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Comentário Sobre A Poetica, de Aristóteles

Por:   •  10/9/2017  •  Resenha  •  680 Palavras (3 Páginas)  •  608 Visualizações

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POÉTICA (ARISTÓTELES)

        Aristóteles, em seu trabalho intitulado “Poética”, versa sobre o que hoje chamamos de dramaturgia, e literatura, ou poesia. Sob a perspectiva de um filósofo que viveu no séc iv a.c, o texto traz críticas e apontamentos sobre a, chamada, poética.

        Inicio com um trecho que traduz a minha primeira impressão sobre a obra: “Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular.” Aristóteles afirma que a história é um relato do que foi, e a poesia, do que poderia ser, ou seja, a poesia (literatura, dramaturgia) supera o real.

        O autor considera que, a poesia é imitação de algo, alguém, como todas as artes. Imitando pois, ritmo, linguagem, harmonia. Ele aponta uma diferença entre tragédia a comedia, diferença essa caracterizada pelo tipo de imitação: “Pois a mesma diferença separa a tragédia da comedia; procura esta imitar os homens piores e aquela, os melhores do que eles ordinariamente são” criando assim os efeitos esperados de cada gênero.

A tragédia é chamada por ele de vulgar, em relação a epopeia, pelo excesso de gesticulação, e pela fácil compreensão. Porém, a tragédia supera a epopeia por conter todos os elementos desta e ainda, melopeia e espetáculo cênico. Dos elementos da dramaturgia citados por Aristóteles, o considerado por ele mais importante, é a trama dos fatos, pois a tragédia não deve se ocupar de imitar caracteres, mas, acontecimentos. São pois os elementos: mito, caráter, elocução, pensamento, espetáculo e melopeia.

(Considero que, muitos apontamentos feitos por Aristóteles, são validos ainda hoje, porém, muita coisa mudou, muito se há de acrescentar a “poesia”)

INTRODUÇÃO AS GRANDES TEORIAS DO TEATRO

I-ARISTÓTELES REVISITADO

(Jean-Jacques Roubine)

O livro “poética” de Aristóteles, serviu para criar teorias e um “modo” de fazer teatro, regras a serem respeitadas pelos autores para que a obra fosse respeitado pela classe erudita. Roubine faz um apontamento sobre a aceitação do aristotelismo, e o desprezo ao modo barroco de fazer teatro: Como a monarquia poderia enxergar com bons olhos, um modo livre de teatro, pautado no individualismo? Preferia pois uma forma regrada, métrica, e que promovia a glória real.

A primeira grande regra do chamado aristotelismo é sobre a verossimilhança, porém autores como Chapelain foram além, defendendo obrigação da veracidade. Para Aristóteles, a verossimilhança pode se dar no “embelezamento da natureza”, os estudiosos franceses do chamado “aristotelismo francês”, tentam a partir da poética introduzir o realismo. Valorizaram também o inteligível ao sensível, utilizando muito para tanto a narração.  

Segundo o aristotelismo, o monstruoso, o irreal poderiam aparecer nas obras teatrais, desde que ficassem apenas na narração, e que fossem necessários. Diz ainda que todo ato que não faz falta deve ser suprimido. Há também a diferença entre verdade e verossimilhança, já que nem sempre a verdade é verossímil, acontecem coisas que só acredita quem viveu, e esse tipo de acontecimento deve ser evitado segundo Aristóteles. Sobre o tempo há divergências, diz-se que o tempo representado, toda a trama, deve se passar em um dia, para que não perca a verossimilhança, mas os autores discordam sobre ser um dia de 12 horas (período em que está claro) ou de 24 horas. O lugar também é regrado, deve se ter o mínimo de mudança de lugar em que a cena ocorre, sendo aceita a mudança de cenário, caso o lugar da cena sofra modificações. Para manter a verossimilhança é necessário um decoro que faça com que cada personagem aja de acordo com o esperado para seu gênero, classe social.

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