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Kant quationário

Por:   •  29/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  691 Palavras (3 Páginas)  •  207 Visualizações

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Cleber

Everton

Pedro Paulo

Questionário sobre Kant

  1. Qual o problema que Kant identifica em relação ao conhecimento da razão no domínio da metafísica? Identifique pelo menos uma passagem no texto relativa a este problema.

R.: Às questões provocadas pela razão humana (pela sua natureza) o homem também “não pode dar resposta por ultrapassarem completamente as suas possibilidades” (párag. 1). A metafísica, na busca incansável por afirmar, debater e fundamentar suas teses, afunda-se em princípios e mais princípios que a levam a condições remotas, nunca chegando a um fim, assim argumenta Kant: “Parte de princípios, cujo uso é inevitável no decorrer da experiência e, ao mesmo tempo, suficientemente garantido por esta. Ajudada por estes princípios eleva-se cada vez mais alto. (...) Se apercebe de que, desta maneira, a sua tarefa há de ficar sempre inacabada, porque as questões nunca se esgotam; vê-se obrigada, por conseguinte, a refugiar-se em princípios que ultrapassam todo o uso possível da experiência e, não obstante, estão ao abrigo de qualquer suspeita, pois o senso comum está de acordo com eles”. Onde entende-se que, os saberes metafísicos, mesmo sendo impossíveis de serem comprovados empiricamente, constituem-se de saberes “convincentes”, pois utilizam-se de métodos que tornam aqueles que encontram-se com tais “saberes”, concordes com suas teses e teorias; as quais jamais se esgotam, levando os pensadores a debates e teses sem fim. “Assim, a razão humana cai em obscuridades e contradições, que autorizam a concluir dever ter-se apoiado em erros, ocultos algures, sem contudo, os poder descobrir”, ou seja, dentre suas muitas teses e antíteses torna-se impossível comprovar se os fatos estão corretos ou não de modo científico, favorecendo uma infinidade de teorias e teses sobre temas dos quais não se tem meios de se confirmar no meio científico, visto que, “Uma vez que ultrapassam os limites de toda experiência, já não reconhecem nesta qualquer pedra de toque” (parag. 2).

  1. O que significa uma “crítica” da razão pura? Identifique no texto a passagem na qual o termo “critica” é esclarecido.

Nas palavras de Kant lemos: “Por uma crítica assim, não entendo uma crítica de livros e de sistemas, mas a faculdade da razão em geral, com respeito a todos os conhecimentos a que pode aspirar, independentemente de toda a experiência”. Desta forma, entende-se por crítica a investigação acerca dos limites e das possibilidades em torno do que a razão pode e é capaz de conhecer. “É um convite à razão para de novo empreender a mais difícil de suas tarefas, a do conhecimento de si mesma e da constituição de um tribunal que lhe assegure as pretensões legítimas e, em contrapartida, possa condenar-lhe todas as presunções infundadas”. Este “tribunal” é o que Kant afirma ser a critica da razão pura. Um tribunal onde a própria razão é colocada como ré, sendo julgada em nome de suas leis eternas e imutáveis. Onde a razão é investigada em sua forma pura de conhecimento e sem quaisquer teorias metafísicas ou pré-estabelecidas.

  1. Como Kant se posiciona em relação ao debate entre os racionalistas dogmáticos e os empiristas críticos?

Em relação ao debate entre dogmáticos e empiristas Kant posiciona-se criticamente, levando em conta a razão no seu modo de pensar puro, sobre isto ele afirma: “ocupo-me unicamente da razão e do meu modo de pensar puro e não tenho necessidade de procurar longe de mim o seu conhecimento pormenorizado, pois o encontro em mim mesmo e já a lógica vulgar me dá um exemplo onde que se podem enunciar, de maneira completa e sistemática, todos os atos simples da razão. O problema que aqui levanto é simplesmente o de saber até onde posso esperar alcançar com razão, se me for retirada toda a matéria e todo o concurso da experiência”. Em outras palavras, Kant escolhe o caminho da investigação da razão, livre da experiência, porém sem ultrapassar o poder do conhecimento a priori: universal e necessário. Portanto, em relação aos empiristas, Kant demonstra que, para conhecer o que é a experiência, faz se necessário o conhecimento que a razão possui a priori e, em relação aos dogmáticos, Kant demonstra que a razão possui limites, por isso, não pode conhecer com certeza princípios que não sejam reconhecidos ou comprovados na experiência.

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