, para o qual a substância existe independente dela.

Exemplo: O Homem é a coisa em si, a substância. Sua essência e a racionalidade, sem ela ele deixa de ser humano para ser qualquer outra coisa. O acidente, é se o homem é novo, velho, branco, negro, músico, pedreiro, enfim, é qualificação/qualidade do homem. Uma característica adicional, que não interfere na sua essência de ser o que é.

2- Ato e Potência.

Ato: é o estado atual da coisa/do ente, o que é no momento atual.

Potência: é a capacidade que a coisa tem para se transformar, de vir a ser.

Exemplo: A semente de milho é o ato. A semente pode vir a ser uma planta, e esta planta pode vir a produzir uma espiga de um conglomerado de milhos que moído pode vir a ser um fubá, que pode vira a ser um angu, ou um mingau e etc. São as possibilidades do vir a ser/devir da coisa/do ente.

3- Matéria e Forma

Matéria: é o princípio indeterminado/informe, aquilo que é a subsistência a algo.

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