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DUAS VISÕES DA HISTÓRIA

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Por:   •  23/1/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  396 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Produzido pelo autor Sthephane Hessel, o texto “Indignai-vos” trata a indignação como um sentimento poderoso que a humanidade sempre deveria usar, uma vez que é da indignação que vem a disposição de lutar ou resistir sobre o que consideramos errado, mesmo em tempos onde não há motivos claros para nos indignarmos, é preciso procurar e encontrar nosso meio de revolta, nossos motivos parar buscarmos uma liberdade, uma melhoria de nossas condições. Hessel, nascido em 20 de outubro de 1917 é um diplomata, embaixador, combatente da resistência francesa e agente da Bureau Central de Renseignements et d'Action, o serviço de inteligência da França. Nascido como alemão, Hessel obteve a nacionalidade francesa em 1937, participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.

O motivo da resistência é a indignação. É colocada em questão por Hessel a ousadia de alguns em dizerem que faltavam condições do Estado em garantir o custo de medidas cidadãs presentes na Seguridade Social (conjunto de medidas sócias propostas e conseguidas através da resistência), já que a produção de riquezas havia aumentado consideravelmente, questionando o uso do dinheiro pelo estado que promovia uma desigualdade social evidente. A indignação seria a razão de ser da resistência, as pessoas não podiam se omitir, deveriam se indignar os tornando forte e engajados em busca de justiça e de mais liberdade.

DUAS VISÕES DA HISTÓRIA

Hessel acredita que o fascismo foi provocado na França através do medo que as pessoas que tinham posses sentiram da revolução bolchevique. Os jovens de hoje não teriam os mesmo motivos de resistir que os com mais idade, na França os idosos em suas épocas de juventude temiam a ocupação alemã. Sua juventude foi influenciada por Satre em obras como A náusea e o muro, ensinando que cada um é responsável pela sociedade enquanto individuo. Em 1993 entrou para a Escola Normal da Rua de Ulm, em Paris, entrou como discípulo do filósofo Hegel, e se inscreveu no seminário dado por Maurice Merleau-Ponty, que falava sobre o corpo e suas relações com os sentidos. Porém se identificava mais com Hegel, segundo o hegelianismo, a sociedade progride até conseguir a liberdade completa e adquirindo a no estado democrático a sua forma ideal. Outra concepção de história, apresentado pelo filosofo alemão Walter Benjamin, seria a de que os progressos feitos pela liberdade estimulariam uma corrida para o ser humano querer “sempre mais”, se tornando um furacão de destruição. Benjamin se suicidou em 1940, para fugir do nazismo.

INDIFERENÇA: A PIOR DAS ATITUDES.

É evidente que atualmente os motivos de se indignar não menores, são mais difíceis de serem percebidos, além de não lidarmos com uma pequena elite dominante, nunca houve tanta intercomunicação, porém são claros dois problemas atuais que devem ser combatidos, 1º a enorme e crescente diferença de classes. E o 2º os direitos humanos e o estado do planeta, ambos são motivos para indignar-se. Hessel participou do grupo que elaborou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, comissão que contou com 54 estados membros das Nações Unidas, com o objetivo de sair da Segunda Guerra Mundial. Se emancipar do totalitarismo, para isso, todos os 54 estados membros das Nações Unidas deveriam se comprometer a respeitar esses diretos universais. Mesmo não tendo um alcance jurídico e sim declaratório, essa declaração foi bastante importante a partir de 1948, onde foi usado pelos povos colonizados na batalha pela liberdade. Hessel constata com prazer que nas ultimas décadas aumentou consideravelmente o numero de organizações não governamentais e os movimentos sociais como a Attac (Associação para a Taxação das Transações Financeiras), a FIDH (Federação Internacional dos Direitos do Homem), e a Amnesty. Hessel clama aos jovens que procurem motivos ao seu redor para se indignarem como o tratamento dado aos imigrantes, aos sem documentos e aos ciganos.

