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Condicionantes Da ação Humana

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Por:   •  1/5/2014  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  1.139 Visualizações

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Condicionantes da ação humana

Diariamente, constatamos que são variadíssimas as experiências que nos mostram que, embora tenhamos feito alguma coisa, poderíamos ter feito uma coisa diferente – ou, pelo menos, é forte a convicção nesse sentido.

O livre-arbítrio parece, pois, ser um facto da nossa experiência. É só mediante a afirmação do livre-arbítrio que podemos atribuir responsabilidade e culpas ou decretar(determinar) recompensas e punições(castigos, multas). Se negarmos que haja livre-arbítrio, teremos de achar estranha a nossa preocupação com as coisas, acabando por não fazerem sentido nem o esforço nem a esperança. Mas é claro que, como veremos, a discussão acerca do livre-arbítrio é bem mais profunda do que aquilo que nos pode garantir a experiencia quotidiana.

Seja como for, a liberdade de que dispomos não é uma liberdade absoluta, no sentido de se poder fazer tudo o que se quer. A liberdade corresponde antes do mais ao sentimento experimentado por uma consciência: penso em levantar o meu braço, e levanto-o. Neste sentido, a liberdade é a relação de uma consciência com os seus atos. Mas posso querer fazer seja o que for, mas isso não quer dizer que consiga fazê-la. Reconheço, pois, a minha liberdade pelo que posso fazer quando o quero, e reconheço os limites da minha liberdade pelo que não posso fazer quando o quero. Importa, pois, pensar no problema da liberdade tendo em conta a relação do individuo com a natureza e com o outro. Se é verdade que podemos fazer umas coisas, também é certo que não podemos (noutros casos, não devemos) fazer outras, e é igualmente natural haver alternativas que nem sequer chegamos a equacionar(avaliar).

Designamos por condicionantes da ação humana todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que impõem limites à nossa ação. As condicionantes da ação, ao mesmo tempo que a limitam, abrem-lhe de igual modo um horizonte de possibilidades, assumindo também, de certo modo, como condições do próprio agir.

A nossa existência concreta está condicionada e determinada de múltiplas formas. Foram-lhe dadas possibilidades, ao mesmo tempo que ficou sujeita a limitações. A nossa vida está dependente das coisas do mundo que nos fornecem o alimento, o vestuário e habitação que nós aprendemos, usamos e manipulamos, a fim de podermos viver e subsistir como homens. O individuo nasce da comunidade e cresce nela de forma humana. Aprende a sua linguagem, adota os seus costumes e participa do seu espirito e da sua cultura. Cada um vive numa situação única concreta da sua existência. Cada qual traz consigo, como herança, determinadas aptidões espirituais e corporais, desde a infância está marcado pelo meio que o rodeia, pelas influencias de educação,... As possibilidades do nosso querer e agir são-nos pré-indicadas mas também sãos impostas restrições à nossa liberdade. Outras possibilidades são excluídas de antemão. Alguns nem sequer surgem no nosso horizonte, outras que vemos parece-nos -com ou sem razão -inacessíveis. Em todos este casos está restringida a nossa liberdade: com a limitação da nossa existência finita e singular, do nosso conhecimento finito e sempre incompleto e da nossa vontade finita reduzida a um estreito campo da ação.

Há varias condicionantes a ter em conta, relativas às dimensões biológicas, psicológicas e culturais: aptidões espirituais e corporais, o meio que nos rodeia, as influencias da educação, o ambiente, a época, as circunstancias nacionais, sociais, politicas e culturais, etc.

Todos estes aspetos condicionam a nossa liberdade, assumindo-se também, no entanto, como abertura para outras possibilidades. Mais especificamente três tipos de condicionantes: físico-biológicas, psicológicas e histórico-culturais.

No que se refere às condicionantes físico-biológicas, podemos dizer que todas as ações estão dependentes da nossa constituição morfológica e fisiológica. Sem um corpo não nos poderíamos, em principio,

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