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Crepúsculo dos Ídolos

Por:   •  21/3/2017  •  Resenha  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  1.692 Visualizações

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Resumo: Crepúsculo dos Ídolos, de Nietzsche, capítulos III, IV, V e VI;

Escrito na primeira pessoa, em tom de debate, Crepúsculo dos Ídolos é a crítica radical de Friedrich Nietzsche à filosofia clássica e suas ferramentas. O autor começa o texto expressando desprezo pelo “estereótipo filosófico” predominante até sua época, por julgar que essa corrente de pensamentos é estática demais, avaliando o “ser” sem levar em conta a transformação, elevando-o a um patamar inalcançável. Além disso, segundo as palavras flamejantes de nosso eu-lírico, os filósofos até então sempre viram os sentidos corporais incapazes de entrarem em contato com a “verdade”, chamando-os de “enganadores”; mas segundo nosso autor, eles o são somente devido à má interpretação das informações adquiridas, e não há outro mundo além do “mundo aparente”, não há nada além de nossa realidade e do que podemos sentir e pensar.

Além disso, Nietzsche coloca em cheque o raciocínio dos filósofos por afirmar que os conceitos “mais elevados” de suas obras vêm no início, como se não tivessem tido um desenvolvimento, mas apenas existido. Seguindo essa linha de raciocínio, Nietzsche endossa sua afirmação de que esses pensadores não aceitam a transformação do ser: o que é não teve que se tornar, simplesmente o é, inalcançável, intransponível, digno de idolatria, diferente de algo que se torna.

Aparentemente, para o autor essa colocação do ser como algo intransformável e imutável é apenas um mecanismo de defesa dos pensadores para esconder o vazio de suas ideias, algo que pode ser manipulado pelas palavras.

Por fim, Nietzsche (em um arroubo de ironia e até arrogância) sintetiza seus pensamentos em quatro teses, onde afirma que o mundo “aparente” é o único mundo existente, por ser o único do qual podemos provar, e que um mundo “melhor”, irreal, foi criado no imaginário de pessoas que precisam crer em algo melhor que suas realidades.

No próximo capítulo, nosso autor (que a essa altura já firmou sua personalidade como arrogante, radical e visionário, algo semelhante a Steve Jobs na Belle Époque) discorre sobre como o mundo “verdadeiro” foi distanciado da realidade pelos filósofos. Curto, o quarto capítulo tece uma narrativa curta e sucinta, quase uma linha do tempo: o mundo “verdadeiro” dos filósofos é prometido aos mais devotos e sábios, mas com o tempo, percebe-se que ser sábio e devoto não traz esse mundo, e com o tempo ele é apenas uma promessa distante sem lembranças, e como requer muita dedicação, então merece ser abolido.

O quinto capítulo (muito infelizmente cortado) expõe genialmente o medo das correntes de pensamentos do erro, ao exemplificar isso na aversão que a igreja tem da paixão. Friedrich define a paixão como um estado onde, em algum momento, temos uma súbita depressão que nos leva a momentos de estupidez, e o cristianismo condena esse sentimento como um meio de tentar extirpar essa estupidez, o que acaba por si só sendo uma estupidez por tentar privar o ser humano de algo que lhe é natural e necessário, algo que lhe concede o dom da aceitação, da compreensão.

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