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O Bruno Latour

Por:   •  19/11/2019  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  197 Visualizações

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FURLAN, Reinaldo. Uma revisão/discussão sobre a filosofia da ciência. Panéia, 12 (24), 2002, PP. 125-138

O autor discorre  sobre  a forma  de pensar e agir alguns filósofos, tais como: Popper, Francis bacon e Kuhn.  Sempre procurando uma afinidade entre a construção do pensamento crítico e o conhecimento científico. Nesse diapasão, busca estimular a reflexão sobre a natureza do saber, com a finalidade  de que a partir da exposição e discussão de algumas idéias associadas à prática científica propriamente dita, possam servir de alicerce para incentivar o pensamento.

Não obstante, discute os conceitos de paradigma e de ciência normal. Sendo que o primeiro atua como um mapa ou roteiro de uma determinada ciência, formando critérios para a solução de seus problemas e das propostas para a resolução desses contratempos.

Para Kuhn, a ciência divide-se em duas áreas: Normal e extraordinária. Na normal, os fatos e dados se acumulam e somam-se, desse modo construindo um pensamento desenvolvido e consistente. Enquanto que a ciência extraordinária  seria aquela em que uma nova ideia chega da forma que as velhas sejam tratadas como ultrapassada , assim  são substituídas  pelas novas.

Kuhn também assume a idéia da importância do papel da teoria nas experiências, ou de que um sentido global de mundo participa sempre do das percepções. Critica, portanto, a possibilidade de uma linguagem neutra na observação, ou o mito de que a experiência dos sentidos é fixa e neutra.

Bacon acreditava na possibilidade de uma experiência despida dessas interferências que distorciam seu verdadeiro sentido, a ser conquistado pela atitude científica. Cautela na observação, suspensão das idéias recebidas da educação e precisão no uso da linguagem. Bem como, o desenvolvimento de experiências criadas especificamente para atender aos fins da interrogação científica. A partir dessas observações a ciência deveria inferir gradualmente os princípios mais gerais da natureza. Sendo assim, o conhecimento científico poderia ser certo e seguro, e por isso ele não admitia hipóteses na Ciência, sobretudo aquelas da metafísica que visavam às razões últimas das coisas, e que ultrapassavam as passíveis de experimentação.

Popper, crítica o  princípio da indução na explicitação do método científico. Pois não possui um fundamento lógico, puramente racional. Nada poderia assegurar a validade lógica do proceder indutivo, pois seria perfeitamente possível, seguindo veementemente o método indutivo atingir conclusões inválidas. Por mais numerosa e exaustiva que a confirmação empírica possa ser, a inferência indutiva, ao pretender justificar um saber universal, não possui legitimidade congruente. O autor aceita, do ponto de vista lógico, isto é, de que a partir da observação da regularidade de determinados eventos, não é possível prever com alto grau de certeza a mesma sucessão de eventos.

Persuasão, portanto, que pode levar a uma nova forma de ver e de pensar o mundo, cuja passagem, entretanto, está mais próxima da conversão religiosa do que do convencimento racional. Isto é, a conversão completa seria uma mudança profunda na "visão" de mundo, havendo boas razões para fazê-la e a possibilidade de "tradução" de parte da linguagem do outro para o novo paradigma, mas o acordo entre os grupos rivais nesse processo de "tradução" não é fundado logicamente, porque o que está em jogo aqui não são leis, passíveis de correção no interior de cada paradigma, mas definições que fundamentam os próprios paradigmas.

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