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Escola Secundária de Mohambe                              Trabalho, II° Trimestre

Por:   •  2/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.543 Palavras (11 Páginas)  •  131 Visualizações

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                        Escola Secundária de Mohambe

                                 Trabalho, II° Trimestre

                                      Tema: A Bioética

Nome: Laque Ruben Sitoé

45

B01

Classe: 11ª

Disciplina: Filosofia

Docente: Mércia 

                                           Classificação (……….) Valores

                   Mohambe, aos 13 de Maio de 2019


               Aspectos da Bioética

     O termo Bioética foi proposto, pela primeira vez, em 1971 , por um médico cancerólogo de nome Van Rensslaer Potter.  É  de recente criação e é usado ora com significado amplo sugerido pela etimologia (áreas das questões éticas relacionadas com a vida), ora em sentido, alguns autores, sobretudo europeus, usam o termo Ética Biomédica.

    Os avançados científicos-técnicos desde há uns decénios ,muitos especialmente no domínio da genética e da fetologia ,têm ampliado notavelmente o campo da Bioética levando-a, actualmente, a investigar áreas complexas e vitais .Interessa-nos ver ,sob o ponto de vista histórico, quais são os antecedentes que contribuíram para a criação da nova Bioética.

               Antecedentes históricos                                                                                                                                                                                                   A Bioética tem raízes que são tão antigas como a Medicina e remontam Hipócritas. Mas, até meados do século XX, a maioria dos problemas morais que se punham a Biomedicina podiam ser resolvidos por uma deontologia profissional e uma ética  da inspiração  hipocrática, apoiada apenas em algumas virtudes básicas com a compaixão e o desinteresse, assim como o princípio de que o médico deve agir sempre e só em beneficio do paciente.

    Três  factos históricos, que veremos em seguida podem ser mencionados como tendo desencadeado a criação ou surgimento de uma nova Bioética.       

              Alguns abusos na experimentação dos seres humanos

    Depois da II Guerra Mundial , viveram ao conhecimento público a realização de experiências efectuadas em seres humanos sem o sei consentimento livre e esclarecido. A consciência colectiva reagiu vigorosamente. O tribunal de Nuremberga , que julgou os crimes de guerra, redigiu, em 1946, um código que reconheceu a dignidade de toda pessoa humana e prescreveu que nenhuma experiência fosse realizada  em seres  humanos  sem o seu consentimento livre e  esclarecido. Em 1948 , a Declaração  universal dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) consagrou este mesmo princípio.

    Mesmo assim, outros abusos continuaram a ser praticados. Seleccionamos apenas três exemplos:

    No hospital de Willowbrook, em Nova lorque, de 1956 a 1971 , realizou se uma investigação com 700 a 800 criação deficientes mentais , inoculando – lhe os vírus da hepatite com o objectivo de buscar uma terapia imunizante.

    No hospital Jewish Chronic Disease, também em Nova lorque investigadores injectaram sob a pele de doentes idosos células cancerosas sem lhes fornecer qualquer informação ou pedir consentimento.

    Em Tuskegee, no Estado de Alabama, 431 negros pobres privados de cuidados contra a sífilis, entre 1932 e 1972, para permitir  o estudo do curso natural da doença.

    Ao serem conhecido, estes escândalos desencadearam uma forte reacção e a consciência viva de que a prática da investigação clinica em ser humanos tem de ficar a critérios rigorosos que respeitem os direitos e dignidade de toda a pessoa humana.  

     A Bioética é criada precisamente para investigar princípios que permitem que as  decisões sobre a realização de experiências em seres humanos sejam fundamentadas eticamente.

              O surgir das novas tecnologias

    Entre as várias situações , podemos mencionar as tecnologias de cuidados intensivos, que permitem manter vivo um recém-nascido com doente terminal. A questão colocada muitas das vezes é: quando e que é  que é  ético  administrar ou interromper estes cuidados intensivos?

    Mas hoje, a existência das técnicas de ventilação a circulação artificiais coloca escolhas éticas difíceis.

   A partir do nascimento da primeira criança por fertilização in vitro em 1978  e dos progressos das técnicas de reprodução  assistida, levantaram-se inúmeros problemas éticos para os quais não há ainda hoje ,soluções unanimes e exigem se discussões mais profundas. A Bioética torna-se, assim, necessária para reflectir sobre estes conflitos éticos.

              A percepção da insuficiência dos referenciais ético-tradicionais

     A  incapacidade de referências ético-tradicionais para encontrar  resposta as novas situações  criou um ambiente de inquietação que também  contribuiu para a criação da nova bioética.

    O código hipocrático baseando numa atitude paternalista do médico em relação ao doente, já não era suficiente numa época  em que se começavam a acentuar os direitos dos pacientes :direitos à autonomia, à  verdade, a informação, ao consentimento informando. A ética filosófica especulativa e a teologia moral baseadas no conceito da lei moral eram incapazes de encontrar  respostas a novas e prementes questões que se punham. Assim, a Bioética surge como um novo paradigma.

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