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Epicuro

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Por:   •  8/9/2013  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  1.083 Visualizações

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EPICURO

Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para Téos, na costa da Ásia Menor. Quando criança estudou com o platonista Pânfilo por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a frase de Hesíodo, todas as coisas vieram do caos, ele perguntou: e o caos veio de que? Retornou para a terra natal em 323 a.C.. Sofria de cálculo renal, o que contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Preocupado com a inadequação dos sistemas filosóficos tradicionais em relação à mudança cultural e política que se processava, Epicuro não propõe uma cultura diferente, mas um novo modo de ver e estar no mundo e de viver a vida. Retomando contribuições anteriores e, em particular, a de Demócrito, Epicuro estabeleceu um todo coerente, que tem por objeto central a felicidade do ser humano. Essa felicidade foi mal interpretada pelos seus adversários, que a apresentaram, ao contrário do filósofo, mais como uma exaltação do corpo e dos sentidos que do espírito e sua cultura.

Na Divina Comédia, de Dante Alighieri, Epicuro é colocado no Inferno como um Herege. Ele está na 6º Prisão, junto com seus seguidores, na cidade de Dite. A pena dos hereges é serem enterrados em túmulos ardentes e abertos, tendo os membros queimados pela areia quente.

Filosofia e obra

Segundo Epicuro, os maiores obstáculos para a felicidade humana são o temor da morte e o medo da ira divina, mas eles podem ser eliminados graças ao conhecimento da natureza. A ética de Epicuro assegura aos homens que a felicidade é facilmente alcançável, desde que algumas poucas necessidades naturais sejam satisfeitas, pois a felicidade não é outra coisa que a ausência de dor física e um estado de ânimo livre de qualquer perturbação ou paixão. Assim, a felicidade, para Epicuro, se identifica com um prazer estável, que os gregos chamavam de ataraxia,ou imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades infinitas e sujeitos a infinitas combinações. A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem. Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses. Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade) divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E além disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres. Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de lidar são

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