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ANTIGONA

Por:   •  16/11/2015  •  Resenha  •  1.716 Palavras (7 Páginas)  •  312 Visualizações

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FACULDADE CENECISTA DE JOINVILLE

Curso: Direito

Diciplina: Metodologia Científica

Professor: Alexandre Ari Monich

Turma: 1° B Noturno/2011

Acadêmico: Ivandennis Luiz

        

------------------------------------------------------------------------------------------------------SÓFOCLES. Antígona. ed. Martin Claret. Tradução de Jean Melville. São Paulo 2002.

        Antígona- Certamente! Bem... Um e outro, os dois, ambos nossos irmãos morreram nessa guerra sem fim que travamos contra Argos por umas míseras escavações de argila e cobre. Polinices, pouco mais que um menino, acreditava em Argos e deu sua vida por ela. Etéocles, tanto mais jovem, lutou até o fim, defendendo do próprio irmão a última porta de Tebas. Agora, saiba que Creonte concedeu a um deles as honras de sepultura, negando-as ao outro. Parece que sepultou a Etéocles, com todos os ritos que a justiça recomenda, garantindo-lhe assim um lugar condigno no Hades, enquanto proibiu aos cidadãos que encerrem o corpo de Polinice em um túmulo e que sobre este derramem suas libações e lágrimas. Exige que nosso irmão permaneça insepulto, sem homenagens fúnebre, e entregue aos abutres. Eis aí as ordens que a generosidade de creonte nos impõe, a mim e a ti; e podes esperar: ele próprio virá pessoalmente comunicá-las a quem ainda as ignore. Grande empenho ele põe nisso, e ameaça a quem desobedecer com o castigo do apedrejamento. Eu já te disse: dia virá em que terás de pôr a prova teus sentimentos, e se verá se são nobres ou vis.

Pg.84

        Creonte- Cidadãs de Tebas! Depois da terrível tempestade que tão duramente se abateu sobre a cidade, os deuses nos devolveram a segurança e a serenidade! Ordenei a meus emissários que aqui os reunissem, porque sempre honrastes o trono de Laio, como também durante o reinado de Édipo; e mesmo depois de seu fim, mantivesse-vos fiéis a seus filhos. Como sabeis, esses filhos, ligados pelo destino comum, pereceram no mesmo dia, ferindo mortalmente um ao outro com suas mãos ímpias; cabe portanto a mim ocupar o trono e exercer o poder na cidade, por direito gerado pelos laços de parentesco que a eles me ligam. Mas ninguém pode conhecer a alma, os sentimentos e as ideias de um homem, a não ser observando o seu agir, ao aplicar as leis quando investido de autoridade.

Pg.88

        Guarda- Meu rei, vê como é precária a condição humana! Reconsiderar as coisas pode nos fazer desmentir até o que tínhamos jurado, pois assim que juramos tudo muda, e nós também mudamos! Dificilmente eu consentiria em voltar aqui, pois tuas ameaças foram aterradoras! Mais... é bem agradável uma alegria inesperada! Embora tivesse jurado o contrário, eu cá estou de novo, trazendo esta jovem, que foi por nós surpreendida na hora em que concluía a inumação do cadáver. Desta feita não foi a sorte que me escolheu; eu mesmo fiz a descoberta. E agora que ela está em tuas mãos, ó senhor, - interroga-a a teu gosto, julgue-a e lhe dê o castigo. Quanto a mim, creio que estou livre de qualquer suspeita ou punição.

Pg.94

        Creonte- Saiba, pois, que a vontade mais dura costuma ser a que mais facilmente se quebra! O duro ferro, quando aquecido, é o metal que mais facilmente se pode vergar e romper... tenho visto cavalos fogosos que um simples freio subjuga... Não é prudente, pois, exibir tamanha altives quando se está à mercê de outrem. Essa jovem agiu temerariamente, infringindo um decreto real; e, para agravar sua situação com mais uma ofensa, acaba de se gloriar do ato que praticou. Eu não seria mais um homem, e ela tomaria meu lugar, se tal atitude ficasse impune. E, embora seja ela filha de minha irmã, e, portanto, mais vinculada a mim do que o próprio Zeus protetor do meu lar, ela e sua irmã não poderão se subtrair da sorte mais funesta, pois acuso também a outra de ter premeditado a sepultura do irmão. Chamai-a! Ainda há pouco, a vi no palácio, desvairada, fora de si! Frequentemente, aquele que engendra uma ação perversa é traído pela perturbação que transparece antes mesmo de realizá-la! E também me é odioso aquele que, de um crime, procura fazer deste um ato glorioso!  

        Antígona- Agora que me tens em teu poder, que mais queres tu, além de minha morte?

Pg.96,97

        

        Serge Antígona, conduzida por dois guardas de Creonte; ela tem as duas mãos amarradas.

        

        Corifeu- Eu, como muitos, sinto grande revolta contra este decreto, e não posso conter minhas lágrimas ao ver a jovem Antígona dirigir-se ao seu leito nupcial: o túmulo, repouso final de todos os humanos!

        Antígona- Cidadãos de Tebas, minha pátria! Eis-me a caminho do atalho fatal, contemplando, pela última vez, a luz brilhante do sol! Hades me arrasta, viva, ás margens do Aqueronte, sem que eu tenha provado os prazeres do matrimônio, cujos cantos jamais se ouvirão por mim! O Aqueronte será meu esposo!

Pg.108

        Creonte- ( Aos guardas.) Percebeis que  tais lamúrias e gemidos antes da execução não teriam fim, se permitíssemos ao condenado prolongá-los indefinidamente? Por que não a levais, agora mesmo? Encerrai-a, como disse, na tumba de pedra, e lá deixai-a para que morra... ou para que fique sepultada viva em tal abrigo. Nenhuma culpa recairá sobre nós pela morte dessa jovem; ela, porém, jamais tornará a aparecer entre os viventes!

        

        Antígona - Ó túmulo, meu leito nupcial, eterna prisão do mundo subterrâneo, para onde caminho, onde me juntarei aos meus, pois que Perséfone recebeu quase todos entre só mortos! Seja eu a última a descer para o Hades antes do fim natural de minha vida... Minha esperança é que, ao lá chegar, pelo menos agrade a meu pai, a minha mãe, e também a ti, meu irmão querido!

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