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A Relação Entre Deus E O Homem Segundo Feuerbach

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Por:   •  27/9/2013  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  707 Visualizações

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I. Qual a relação entre Deus e o homem segundo Feuerbach?

A única religião que Feuerbach investiga seriamente é o cristianismo, a religião universal do Ocidente, baseada no monoteísmo. Feuerbach mostra que o Deus dos cristãos nada mais é que o reflexo imaginário, a imagem refletida do homem. Mas esse Deus é, por sua vez, o produto de um longo processo de abstração, a quintessência concentrada dos numerosos deuses tribais e nacionais existentes antes dele. Em conseqüência, o homem, cuja imagem refletida aquele Deus representa, também não é um homem real, mas é também a quintessência de muitos homens reais, é o homem abstrato, e, portanto, também uma imagem mental. O mesmo Feuerbach que a cada página prega o império dos sentidos, o mergulho no concreto, na realidade, torna-se completamente abstrato logo que começa a falar de outras relações entre os homens que não sejam as simples relações sexuais.

II. O que é vontade para Schopenhauer?

Segundo Schopenhauer, o homem é vontade. Apesar de toda essa ordenação, que caracteriza nosso campo da consciência, de toda essa regularidade, que parece fazer do mundo da representação o lugar mesmo da verdade, tudo seria mesmo um sonho vazio ou uma insana quimera, se não houvesse uma coisa mais fundamental, mais metafisicamente real: o mundo da vontade. O mundo é para Schopenhauer, sobretudo, vontade. Mas como perceber essa realidade que se encontra atrás das aparências, que existe fora do espaço e do tempo? Segundo Schopenhauer, é através do corpo que se tem acesso a essa realidade mais íntima. É através do corpo que o homem tem a consciência interna de que ele é vontade, um em-si. Agora, não do corpo visto de fora, no espaço e no tempo, não como objetivação da vontade, como representação, mas enquanto imediatamente experimentado em nossa vida afetiva. É na alternância entre dores e prazeres, faltas e satisfações, desejos e decepções que surge a vontade como essência e princípio do mundo, como querer sem dono, transindividual, cego e sem razão, em sua tenebrosa e abismal perpetuação. Essa vontade é força que age na natureza e desejo que move o homem.

III. Como Schopenhauer via Hegel?

Com animosidade. A negação da necessidade, fonte do deslumbramento Schopenhaueriano, o transforma num filósofo inatual, estranho a seu tempo. A desagradável animosidade que o opunha a Hegel e “aos da sua turma” significa uma oposição profunda e irredutível. A filosofia de Schopenhauer surgiu numa época na qual a fé em uma razão diretora e ordenadora de todas as coisas, longe de se enfraquecer, como que se exacerbou através da grande esperança que no século XVIII atrelou ao desenvolvimento do racionalismo, culminando com as construções de Hegel, que via no vir-a-ser do mundo a realização progressiva do Espírito Absoluto, ao ponto de assimilar a realidade com a racionalidade. “Eu sou desprovido de qualquer intuição racional” (Le monde comme volonté ET comme représentation, tradução de A. BURDEAU, nova ed. revista e corrigida por R. ROOS, P.U.F., 1966, pág. 53), diz ironicamente Schopenhauer em uma das suas muitas investidas contra Hegel. Esta expressão vai talvez mais longe do que ele próprio supunha. Ela define a originalidade da expressão schoupenhaueriana, que reside nesta surdez em relação das pseudo-evidências admitidas por seus contemporâneos. Ele não se posiciona apenas contra, mas completamente alheio ao movimento intelectual da sua época. Falta-lhe a representação de qualquer metafísica teleológica, a idéia de uma natureza em evolução, de uma humanidade no seu vir-a-ser histórico, enfim: todas essas idéias colocadas no centro das preocupações dos seus contemporâneos e dos seus predecessores. Esta lacuna alia-se contudo a uma fascinada admiração diante da perfeição teleológica dos mecanismos biológicos. Essa inatualidade de Schopenhauer, numa certa medida, mantém-se até hoje, malgrada a fama passageira alçada durante um certo tempo pelos aspectos mais fracos de sua doutrina, em favor de um modo pessimista de ver a vida que fez sucesso nos últimos anos do século XIX.

IV. Como é o conhecimento do mundo para Schopenhauer?

Ele afirma que todo nosso conhecimento do mundo empírico é o produto do tipo específico de organismo que somos. A estrutura do conhecimento e dos objetos do conhecimento depende do tipo de manifestação da vontade-de-vida que o sujeito congnoscente constitui. Tudo aquilo que se disse acerca do mundo da representação, das formas do espaço, do tempo e da causalidade que governam os objetos de nossa experiência, assim como os conceitos e juízos a que podemos chegar a partir

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