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Metodologia

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Por:   •  19/3/2015  •  2.964 Palavras (12 Páginas)  •  157 Visualizações

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O conhecimento é uma relação

O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto. Essa afirmação , aparentemente clara e objetiva, implica inúmeras perguntas:

• O que é o objeto: algo exterior ao sujeito, ou é parcial ou totalmente sua criação?

• Quem é o sujeito: um ser meramente passivo sobre o qual o mundo externo atua ou um ser eminentemente ativo que produz idéias e é capaz de modelar , de maneira particular e intransferível, os dados que provêm do exterior?

• Em que consiste a verdade?

• Quais são as fontes do conhecimento e qual o grau de confiabilidade das mesmas?

O conjunto de questões anteriormente formuladas é objeto de estudo da teoria do conhecimento, gnoseologia, crítica do conhecimento ou epistemologia. Segundo Abbagnano ( 1982:169), todos esses nomes têm o mesmo significado. Ao contrário do que se crê, não indicam uma disciplina filosófica como a ética, a estética ou a lógica, mas sim, o tratamento de um problema específico, que é o da realidade das coisas.

O conhecimento pressupõe a existência de um sujeito conhecedor e de um objeto a ser conhecido mediados pelo ato de conhecer: “é a relação estabelecida entre sujeito e objeto, na qual o sujeito apreende informações a respeito do objeto. É a atividade do psiquismo humano que torna presente à sensibilidade ou à inteligência um determinado conteúdo , seja ele do campo empírico ou do próprio campo ideal” ( Severino, 1992: 38).

O sujeito apreende um objeto e torna-o presente aos sentidos ou à inteligência. Dessa forma, o ser humano, paulatinamente, vai conhecendo, compreendendo cada vez mais e melhor a realidade que o circunda.

O conhecimento, pois, consiste na apropriação intelectual de um conjunto de dados empíricos ou ideais, com a finalidade de dominá-los e utilizá-los para entendimento e elucidação da realidade.

2.1.1 A questão da sensibilidade, razão e verdade.

A questão do método

De onde vem o conhecimento?

A necessidade de inteligibilidade do processo de conhecimento humano não é recente. Os filósofos gregos tinham como objeto de suas especulações o significado e as condições necessárias para efetivação do ato de conhecer. No entanto, essas reflexões revestiam-se de um caráter puramente ontológico: buscava-se a ess6encia do ser.

A teoria do conhecimento propriamente dita tem início na Idade Moderna, no século XVII, com a revolução científica empreendida por Galileu e outros cientistas que , ao criarem um novo modelo de investigação do mundo fenomenal e ao redefinirem o papel das ciências particulares, despertaram nos filósofos uma preocupação com os fundamentos , as possibilidades , os limites e o alcance do conhecimento humano e uma certa reserva contra os argumentos de autoridade que prevaleceram durante toda a Idade Média.

Aos poucos o método experimental é aperfeiçoado e aplicado em novos setores. Desenvolve-se o estudo da química, da biologia. Surge um conhecimento mais objetivo da estrutura e das funções dos organismos vivos no século XVIII. Já no século seguinte, verifica-se uma modificação geral nas atividades intelectuais e industriais. Surgem novos dados relativos à evolução, ao átomo, à luz, à eletricidade, ao magnetismo, à energia. Enfim, no século XX, a ciência, com seus métodos objetivos exatos, desenvolve pesquisas em todas as frentes do mundo físico e humano, atingindo um grau de precisão surpreendente não só na área das navegações espaciais e de transplantes, como nos mais variados setores da realidade.

Essa evolução das ciências tem, sem, dúvida, como mola propulsora os métodos e instrumentos de investigação aliados ao espírito científico, perspicaz , rigoroso e objetivo.

Esse espírito, que foi preparado ao longo da História, impõe-se agora, de maneira inexorável, a todos quantos pretendem conservar o legado científico do passado, ou , ainda, propõem-se a ampliar suas fronteiras.

Essa evolução das ciências tem, sem dúvida, como mola propulsora os métodos e instrumentos de investigação aliados ao espírito científico, perspicaz, rigoroso e objetivo.

Esse espírito, que foi preparado ao longo da história, impõe-se agora , de maneira inexorável, a todos quantos pretendem conservar o legado científico do passado, ou, ainda, propõem-se a ampliar suas fronteiras.

Filósofos como Descartes, Bacon, Leibniz, Espinoza, Locke Berkeley e Hume são autores da revolução epistemológica, que tem origem na Idade Moderna , e responsáveis pelo surgimento de duas grandes correntes que traduzem o sentido dos novos tempos: o racionalismo e o empirismo.

RENÉ DESCARTES ( Racionalismo)

“Eu existo porque penso”

René Descartes ( 1596 – 1650), filósofo francês, e reconhecidamente o “pai da filosofia moderna” , é o principal representante do racionalismo, cujos fundamentos se encontraram em suas obras Discurso sobre o método e Meditações metafísicas. Movido pelo espírito científico da época e apoiado na matemática, uma de suas paixões, descartes encaminha suas reflexões filosóficas em direção à verdade. A percepção de que o homem se engana com facilidade e de que os conhecimentos provenientes dos sentidos são muitas vezes duvidosos, impulsiona Descartes na busca de certezas inabaláveis.

Dessa maneira m, ele encontra na dúvida um caminho seguro para encontrar a verdade: “Converte a dúvida em método. Começa duvidando de tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade, do testemunho dos sentidos, das informações da consci6encia, das verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade do mundo exterior e da realidade do seu próprio corpo” ( Aranha e Martins, 1986: 166).

A dúvida metódica conduz Descartes a um primeiro conjunto de verdades: “Eu duvido, isso é certo. Se duvido, é porque eu penso, isso também é certo. Se penso, eu existo: é certo que eu existo porque penso”.

Cogito, ergo sum, isto é, “Penso, logo,

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