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BARRIGA DE ALUGUEL

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Por:   •  9/7/2014  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  369 Visualizações

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BARRIGA DE ALUGUEL

Quer ter um filho e não pode? Contrate uma “barriga de aluguel”!

Muitas mulheres que não possuem o útero, que têm defeitos congênitos como má formação uterina, doenças com alto risco de morte durante a gestação, dentre outros problemas, optam por esse método para realizar o sonho de ser mãe.

Porém o termo “barriga de aluguel não deve ser utilizado por envolver relações comerciais, proibida no Brasil. O termo correto é: “Doação Temporária do Útero” ou “Gestação de Substituição”. Isso porque, “a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (2.013/13) determina que as doadoras temporárias do útero devem ser parentes de até quarto grau, ou seja, mãe, filha, irmã, avó, tia ou prima da doadora genética (mãe biológica). Os demais casos, como ausência de mulheres com esse grau de parentesco, devem ser autorizados pelo Conselho Regional de Medicina. A doação temporária do útero não deve ter caráter lucrativo ou comercial” (http://portal.cfm.org.br). Essa resolução ainda beneficia os casais homoafetivos.

Apesar do que se vê escrito nas leis, na prática, em muitos casos acontece o oposto. Casais querendo ter filhos com sua herança genética buscam por mulheres interessadas em gerar o bebê em troca dinheiro. Será correto utilizar o princípio do Custo X Oportunidade na geração da vida, dando valor a geração de seres humanos, creio que não. Imagine você descobrir que foi gerado por uma “barriga de aluguel” e ainda ficar sabendo quanto custou os 9 meses que você permaneceu no útero dela. A sensação é de que você é uma mercadoria, que seu valor é em dinheiro, enquanto que outras pessoas possuem valores como caráter, dignidade, humildade. Se sentir inferior não é agradável. Ser um simples trâmite comercial entre um casal estéril, uma doadora temporária de útero precisando de dinheiro e uma clínica querendo aumentar seus lucros, torna a criança um produto feito na fábrica e entregue pela transportadora para o comprador.

Tanto entre os casais convencionais quanto os homoafetivos existe um preconceito em criar uma criança que não tem seu sangue. Porque ao invés de se criar maneiras de conscientização para a adoção de crianças há uma preocupação maior em criar soluções para a esterilidade. Ora, se pensarmos pelo lado do mercado, o que gera mais gasto, uma criança crescendo em um orfanato ou em um lar com uma família. Mas infelizmente o ser humano no seu egoísmo total quer atender apenas suas necessidades, então não importa se tem uma criança jogada na rua ou morando em um orfanato. O dono da clínica de fertilização visa o lucro na demanda dos casais que querem ter filhos e as barrigas de aluguel ofertam seu útero, simples assim. E onde fica a ligação entre mãe e filho, ou melhor, quem é a verdadeira mãe desse filho. A que ele carrega a carga genética ou a que gerou ele. São questões que poderiam ser evitadas, juntamente com problemas futuros para essa criança, como por exemplo, a rejeição, a inferioridade. Essa situação abala o psicológico dessa pessoa, independente da fase da vida em que se encontra.

Voltando à questão da adoção, é a melhor solução para resolver o problema dos órfãos e dos casais estéreis. Quando digo casais estéreis, são os convencionais e os homoafetivos. Crianças sem um lar dariam tudo para ter uma família, se é exatamente isso que o casal busca porque não aproveitar. Que diferença faz a idade da criança, sua raça ou sua saúde, isso não a torna capaz de amar. Amor esse cultivado no dia a dia, não aquele forçado pelos laços sanguíneos, que foi comprado juntamente com a gestação de substituição. Fica claro assim que a “barriga de aluguel” é apenas um ato comercial, não afetivo. Sejam lá quais forem as razões dadas pelo casal, não é correto, não é justo com a vida que está sendo gerada, não foi isso que essa pessoa escolheu, não é assim que ela disse que queria vim ao mundo.

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