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Filosofia Da Educacao

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Por:   •  7/10/2014  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  358 Visualizações

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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Caracterização e Evolução da Psicologia

Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2008), senso comum diz respeito aos conhecimentos adquiridos por meio das experiências vivenciadas no cotidiano. Esse tipo de conhecimento é de extrema importância, por permitir que seja acumulado e utilizado em situações práticas, como saber se será possível atravessar a rua sem ser atropelado quando um carro é avistado, sem que, para isso, seja necessário calcular a velocidade dele ou a própria velocidade de locomoção de uma calçada a outra. Neste sentido, os conhecimentos provenientes do senso comum são extremamente importantes para a sobrevivência das pessoas e para a construção de sua realidade ou visão de mundo. Entretanto, o senso comum não é suficiente, pois é extremamente simplista para explicar todos os aspectos do mundo, incluindo o conhecimento humano. A partir da identificação de que conhecimentos assim caracterizados constituem uma visão simplificada dos fenômenos é que a ciência passa a ser considerada. Bock, Furtado e Teixeira (2008) definem ciência como o conjunto de conhecimentos relacionados a aspectos da realidade que são expressos por meio de uma linguagem rigorosa e precisa. Tais conhecimentos são obtidos por meio de métodos, ou seja, de modo sistemático, controlado e programado, garantindo sua validade. Tais características possibilitam que esses conhecimentos sejam verificados, transmitidos e desenvolvidos (ou aperfeiçoados). É considerando a definição apresentada que a Psicologia é considerada científica. Apesar da diversidade de teorias psicológicas existentes, o corpo teórico que fundamenta cada uma delas apresenta todo o rigor necessário (sistematização, controle, programação e validade) para o estudo do homem e de sua subjetividade. Por subjetividade entende-se a síntese singular que cada um constitui conforme se desenvolve e vivencia as experiências de vida, considerando o ambiente social e cultural (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA; 2008). Talvez este seja um dos maiores problemas da Psicologia: o próprio pesquisador é também o objeto de estudo, e sua história de vida, valores, crenças e concepções advindas de suas experiências interferem em sua própria visão de homem. A diversidade de teorias psicológicas, citada anteriormente, está diretamente relacionada à história, isto é, uma teoria não está desvinculada da realidade ou do momento histórico em que está sendo construída. No caso da Psicologia, suas origens estão na história do pensamento humano iniciada com os gregos, na Antiguidade. Sócrates (469-399 a.C.) preocupou-se em diferenciar o homem dos demais animais, focando-se na definição de razão e caracterizando-a como a principal característica humana. Platão (427-347 a.C.), por sua vez, buscou discutir em que lugar do corpo humano estaria localizada a razão, ou seja, para ele a alma estaria localizada na cabeça, mas não seria parte do corpo, e sim algo separado. Já para Aristóteles (384-322 a.C.), alma e corpo não poderiam ser dissociados (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008). Na Idade Média, a Psicologia ou os conhecimentos relacionados ao estudo da subjetividade estavam diretamente vinculados ao conhecimento religioso (devido ao aparecimento e desenvolvimento do Cristianismo). Os principais filósofos deste período foram: Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274). O primeiro, assim como Platão, defendia a ideia de uma divisão entre corpo e alma, sendo esta uma manifestação divina no homem. Já São Tomás de Aquino vivenciou um período conturbado da história com o protestantismo e, portanto, preocupou-se em distinguir a essência da existência humana, sendo que ambas só estariam presentes igualitariamente na figura de Deus, relacionando a perfeição ao divino e buscando, assim, justificar os dogmas da igreja (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008). Entretanto, foi com o Renascimento que surgiu Descartes (1596-1659), um dos filósofos mais importantes para a ciência. Para o desenvolvimento da psicologia moderna, o trabalho mais importante de Descartes foi a tentativa de solucionar o problema mente–corpo. Antes de Descartes, afirmava-se que a interação entre mente e corpo era unilateral; a mente exercia grande influência sobre o corpo, mas este exercia pouco efeito sobre ela. Descartes, apesar de aceitar que mente e corpo eram compostos de diferentes essências, afirmou que a relação entre mente e corpo não era unilateral, mas sim mútua (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005).

Faculdade Anhanguera de Anápolis

A Psicologia Moderna nasceu na Alemanha, no final do século XIX. Entretanto, não se pode afirmar que haja um único fundador da Psicologia, já que seu surgimento esteve diretamente relacionado à Filosofia. Contudo, Wilhelm Wundt (1850-1909) é quem recebe o título de “pai da Psicologia Moderna”, já que seu trabalho tinha como objetivo promover a Psicologia enquanto ciência independente. Neste sentido, os estudiosos passaram a: definir seu objeto de estudo; delimitar seu campo de estudo (distinguindo a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia); formular métodos de estudo; e formular teorias. As novas teorias formuladas deveriam obedecer aos critérios científicos de neutralidade e ser passíveis de comprovação. Porém, os primeiros estudiosos, apesar das tentativas, produziram conhecimentos que se caracterizaram muito mais pela metodologia de pesquisa e pela construção teórica. Além disso, é importante ressaltar que, apesar de o surgimento da Psicologia ter acontecido na Alemanha, foi nos Estados Unidos que surgiram as primeiras abordagens: o Funcionalismo de William James (1842-1910), o Estruturalismo de Edward Titchener

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