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Emílio Ou A Educação

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Por:   •  2/11/2014  •  1.403 Palavras (6 Páginas)  •  827 Visualizações

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ROUSSEAU, Jean Jacques. Emílio ou a educação. In: textos filosóficos. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

STRECK, Danilo. Rousseau e a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

EMÍLIO OU A EDUCAÇÃO

Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça e foi considerado um dos maiores pensadores europeus do século XVIII. Era um autodidata, teve educação regular em certos períodos e não freqüentou universidade, porém gostava muito de ler. Em 1762 publicou Emílio, considerada uma de suas obras mais importantes, mas as autoridades o consideraram uma afronta e com isso o livro foi queimado em Paris e o autor condenado.

Ao iniciar o livro, Rousseau retrata que o homem degrada a natureza e até a si próprio, querendo modelá-lo a seu jeito, mas ressalta que “o homem nasce bom é a sociedade que o corrompe”.

Ao dirigir-se a mãe, Rousseau destaca sua importância na educação da criança e a incentiva a fazer uso dessa importância, pois o homem é moldado pela educação e esse molde deve começar desde criança, criando a educação para o homem natural.

Para Rousseau existem três tipos de educação: da natureza, que é o desenvolvimento interno de nossas faculdades e órgãos; dos homens, que é o uso que nos ensinam a fazer da educação da natureza e por último a educação das coisas, que é o saber adquirido de nossa própria experiência.

Segundo Rousseau, o homem ao invés de educá-lo para si mesmo o educa para os outros, não sendo possível fazer um homem e um cidadão ao mesmo tempo.

Rousseau destaca também duas formas de instituições contrárias: uma pública e comum e outra particular e doméstica. Para ele a instituição pública já não pode existir, pois não leva em conta a educação do mundo, só propicia a fazer homens duplos. Os “Colégios”, chamados por ele de ridículos, forçavam a seguir um costume estabelecido, não propondo nada a não ser beneficiar a si mesmos.

A educação doméstica, defendida pelo autor retrata que o homem é educado para si mesmo através do desenvolvimento interno de suas faculdades e órgãos. Segundo o autor para se formar este homem raro é preciso impedir que façam alguma coisa. Antes de uma vocação comum, a natureza o chama para a vida humana tornando a educação um processo que muda ao longo dos anos, os homens mudam de uma posição para outra sem parar. Sua vocação comum é a condição de homem. Para o autor, começando a viver, nossa educação começa conosco.

Quando fala da liberdade da criança, Rousseau enfatiza que ela não deve ser poupada de sentir as coisas do mundo, ela deve ser estimulada a suportar os golpes da sorte e a se proteger, não deve ser “amarrada” de seus movimentos. Assim propõe que a criança que é criada com liberdade de se movimentar e estender seus membros, não tem problemas, pois quando está em uma situação de desconforto ou violenta, a dor logo avisa que é hora de mudar, naturalmente.

Ao comentar a obra em “Rousseau e a educação”, escrito em 2004, Danilo Streck relata que Rousseau já era muito conhecido e admirado quando escreveu Emílio e destaca que ele sabia que nada havia em Emílio que já não tivesse sido anunciado em outras obras. Segundo o autor, Emílio não é um livro de técnicas de educação de crianças, porém afirma que o livro é hoje muito importante para a história da pedagogia.

As bases para sustentar o ser humano estão na primeira educação que vai desde o nascimento ao fim do segundo ano. O livro 1 se constitui como uma espécie de busca gramática da infância.

Rousseau dirigiu seu livro às mães, enfatizando que cabia a elas a mais importante educação de todas, a primeira educação.

Hoje em dia é a professora que faz o papel dessa mãe, cuidando da boa educação das crianças desde a alimentação correta até o ensino da álgebra.

No entanto, Rousseau não exime a responsabilidade dos pais no que diz respeito à educação. Gerar e sustentar um filho corresponde a um terço do seu papel, não contribuindo para a criação de homens sociáveis para a sociedade e cidadãos para o Estado. A educação de Emílio é dirigida de acordo com as leis da natureza.

As qualidades do preceptor (instrutor) ideal segundo Rousseau são: companheiro do aluno, capaz de se colocar nas brincadeiras e maneira de ser com a criança e que conduza uma só educação. Não se deve ensinar à criança palavras que não entende, pois elas têm uma gramática para sua idade. É importante também a educação dos sentidos e a relação entre eles.

A infância é uma etapa com valor próprio e não uma transição de passagem para outras etapas mais desenvolvidas. Ao educador, antes de tudo compete conhecer o método da criança, ou seja, conhecer e ensiná-la como ela é. Não se pode aplicar às crianças raciocínio de adulto porque assim a educação começaria de trás para frente. O ideal é perder tempo ensinando e permitindo que a criança veja, sinta e comece a fazer seus juízos próprios.

Rousseau destaca várias técnicas utilizadas pelos educadores, se esquecendo que a mais importante é despertar na criança o desejo de aprender.

A capacidade de lidar com idéias complexas consiste em formar idéias

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