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Nicolau Maquiavel

Por:   •  3/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.012 Palavras (17 Páginas)  •  307 Visualizações

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Universidade Federal de Pernambuco - CAA

Nicolau Maquiavel

O Príncipe

Caruaru

2015.2


Ana Claudia Silva Alves

Anna Karolina Gonçalves de Farias

Ednalva Maria do Nascimento Araujo

Joaquim Lins Oliveira Neto

Yalle Priscilla da Conceição Bezerra


Vida e Obras de Nicolau Maquiavel.

Nicolau Maquiavel foi um italiano famoso da época do Renascimento. Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim. Logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga. Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença. Nesta época, passou a dedicar seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social. Tornou-se um importante historiador, diplomata, poeta, músico, filósofo e politico italiano. Viveu durante o governo de Médici. Sua educação, porém, foi fraca quando comparada com a de outros humanistas, devido aos poucos recursos de sua família. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna; pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública; Foi exilado de seu país em 1512 pelos Médicis, a esse afastamento se deve a maior parte das obras que imortalizaram o seu nome, das quais a mais célebre é o tratado O príncipe, sua obra mais importante e famosa (escrita em 1513, concluído em 1515 mas publicado somente em 1532), em que desenvolve um sistema de política que tem por base a astúcia. As suas doutrinas concordavam então com o direito público do tempo, delas tendo surgido, pode-se dizer, toda uma literatura política que, através do século XVII, se junta à corrente de filosofia social derivada de Locke e de Montesquieu. O pensamento maquiavélico começou a influenciar os valores individualistas que estavam ganhando espaço no imaginário europeu.                            

 Com sua renovação nos estudos sobre políticas e as formas de agir diante delas, ele acabou destruindo pretensões morais e religiosas, assim como repassava suas principais ideias e pensamentos (Virtude e Fortuna, por exemplo).

 Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal historiador de Florença.

“O Príncipe”. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana. A obra prima de Maquiavel teve, porém, numerosos contraditores, o mais célebre dos quais Frederico II. O seu nome passou à linguagem para designar um estadista sem escrúpulos. Maquiavel foi, não obstante, grande patriota e um dos maiores escritores da Itália.

 Entre outras de suas obras constam: o “A arte da Guerra” Escrita entre os anos de 1517 e 1520, um dos livros menos lidos do autor; entretanto foi sua única obra publicada enquanto estava vivo. “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, de 1513 a 1521, Maquiavel defende a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios morais e éticos. História de Florença; Belfador, o Arquidiabo; A vida de Castruccio Castracani de Lucca; Living thoughts of Machiavelli; Palavras sobre a provisão de dinheiro; Descrição da maneira como o Valentino assassinou Vitellozzo Vitelli, Oliverotto da Fermo, o Senhor Pagolo e o Duque de Gravina Orsini; e algumas poesias e comédias. Maquiavel casou-se em 1502 com Marietta Corsini, de quem teve quatro filhos e duas filhas (Bernardo, Ludovico, Piero, Guido, Bartolomea e outra menina morta na primeira infância). Após o exílio exerceu atividades políticas por apenas dois anos, até sua morte, em 1527.


Obra Principal

O Príncipe

O príncipe (em italiano, Il príncipe) foi escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente em 1532.

O livro considerado um tratado político possui 26 capítulos, alem de uma dedicatória a Lourenço de Médici (1492-1519), duque de Urbino; com o intuito de conquistar a sua simpatia. Na dedicatória Maquiavel faz um pedido de ajuda, esperando poder voltar a Florença e a vida pública. No entanto, Lorenzinho ( Como era conhecido ) ignorou o seu pedido tratando a obra com desprezo e mantendo o exílio de Maquiavel que se encontrava na região da toscana. Onde pouco tempo antes da dedicatória, foi preso e torturado, sob suspeitas de conjura contra os Medici, mas teve sua inocência reconhecida.

No tratado Maquiavel fala de suas ideias e faz observações sobre política de uma forma direta e prática para o contexto da época falando das obrigações e cuidados que um príncipe precisa ter com seus aliados políticos e súditos para manter um bom funcionamento do reino e a conquista e manutenção de novos. Pra  tanto , Maquiavel cita vários exemplos de figuras conhecidas e distintas mas que compartilham da mesma ambição pelo poder.

 Maquiavel nos proporciona uma aula de administração política com suas observações e exemplos do seu ponto de vista sobre esses homens que escolheram caminhos diferentes para conquistar um mesmo objetivo.

“A ambição é uma paixão tão forte no coração do ser humano, que, mesmo que galguemos as mais altas posições, nunca nos sentimos satisfeitos.”

                                                                               (Nicolau Maquiavel)

 Também nos mostra o poder e a influência da igreja católica no contexto político histórico da época, reforçando a importância de fazer e manter bons aliados para segurança própria e de seu povo em momentos de necessidade e o cuidado que se deve ter com os mesmos para que no futuro não seja subjugado.

“Na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã.”

                                                                               (Nicolau Maquiavel )

Após a sua publicação, o tratado político provocou várias controvérsias e conflitos de interesses; em 1559 foi incluído no índex librorum prohibitorum (Índice dos livros proibidos ) pela igreja católica.

Sobre o príncipe de Nicolau Maquiavel o filosofo Leo Strauss acredita que:

“Maquiavel é o único pensador político cujo nome foi adotado pelo uso comum para designar um tipo de política guiada exclusivamente por considerações de conveniência, que lança mão de quaisquer meios, limpos ou sujos, ferro ou veneno, para atingir os seus objetivos.“

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