MINHA INDIGNAÇÃO A RESPEITO DA PALESTINA

A principal indignação de Hessel atualmente é sobre a palestina, sobre o clamor feito por israelenses à diáspora. Indica a todos lerem o relatório de Richard Goldstone sobre gaza que acusa o Exército israelense de ter cometido “atos comparáveis a crimes de guerra e, em certas circunstâncias, a crimes contra a humanidade” no andamento da operação “Chumbo Fundido”. Hessel e sua mulher visitaram a faixa de gaza e a Cisjordânia no intuito de averiguar o que dizia no relatório. Visitaram os campos de refugiados palestinos instalados desde 1948 pela agência das Nações Unidas, a UNRWA, onde mais de três milhões de palestino esperam um retornar as suas casas em Israel. E Gaza “uma prisão a céu aberto” para um milhão e meio de palestinos. Ficaram impressionados em como os palestinos enfrentam todas as situações ruins a que são impostos. Foi confirmado que na operação “Chumbo Fundido” houve 1.400 mortes de mulheres, crianças e idosos no interior do campo palestino e apenas 50 feridos do lado israelense. Hessel concorda que o terrorismo é inaceitável, mas entende que diante de uma situação de uma ocupação militar superior uma reação popular não deve ser somente pacifica. Pode-se dizer que o terrorismo é uma forma de exasperação. “A exasperação é uma negação da esperança.” Pode até ser natural, mas não passa a ser aceitável.

A NÃO VIOLÊNCIA, CAMINHO QUE DEVEMOS APRENDER A TRILHAR

Hessel está convencido de que o futuro da humanidade é a da não violência, e juntamente com Sartre, entende que não é possível perdoar os terroristas, mas é possível entende-los. Segundo Sartre, qualquer manifesto de violência é um fracasso, mas um fracasso inevitável, pois estamos em um mundo de violência e que violência contra violência pode apenas perpetuá-la, mas é o único jeito de contê-la, Hessel acrescenta que a não violência é o melhor meio para que a violência cesse. Não se pode apoiar o terrorismo, como Sartre fez, pois não é eficaz. Devemos entender que a violência é contrária à esperança e que devemos escolher a esperança da não violência. Devemos tentar conter as opressões de forma pacifica por meio da não violência.

POR UMA INSURREIÇÃO PACÍFICA

Hessel observou que sobre o movimento de que toda sexta feira os cidadãos de uma cidade da Cisjordânia vão até o muro contra os que protestam sem arma alguma, o governo israelense chamou de “terrorismo não violento” e se espanta com o ato de chamarem de terrorismo, um ato sem violência alguma. Hessel afirma que além dos problemas tragos pelo produtivismo advindo do ocidente, depois de 1948 houve importantes progressos, como a descolonização, o fim do apartheid, a destruição do império soviético e a queda do Muro de Berlim, porém os 10 primeiros anos do século XXI foi de retrocesso. São evidentes os problemas sociais e ecológicos, porem não foi iniciado nenhuma política de desenvolvimento para conter tais problemas. Concluindo o apelo pela indignação, Hessel lembra que no sexagésimo aniversário do Programa do Conselho Nacional da Resistência, em oito de março de 2004, os veteranos dos movimentos da Resistência e das forças combatentes da França Livre (1940-1945), diziam que o nazismo foi vencido mas a ameaça não sumiu completamente, por isso clamam por uma insurreição sem violência contra os meios de comunicação de massa que estimula o consumo em massa, o desprezo aos mais fracos e à cultura, e uma competição onde todos querem ser melhores que todos.

CONCLUSÃO

Não importa o momento em que vivemos ou onde vivemos, há sempre motivos para indignação, sempre haverá situações em que a resistência será o único caminho contra a tirania, resistir contra sistemas incompetentes e sociedades falhas, basta procurar, ir atrás dos fatos e decisões com que não concordamos e com certeza nos depararemos com algo que precisa ser mudado e que traz indignação, porém não podemos usar de violência nas formas de conseguir as mudanças que desejamos e a liberdade que queremos. A não violência, sem dúvidas é mais eficaz, isso é algo que precisamos mudar em nós mesmo, por vivermos ao meio de violência tendemos a achar que esse é o único caminho quando não é solução e sim problema. A não violência é o único caminho para acabar com a violência.

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