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ARTIGO ACADEMICO

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Por:   •  12/5/2013  •  2.773 Palavras (12 Páginas)  •  478 Visualizações

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QUAL O SIGNIFICADO E A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR?

“Só seria possível fazer a história da filosofia, cabendo ao interprete, tanto o professor como ao aluno, o papel de um sacerdote, e à filosofia a função de uma “religião já completada”. (APUD FABBRINI).

Vivemos em uma época na qual nunca foi tão fácil obter informações, mas transformar toda essa enxurrada de informações em conhecimentos verdadeiros sempre foi a dificuldade de muitos educadores, que tentam formar em vez de meros alunos, cidadãos com espíritos críticos, dotados de capacidade de pensar por si próprio. Para um professor ensinar, é indispensável, que em primeiro lugar, deixe claro para si próprio quais são seus anseios, suas metas, suas frustrações. Após olhar para dentro de si, poderá olhar para o aluno como sujeito, capaz de explorar e expandir seu próprio potencial, por intermédio de uma concepção filosófica que leve o aluno a refletir sobre o mundo que o cerca e buscando ainda o conhecimento da realidade da qual ele próprio faz parte.

SURGIMENTO DA FILOSOFIA

A filosofia surgiu quando os seres humanos começaram a exigir provas e justificações racionais que validassem ou invalidassem as crenças do cotidiano, ao abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum, passa-se a ter uma visão diferente do mundo, no qual a filosofia surge para tentar desperta nas pessoas o chamado censo critico.

Etimologicamente filosofia é a junção de termos gregos (filos ou philia que significa amor fraterno, amizade e Sofia ou Sophia que significa sabedoria), no qual seu sentido etimológico seria amor pelo saber ou amor pela sabedoria. A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, fechados em si mesmos, é um modo de pensar, que procura refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas, a qual nos permite ir além da aparência dos fenômenos, contextualizando um horizonte amplo que abrange os valores sociais, históricos, econômicos, políticos, éticos e estéticos.

[...] a Filosofia é um corpo de conhecimento, constituído a partir de um esforço que o ser humano vem fazendo para de compreender seu mundo e dar-lhe sentido, um significado compreensivo. Corpo de conhecimentos, em filosofia, significa um conjunto coerente e organizado de entendimentos sobre a realidade. (LUCKESI, p. 22 1990)

A HISTÓRIA DA FILOSOFIA E SUA COMPREESÃO.

A filosofia reflete também sobre a ciência, seus valores, seus métodos, sobre mitos, sobre a religião, a arte e nossa vida cotidiana, nos levando a uma inquietação, a uma atitude ou um posicionamento diante da vida e do mundo. Ela incomoda simplesmente pelo fato de questionar o modo de ser das pessoas, da cultura e do mundo, estando presente assim em todas as áreas.

A reflexão filosófica nasceu na Grécia no século VI a.C, a passagem da consciência racional e filosófica não foi feita em um salto, esses dois tipos de consciência coexistiram na sociedade grega, assim como ainda existem dentro de certos limites na nossa sociedade atual. Hesíodo no século VIII a. C, relatou o mito da origem do mundo segundo o qual Gaia (Terra) surgiu do caos inicial e depois pelo processo de separação, gerou Urano (Céu) e Pontós (Mar), uniu-se, então, a Urano, e deu início às gerações divinas, no mito esses seres primitivos não são apenas seres da natureza. Para eles a ordem do mundo deriva de forças opostas que se equilibram e a união desses opostos explica os fenômenos meteóricos, às estações do ano, o nascimento e a morte.

Um dos primeiros questionamentos feito pela filosofia foi a tentativa de explicar a existência humana e do Universo, essa busca pelo conhecimento racional da ordem do mundo e da natureza é chamada de Cosmologia.

Historicamente a filosofia como conhecimento iniciou com Tales de Mileto que buscou explicar a existência por meio de um principio único, considerando a água como principio de toda existência, para Anaxímenes era o ar, para Heráclito o fogo, para Empédocles eram os quatro elementos, com essa diversidade rompeu-se a concepção mítica, monolítica e dogmática. Quando a filosofia surgiu ela englobava tanto a indagação filosófica propriamente dita quanto o que hoje chamamos de conhecimento cientifico.

A filosofia pré-socrática é assim denominada pelo fato de anteceder Sócrates. Essa fase da filosofia iniciou-se na Grécia com Tales de Mileto (624 a 547 a.C.), essa divisão ocorre em decorrência do objeto da Filosofia tomado pelos filósofos pré-socráticos e também pelas novidades introduzidas por Sócrates no campo da filosofia. Os pré-socráticos tinham como preocupação explicar o princípio da natureza e da ordem do mundo, essa preocupação fez com que eles procurassem um principio lógico que explicasse a própria natureza; enfatizaram a Filosofia natural e a cosmologia, descobriram princípios materiais e causas motoras dos eventos naturais.

Foram os pré-socráticos que introduziram conceitos que se tornaram fundamentais nas atuais teorias da evolução cósmica, biológica e cultural, eles tiveram muita importância para a genética e para o desenvolvimento da Teoria do Contrato Social, apesar de serem extremamente importantes para a filosofia, os escritos desses filósofos só são encontrados por meio de fragmentos ou de ideias e testemunhos sobre eles escritos por autores posteriores e tais pensadores, seus pensamentos foram reunidos pelos historiadores, por meio de citações reais dos pré-socráticos, Aristóteles e Teofrasto são filósofos gregos que contribuíram para o conhecimento de seus antecessores pré-socráticos, pois viveram logo depois destes, desse modo puderam conhecer suas ideias e teorias, interpretando-as e deixando anotações para a posterioridade.

Sócrates (c. 470-399 a.C) colocou a reflexão filosófica, iniciadas pelos pré-socráticos, na via da verdade que havia sido abandonada por alguns sofistas deslumbrados pela retorica, o bem falar o bem expor suas opiniões. Os pensamentos de Sócrates influenciaram seus contemporâneos, assim inspiraram diversas gerações posteriores de pensadores, da mesma forma que os sofistas, Sócrates transmitia seus ensinamentos em praças públicas, porém nada cobrava por isso, ele partia do principio de que nada sabia, é dele a frase “Só sei que nada sei”, foi esse seu nada saber que o diferenciou dos outros que não sabiam que não sabiam. Sócrates tinha como principal preocupação o autoconhecimento, seus ensinamentos baseavam-se em diálogos com seus interlocutores, apresentando dois momentos básicos, denominados ironia e maiêutica.

A ironia era normalmente

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