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As Indagações Metafísicas: O Que é Metafísica Ou Ontologia. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ática, 1995.

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Por:   •  15/7/2014  •  1.930 Palavras (8 Páginas)  •  7.556 Visualizações

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Aulas 17 e 18

As indagações metafísicas: o que é metafísica ou ontologia.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. Ática, 1995.

LOGOS. Enciclopédia Luso Brasileira de Filosofia.

REALE, G., ANTISERI, D. História da filosofia. São Paulo: Paulinas, 1991. Vol. 1, 2 e 3.

HIRYNIEWICZ, S. Para filosofar hoje. Rio de Janeiro: Santelena, 2001.

Esquema de quadro:

1) O que é metafísica?

2) A pergunta pelo que é.

3) Características da metafísica em seus períodos.

4) Da cosmologia à metafísica

5) Metafísica ou ontologia?

6) O surgimento da ontologia: Parmênides de Eléia.

O que é metafísica?

• Explicar sobre Andronico de Rodes que organizou as obras de Aristóteles. (meta em grego = depois).

• Na tradição clássica e escolástica, a metafísica é a parte mais central da filosofia, a ontologia geral, o tratado do ser enquanto ser.

• A metafísica define-se assim como filosofia primeira, como ponto de partida do sistema filosófico, tratando daquilo que é pressuposto por todas as outras partes do sistema, na medida em que examina os princípios e causas primeiras, e que se constitui como doutrina do ser em geral, e não de suas determinações particulares.

• A metafísica estuda o SER (Onto). O nome correto então deveria ser ONTOLOGIA (estudo do Ser). Para Aristóteles é a ciência primeira ou ciência dos princípios primeiros.

• Apesar de ser rejeitada pela Filosofia Analítica, a Metafísica não deixou de ser comentada e criticada. Isto porque ainda há algo não solucionado, um problema que sempre volta. A Filosofia sempre teve uma relação com a totalidade, uma dimensão importantíssima sua. Com a modernidade a realidade foi setorizada. A sociedade antiga era holística, onde o todo se relacionava com as partes. Na modernidade este todo se desfacelou. Da religião derivou a Ética, que derivou a Política, e depois a Economia, etc... Cada âmbito cria sua racionalidade específica. Daí a separação Igreja/Estado por exemplo.

• Com a filosofia também ocorreu a separação das áreas, e perdeu-se a relação com o todo. Se a filosofia perder sua relação com a totalidade ocorre uma situação paradoxal onde a filosofia perde seu sentido (que é de pensar na totalidade) onde não é ciência e nem filosofia. Pensar o Onto, o Ser, o todo é função da Metafísica e criticar a metafísica é deixar de pensar no todo.

• Tudo é = tudo é ser = ontologia

• Se penso, penso sobre uma realidade determinada que “é”, portanto pode ser inteligível. O ser é inteligível = pressuposto metafísico por excelência.

• A razão é sempre “razão” de alguma realidade, e a realidade “é”. Tudo que é, é ser. Ser racional = ser inteligível por uma racionalidade , uma razão. Nunca posso separar totalmente SER e RAZÃO.

• Filosofia: tem a preocupação de pensar o todo e não pode perder esta dimensão. Não pode se reduzir a pequenas áreas.

• Pensar o todo significa pensar o SER.

• O SER é o todo.

• Criticar a metafísica significa deixar de pensar o todo.

2) A pergunta pelo que é.

• A metafísica é a investigação que gira em torno da pergunta “O que é?”. Este “é” possui dois sentidos:

a) Significa existe: de modo que a pergunta se refere à existência da realidade e pode ser transformada como: “o que existe?”.

b) Significa natureza própria de alguma coisa: de modo que a pergunta se refere à essência da realidade, podendo ser transcrita como: “qual é a essência daquilo que existe?”.

• Existência e essência da realidade em seus múltiplos aspectos, são, assim, os temas principais da metafísica, que investiga os fundamentos, os princípios e as causas de todas as coisas e o Ser íntimo de todas as coisas, indagando por que existem e por que são o que são.

Características da metafísica em seus períodos:

• A história da metafísica pode ser dividida em três grandes períodos, o primeiro deles separado dos outros dois pela Filosofia de David Hume:

1) Período que vai de Platão e Aristóteles (séculos IV e III a.C.) até David Hume (século XVIII d.C.);

2) Período que vai de Kant (século XVIII) até a fenomenologia de Husserl (século XX);

3) Metafísica ou ontologia contemporânea, a partir dos anos 20 do século XX.

1) Primeiro Período características:

• Investiga aquilo que é ou existe, a realidade em si;

• É um conhecimento racional apriorístico (aceitação, na ordem do conhecimento, de fatores independentes da experiência), isto é, não se baseia nos dados conhecidos diretamente pela experiência sensível ou sensorial (nos dados empíricos), mas nos puros conceitos formulados pelo pensamento puro ou pelo intelecto;

• É um conhecimento sistemático, isto é, cada conceito depende de outros e se relaciona com outros, formando um sistema coerente de idéias ligadas entre si;

• Exige a distinção entre ser e parecer ou entre realidade e aparência, seja porque, para alguns filósofos, a aparência é irreal e falsa, seja porque, para certos filósofos, a aparência só pode ser compreendida e explicada pelo conhecimento da realidade que subjaz a ela.

2) Segundo Período características:

• Tem seu centro a filosofia de Kant, que demonstra a impossibilidade dos conceitos tradicionais da metafísica para alcançar e conhecer a realidade em si das coisas.

• Em seu lugar, Kant propõe que a metafísica seja o conhecimento de nossa própria capacidade de conhecer – seja uma crítica (sentido grego da palavra: estudo das condições da possibilidade de alguma coisa) da razão pura teórica;

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