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Ludwig Feuerbach

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Por:   •  28/5/2014  •  Tese  •  1.449 Palavras (6 Páginas)  •  414 Visualizações

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Introdução

Ludwig Feuerbach teve enorme influência sobre o estudo da religião. Foi um grande crítico do cristianismo e expôs com clareza sua oposição a ele. Neste trabalho tentaremos explicar um pouco o contexto em que isso aconteceu, qual a sua posição e oposição e quais as consequências que isso implicou e ainda resultam até os dias de hoje. Sabemos que o ateísmo é de grande influência mundial, e estudaremos a seguir um pouco desse grande contribuinte para que essa corrente filosófica se enraizasse na sociedade e na mente das pessoas.

Contexto histórico

A situação era instável na academia Europeia com o seu grande idealismo e dogmatismo, Kant havia mostrado que a razão nos leva a Metafísica; Fichte fundamentou um verdadeiro conhecimento da ciência e da liberdade humana, e Hegel construiu uma filosofia da história baseada na realização imanente do mundo espiritual absoluto . Parecia que a filosofia tinha se estabelecido, pois trazia uma visão de um mundo ideal, de progresso, de compreensão e criatividade. Este novo paradigma era de alguma forma capaz de equilibrar a teologia de Platão, Aristóteles e Plotino, com o racionalismo de Leibniz, Locke e Newton. Finalmente eles pensavam que tinham conseguido unir o racionalismo e a teologia. Mas o que eles não sabiam era que em breve eles teriam estudantes que iriam começar uma guerra que duraria até os dias atuais. A missão desta guerra foi à erradicação definitiva da teologia, a religião organizada, e que foi visto como o absolutismo cegamente assumido. Hume tinha preparado o terreno para o que Schopenhauer, Nietzsche e Marx diziam: a teologia é delirante. Contemporâneo com este ataque à teologia, Ludwig Feuerbach, o ex-hegeliano, se tornaria o grande campeão da iconoclastia religiosa ganhando o título de “Pai do ateísmo moderno”.

A vida e as influências de Feuerbach

Ludwig Andreas Feuerbach nasceu na cidade de Landshut, Bavaria(Bayern), Alemanha, em 1804, filho de um advogado e professor protestante famoso, Anselmo Feuerbach. Ludwig mostrou um entusiasmo para os estudos religiosos no início de sua vida, estudou hebraico ainda jovem e escolheu continuar seus estudos, na Universidade de Heidelberg, onde estudou teologia. Durante este tempo Ludwig foi aluno do teólogo hegeliano Karl Daub, e do famoso historiador kantiano Heinrich Eberhard Gottlob Paulus. Foi nessa época que Ludwig ficou cativado pela filosofia de Hegel e supostamente dentro de um ano, Feuerbach, estava decidido a aprender mais e conseguiu ganhar o consentimento de seu pai para ir a Berlim. Tendo sido transferido para Berlim Feuerbach cada vez mais aceita a filosofia hegeliana, mas como a maioria dos estudantes de Hegel, acabou se afastando de seus professores tornando-se o que é intitulado “hegelianismo de esquerda”. O hegelianismo de esquerda transformou a filosofia idealista em materialista, diferentemente da corrente hegeliana da direita que manteve o idealismo . Esta separação das formas baseou-se principalmente na interpretação da religião, onde a religião foi colocada como uma grande parte do movimento dialético da história de Hegel. Feuerbach rejeitou a religião e viu com isso uma chave para o progresso da sociedade científica. Uma possível causa disso, se da ao fato de a sua obra Reflexões sobre a morte e a imortalidade, ser considerada herética e abalar a sua carreira acadêmica. A principal tese de Feuerbach, a “teoria da projeção”, revela parte desse sentimentalismo. Um fato importante do seu pensamento é que várias das principais obras de Feuerbach foram especificadas como teológicas, isso porque ele não queria fazer da religião uma mera superstição, mas sim explicá-la segundo a sua concepção, de que a natureza é fundamento do homem . Iremos abordar a seguir um pouco mais sobre essa concepção.

Pensamento de Feuerbach

Como foi mencionado antes, a sua tese central foi que a noção de “divino” ou “Deus” era, na verdade, apenas uma projeção humana.

“O objeto sensorial é em si um objeto indife¬rente, independente da intenção, do juízo; mas o objeto da religião é um objeto mais selecionado: o ser mais excelente, o primeiro, o mais eleva¬do; pressupõe essencialmente um juízo crítico para distinguir entre o divi¬no e o não-divino, o adorável e o não-adorável. E aqui vale sem qualquer restrição o princípio: o objeto do homem nada mais é que a sua própria essência objetivada. Como o homem pensar, como for intencionado, as¬sim é o seu Deus: quanto valor tem o homem, tanto valor e não mais tem o seu Deus. ”

O que Feuerbach está dizendo é que a ideia de Deus provém do homem, é uma separação e projeção de sua própria natureza. A razão disso, segundo Feuerbach, é o desejo de conforto, segurança e significado. Deus é uma necessidade inconsciente. Por isso, o sentimento de vazio, de solidão, é quando a pessoa precisa de um Deus em quem possa se firmar. A razão pela qual os seres humanos têm esses desejos é porque eles estão lidando com as realidades do mundo físico ao seu redor, os impulsos emocionais dentro deles, e em busca de seu lugar no mundo. O mundo físico pode ser hostil, para que os humanos procurem abrigo, a vida emocional pode ser caótica, por isso os seres humanos buscam estabilidade e satisfação, a busca de sentido pode se tornar desanimadora, então os seres humanos buscam a

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