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Fato Social

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Por:   •  16/3/2014  •  2.573 Palavras (11 Páginas)  •  326 Visualizações

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- Síntese do livro: É isto um homem?, de Primo Levi.

No livro encontramos relatos feitos por Primo Levi, um homem que aos 24 anos de

idade foi levado a Auschwitz, na Polônia,para viver ao lado de outros judeus dias de tortura

em um campo de concentração onde ficou de fevereiro de 1944 a janeiro de 1945. Escrito um

ano depois de sua libertação, em 1946, “É isto um homem?”despertou o interesse dos leitores á

partir dos anos 1950, ganhando o mundo através de seu relato com uma visão assustada do

autor.

O ojetivo desse trabalho é co relacionar os acontecimentos sofridos por Primo Levi

em sua obra com conceitos sociológicos como: fato social, poder simbólico, anomia, de

sumanização e habitus.

Á partir da leitura dos relatos tratados no livro, o leitor percebe múltiplas situações

para classificar como um dos fatos citados anteriormente, no trabalho procurei exempli

ficar de forma concisa os que achei de maior clareza.

No trecho “(...) Em geral, famílias inteiras, detidas pelos fascistas ou pelos nazistas

porque lhes faltara prudência ou porque alguém as delatara.Havia também uns poucos

que se tinham apresentado espontaneamente, devido ao desespero de continuarem

vivendo errantes e fugidios, ou por terem ficado sem recurso algum, ou por não

quererem separar-se de um parente já detido, ou ainda, absurdamente, para “ ficarem

dentro da lei (...)”. Percebe-se nesse acontecimento um exemplo de fato social, já que

todos os judeus estavam sendo capturados para serem levados ao campo, não havia

outra escolha a não ser fazer o mesmo , visto que alguns até se apresentaram

espontaneamente impulsionados pelo medo do que poderiam sofrer caso continuassem

fugindo, ao passo que outros já não possuíam recursos para sobreviver e outros tantos

não queriam ficar longe um parente e outros tantos tinham medo de serem classificados

como fora de lei e sofrer uma terrível punição como conseqüência. E a definição do

fato social é justamente essa de que o fato social dá o tom da ordem social, fazendo com

que o indivíduo seja “vítima” de uma grande coerção social, passando a aceitar os acon

tecimentos da sociedade a qual pertence.

Em uma outra parte da obra pode-se encontrar uma passagem marcante que retrata o

poder simbólico que era exercido sobre os prisioneiros como em: “(...) A banda , porém,

depois de “Rosamunda”, continua tocando uma música após outra, e lá aparecem nossos

companheiros, voltando em grupos do trabalho. Marcham em filas de cinco, com um na

dar estranho, não natural, duro, como rígidos, bonecos feitos só de ossos, marcham, pó

rém , acompanhando exatamente o ritmo da música. (...)”. Os soldados faziam com que

prisioneiros os obedecessem, com a banda tocando músicas faziam com que os mesmos

marchassem sem parar até chegar ao ponto de exaustão física, esse ato dos soldados era

uma forma de impor as ordens e seu poder, pois sabiam que não seriam desobedecidos

em hora alguma, visto que o medo pairava na mente dos prisioneiros. Essa passagem

pode ser relacionada também com o fato social, já que essa ação de marchar essa impos

ta e todos aceitavam fazê-la, pois eram pressionados pelo meio em que se encontravam.

Ao pensarmos na anomia como uma perda de identidade, temos um exemplo que ex

plicita bem esssa conceitualização no trecho: “(...) Haftling: aprendi que sou um Haflt

ing. Meu nome é 1274.517; fomos batizados , levaremos até a morte essa tatuada no bra

co esquerdo. (...)”. Vemos que ao entrar no campo, todos os indívudos perdem sua iden

tidade , são identificados apenas por números que foram tatuados em seus braços, assim

como é feito em animais de gado, dependendo do tempo em que se encontra no campo o

número pode contar mais ou menos dezenas, o que constitui uma diferenciação entre

eles. Esse número não tinha apenas a função de identificá-los como também servia para

o controle da sopa e do pão, só recebi alimento com a apresentação do respectivo

número. “(...) Ao, que parece, esta é a verdadeira iniciação: só “mostrando o número” re

cebe-se o pão e a sopa.

Após essa passagem um fator chama a atenção por explicitar “habitus”, como em

“(...) Necessitamos de vários dias e muitos socos e bofetadas, até criarmos o hábito de

Mostrar prontamente o número, de modo a não atrapalhar as cotidianas operações de dis

tribuição de víveres (...) E durante muitos dias, quando o hábito da vida em liberdade

me levava a olhar a hora no relógio, no pulso aparecia-me, ironicamente, meu novo no

me, esse número tatuado em marcas azuladas sob a pele (...)”. Nela percebe-se que eles

estranharam o novo hábito de ter que se identificar para receber o alimento, o que não

acontecia

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