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Noção de metafísica

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Por:   •  3/4/2014  •  Relatório de pesquisa  •  6.646 Palavras (27 Páginas)  •  397 Visualizações

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813 – Filosofia

Unidade II

Metafísica

INTRODUÇÃO

Trans naturam, além da natureza. Eis que por natureza entende-se matéria, e por metafísica, o que não e matéria. O nosso raciocínio não é comprido nem largo, nem alto, nem sólido, nem pontiagudo.

É também metafísica, Deus, que conhecemos por suas obras, mas que nosso orgulho quer definir, é de Deus que sentimos o imenso poder. Deus, separado por nós por um abismo infinito e cuja nobreza ousamos sondar.

Ainda poderíamos acrescentar aos objetos da metafísica até mesmo os princípios da matemática, pontos sem extensão, linhas sem largura, superfícies sem profundidade. Bayle acredita que estas categorias eram objetos de razão, mas são apenas efeitos das coisas materiais consideradas em suas massas, larguras e comprimentos. A metafísica não tem nada haver com a geometria, ao qual permite-se ser metafísico e não ser geômetra. A metafísica é considerada o romance do espírito, ao qual em geometria é preciso medir, calcular etc.

A metafísica permite a um espírito sonhar docemente do que se fatigar, como faz a geometria.

NOÇÃO DE METAFÍSICA

O TERMO: do grego “metá tá physiká” = depois da física. A biblioteca de Aristóteles havia passado sucessivamente de Teofrasto (discípulo) e deste para Neleu (discípulo de ambos) e seus herdeiros, em Trôade onde a esconderam de reis piratas, até o ano 100 a .C Apelicone a levou (a biblioteca) de volta para Atenas. O general romano, Sila, (Sula) Félix conquistou Atenas em 86 aC. e carregou os livros para Roma, encarregando, posteriormente, Andrônico de Rodes de sua edição completa.

O editor organizou em primeiro lugar os livros da FISICA. Os livros restantes não tinham título. Deu-lhes então nome simples de : Os livros que vêm DEPOIS DA FÍSICA. Assim, o título acidental transformou-se, por acaso, em título essencial. METAFÍSICA, é pois, a disciplina filosófica que estuda as causas últimas, princípios supremos constitutivos das coisas.

A filosofia em sentido estrito é metafísica. De qualquer coisa que é, nós dizemos que é.

DEFINIÇÃO DE METAFÍSICA

Denominada filosofia primeira por Aristóteles, a metafísica é a ciência das causas primeiras e dos primeiros princípios, isto é, é a ciência que estuda os problemas que transcendem as realidades materiais e sensíveis.

A palavra metafísica foi empregada pela primeira vez por Andrônico de Rodes para designar os livros de Aristóteles que vinham depois da Física. A metafísica embora se possa inspirar nos dados das ciências experimentais, para ultrapassá-las e atingir a essência das coisas, não se confunde com nenhuma dessas ciências, uma vez que sua finalidade é estudar as conclusões últimas a que nos pode levar o estudo dos seres e fenômenos. O ser enquanto ser, o ser nos seus princípios supremos e nas suas razões fundamentais, não como se nos revela nos fenômenos, mas tal como é, independente e superior às suas manifestações sensíveis, eis o OBJETO DA METAFÍSICA.

DIVISÃO DA METAFÍSICA

É geralmente dividida em três grandes partes:

1. A Crítica do conhecimento: estuda a natureza, as possibilidades e os limites do conhecimento humano.

2. A ontologia: estuda os princípios constitutivos do ser e as condições mais gerais de toda a realidade.

3. A teodicéia: estuda, à luza da razão humana, a existência, a natureza e a ação de Deus.

EVOLUÇÃO DA METAFÍSICA:

Na antigüidade, a metafísica foi considerada a ciência que estuda as verdades que estão “além da física”. Aristóteles diz que há uma ciência que investiga o ser enquanto ser e seus atributos essenciais. Esta ciência não se confunde com nenhuma das assim chamadas ciências particulares, pois elas não consideram, geralmente, o ser como tal, e sim unicamente uma parte do mesmo. Ao contrário, esta ciência, pesquisa “os primeiros princípios e as causas mais elevadas e, por isso, merece ser chamada de “filosofia primeira”. (pela anterioridade e primazia sobre todas as formas de saber, como também pela anterioridade do seu objeto, a substância imóvel, o ser em geral, fundamento dos seres particulares).

A idade média aceitou o conceito aristotélico de metafísica Na idade moderna, Bacon considerou-a “ciências da causas formais e finais”, ao contrário da física, ciência das causas eficientes e materiais. No século XVIII, com o progresso das ciências naturais e com as idéias racionalistas e enciclopedistas, a met. caiu no abandono. Kant tentou reabilitá-la, mas limitou sua esfera de ação, pois negou a possibilidade de conhecimento objetivo. Comte quis eliminar a metafísica ao admitir que somente as coisas sensíveis podem ser conhecidas. Os filósofos contemporâneos falam da metafísica, mas a reduzem muito quando não a desprezam. Néo-kantianos e fenomenologistas reduzem a realidade ao âmbito das idéias; Bergson reduz a realidade somente à intuição; William James reduz a realidade à pura ação (pragmatismo); Heidegger, filósofo existencialista, a metafísica tem por objeto o estudo do ser e do tempo, a análise do fenômeno da existência e dos elementos constitutivos da realidade humana. A metafísica é, para Heidegger, uma “ontologia fenomenológica da existência humana”.

O MÉTODO DA METAFÍSICA

A metafísica se baseia na experiência. Seu objeto não é ma simples idéia abstrata, mas o ser existente e real. Ora, o conhecimento da existência e da natureza de um ser real deve partir da observação. Somente através dos dados sensoriais externos e internos, poderá a inteligência, por meio do raciocínio, atingir o ser universal em seus princípios e suas causas.

Proceder a priori, como fizeram muitos filósofos (Parmênides, Spinoza) seria transformar a met. numa mera abstração vazia. Por ser eminentemente dedutiva e racional, nem por isso a metafísica deve desprezar os elementos da realidade concreta e viva.

VALOR DA METAFÍSICA

Não é uma construção arbitrária, uma obra artística ou uma crença irracional. Trata-se de uma ciência autêntica e o seu objeto, o ser universal, por se achar acima da matéria

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