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Hermenêutica Filosófica De Hans George Gadamer

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Por:   •  9/3/2015  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  520 Visualizações

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Hermenêutica Filosófica de Hans George Gadamer

A filosofia de Gadamer completa a teoria ontológica-existencial da compreensão e , simultaneamente, constitui base da superação deste paradigma, por meio da linguisticidade da compreensão. A hermenêutica para Gadamer e uma teoria da compreensão em que o contexto histórico presente é sempre algo determinante na atividade interpretativa do objeto.

Para Gadamer, a compreensão não se concebe, como um processo subjetivo do homem em face de um objeto, mas, sim, como um modo de ser do próprio homem. A hermenêutica não se define enquanto disciplina geral enquanto auxiliar das humanidades, mas, sim, como tentativa filosófica que avalia a compreensão como processo ontológico.

Gadamer tem como pressuposto a experiência hermenêutica, que é toda a compreensão que temos ao longo da vida e que no encontro hermenêutico tem que ser experimentada.

Em Gadamer, fora da historia não há lugar para o interprete. Não há como ser atemporal e fugir da carga de tradições que carrega. A interpretação de um texto, pois, não é uma abertura passiva, mas uma interação dialética com o texto que se faz possível por meio da linguagem. A compreensão humana é histórica, linguística e dialética. Da mesma forma devemos tentar nos deslocar para a situação para ter assim seu horizonte. O ato de compreender é sempre a fusão de horizontes. A consciência hermenêutica que compreende pode deslocar e ampliar seu horizonte, enriquecendo seu próprio mundo com toda uma nova dimensão existencial.

Hermenêutica Estruturalista-Fenomenologica de Paul Ricouer

Como síntese dessa evolução de ideias, desenvolve-se a fundamentação hermenêutica de Paul Ricouer. O notável pensador adota uma posição conciliadora em faça da dicotomia Diltheyana entre compreensão e explicação.

Procura-se, assim, consolidar um modelo dialético que enlace a verdade como desvelamento (ontologia da compreensão) e a exigência crítica representada pelos métodos rigorosos das ciências humanas (necessidade de uma explicação). Deste modo o escopo da interpretação será reconstruir o duplo trabalho do texto por meio do circulo ou arco hermenêutico: o âmbito da dinâmica interna que preside à estruturação da obra (sentido) e no plano do poder que tem esta obra para se projetar fora de si mesma, gerando um mundo (a referencia). A hermenêutica seria o sistema pelo qual o significado se revelaria, para além do conteúdo manifesto. O desafio hermenêutico seria tematizar reflexivamente a realidade que está por detrás da linguagem humana.

Buscando uma conexão entre hermenêutica e estruturalismo, afirma Ricouer (1989b, p.28) que a interpretação tem uma história e que essa história é um segmento da própria tradição, pois não se interpreta de nenhuma parte, mas para explicitar, prolongar e assim manter viva a própria tradição na qual nos mantemos. É assim que o tempo da interpretação pertence de algum modo ao tempo da tradição.

Já ao correlacionar a hermenêutica com a fenomenologia, assevera Paul Ricouer (1989b, p.245) que a linguagem não é um objeto mas uma medição, isto é, aquilo pelo que é através do que nós nos dirigimos para a realidade, consistindo em dizer alguma coisa sobre alguma coisa; por meio disso, ela se escapa em direção ao que

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