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COMBATE ENTRE EMPREGADOR E MÁQUINA

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Por:   •  23/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.171 Palavras (9 Páginas)  •  268 Visualizações

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5. A FÁBRICA

Marx passa nesta seção a discutir a realidade de trabalho na fábrica e a articulação entre o sistema das maquinas.

Para o autor é possível elencar os efeitos graves da maquinaria que: aumenta o explorável humano, escraviza o trabalho das mulheres e crianças, confisca o tempo livre do trabalhador.

Na análise da fábrica Marx pontua a alteração do modo de trabalho na vida dos trabalhadores, onde “a ferramenta de trabalho, transfere-se também a virtuosidade, em seu manejo, do trabalhador para a máquina” (MARX,1998, p.52) o que ocasiona a superação do “fundamento técnico sobre o qual repousa a divisão de trabalho na manufatura” (MARX,1998, p,52)

No desenvolvimento da divisão social do trabalho e o crescente “poder da máquina na fábrica”, o trabalhador passa a ser mais exigido para que ele passe a ‘adaptar o seu próprio movimento ao movimento uniforme e continuo de seu atomato” (MARX, 1998, p.54), o que novamente reafirma o controle da máquina sobre o trabalhador.

A mudança da máquina analisada por Marx na fábrica traz em consequência a perda do controle do objeto que o trabalhador maneja uma vez que há uma mudança do trabalhador em manejar uma ferramenta parcial este passa a ‘vida a servir uma máquina parcial” (MARX, 1998.p.55). A saúde dos trabalhadores e o sistema nervoso deste é evidenciado por Marx como uma consequência penosa aos proletários efeito da longa jornada de trabalho na fábrica e esta perda de controle cognitivo do objeto que ele manipula.

O trabalho não é usado pelo trabalhador para uma fonte de renda ou algo semelhante pelo contrário Marx afirma que “são as condições de trabalhos” que passam a usar o trabalhador. Um dos pontos centrais desta seção sem dúvida é o que Marx chama de código fabril onde “o capital formula suas próprias leis”, e afirma assim a sua autoridade máxima sobre os trabalhadores:

“Sem a divisão dos poderes tão cara fora daí a burguesia e sem ainda o mais amado sistema representativo, é apenas a caricatura capitalista da regulação social do processo do trabalho, que se torna necessária a cooperação em grande escala e a utilização de meios coletivos de trabalho, notadamente a maquinaria” (MARX, 1998.p.57)

Marx termina a seção asseverando que as considerações aqui feitas ainda são pequenas em relação o que pode ser dito por essa forma escravizante de trabalho que troca “os chicotes do feitor pelo manual de penalidade dos supervisores” e que ocasiona, não apenas consequências materiais conforme citadas, mas sobretudo, a alteração e deterioração dos órgãos dos sentidos, pelos resíduos das maquinas a temperatura o barulho ensurdecedor entre outros danos à saúde.

6. LUTA ENTRE TRABALHADOR E MAQUINA

Marx passa a analisar a “luta “entre o trabalhador e a máquina e já antecipa a conclusão que a mesma proveniente da própria natureza do capital, que já existe no período manufatureiro porem a partir do advento devastador da maquinaria passa a ser maior numa espécie de “combate entre o trabalhador e a próprio meio do trabalho” (MARX,1998, p.59).

O trabalhador segundo Marx: revolta-se com essa nova forma de produção por ocasião da nova forma de meio de produção como “base material do modo de produção capitalista” (MARX,1998, p.60). Marx prossegue sua análise detalhando as grandes lutas de trabalhadores que agitaram a Inglaterra sobretudo Londres no final da primeira metade século XVII. Este processo de “lutas” do trabalhador é algo que segundo o autor vai se engendrando aos poucos. O trabalhador precisa assimilar que a produção capitalista operada pela máquina é prejudicial a si, esta luta segunda Marx:

“[...] travasse originariamente mais grandes entre os pequenos proprietários fundiários do que entre o capital e o trabalho assalariado; por outro lado, à medida que trabalhadores são descolocados por meio de trabalhos, ovelhas, cavalos, etc., atos de violência direta constituem ai, em primeira instancia, o pressuposto da revolução industrial” (MARX,1998, p.61)

As mudanças acarretadas pelo advento da maquinaria são enormes. Marx assevera que a máquina não só degrada o trabalho do indivíduo mas tornar-se um próprio “concorrente do trabalhador” (MARX,1998, p.61). O processo desta disputa se dá da seguinte forma: uma vez vendendo sua força de trabalho, e há a unilateridade dessa força de trabalho e “Assim que o manejo da ferramenta passa a máquina extingue-se, com valor de uso, o valor de troca da força de trabalho. O consolo do trabalhador que acredita que seu sofrimento pode ser temporário na luta com as maquinas, porem Marx faz questão de desfazer esta confiança dizendo que “os trabalhadores paupérrimos deve ser grande consolo que seu sofrimento seja temporário por outro que a maquinaria se apodere paulatinamente de todo um setor de produção, ficando reduzida a dimensão e a intensidade de seu efeito destruidor.um consolo bate o outro. (MARX,1998, p.62).

A máquina porem segundo Marx produz miséria crônica entre os trabalhadores “nos trabalhadores que se confrontam com elas” (MARX, 1998.p.62), desta forma se evidencia a deslealdade de competição entre o trabalhador e a máquina e uma evidente conclusão acerca do poder desta sobre o trabalhador. Para comprovar esta conclusão Marx usa o exemplo da extinção dos tecelões manuais de algodão que foram ceifados por receberem salários absurdamente baixos, acabando com centenas de mortos por inanição completa com famílias inteiras dizimadas.

Esta disputa entre máquina e trabalhador, sempre ganha evidentemente pela máquina faz o autor elaborar uma frase de profunda reflexão “a máquina mata o trabalhador”, que se entende da seguinte forma: não só as condições degradantes de trabalhos frente as maquinas que matam o trabalhador em sua saúde mas também, os salários insuficientes acarretam fome e miséria que causam muito mais mortes, assim a máquina é considerada uma assassina cruel.

Outras consequências desta luta e do domínio evidente da maquinaria sobre o trabalhador são demonstradas pela tentativa bem sucedida de tornar o “trabalhador supérfluo e por outro lado ela se torna a “arma mais poderosa para reprimir as periódicas revoltas operarias greves etc., contra a autocracia do capital” (MARX1998, p.66).

Desta forma à guisa de conclusão: a máquina vence o trabalhador é desleal com este e tornar-se dentro do engendramento da autocracia do capital o grande rival do trabalhador.

7. A TEORIA DA COMPENSAÇÃO, RELATIVA AOS TRABALHADORES DESLOCADOS PELA MAQUINARIA

Marx

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