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O Conceito De Filosofia

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Por:   •  2/9/2014  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  465 Visualizações

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A palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: Filos, que significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como sabedoria ou conhecimento. É a Pitágoras de Salmos (571 a.C. – 496 a.C.) que se atribui a invenção da palavra. Este, quando solicitado por um rei a demonstrar seu saber, disse-lhe que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amigo da sabedoria.

Ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido da Filosofia, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é carência, desejo de algo que não se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também recursos para buscar o que se precisa, e o filósofo não é aquele que possui o saber, mas sim quem busca conhecer continuamente.

Já no período Medieval, a Filosofia tornou-se investigação racional posta a serviço da fé. Isso porque com o advento do cristianismo e sua adoção pelo Império Romano, bem como com o surgimento da Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber em que a razão discursiva justificaria a compreensão dos textos sagrados.

No período Clássico (Renascença e Modernidade), a Filosofia se confundiu com o estudo da sabedoria entendida como um perfeito conhecimento de tudo o que o homem pode saber para conduzir sua vida (moral), para conservar sua saúde (medicina) e criar todas as artes (mecânica). Hoje, no período que chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais estão:

- Uma correspondência do ser na linguagem;

- Análise crítica dos métodos utilizados nas ciências;

- Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização do homem inserido no mundo do trabalho. Vista dessa maneira, a Filosofia não pode ser confundida nem com o mito, nem com a ciência. Isso porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, clareza, rigor, objetividade (como a ciência) percebe-se que os discursos em busca do conhecimento do todo são construídos na história segundo modelos de racionalidade que vão sendo revisados e substituídos com o tempo (o que a aproxima do mito). Ela permanece numa busca constante da sabedoria.

A Filosofia e sua origem Grega

A filosofia grega, que é a própria filosofia em si, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Evidentemente, isso não quer dizer, de modo algum que outros povos, tão antigos quanto os gregos, como os chineses, o hindus, os japoneses, os árabes, os persas, os hebreus, os africanos ou os índios da América, não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem. Não quer dizer que todos esses povos não tivessem desenvolvido o pensar e as formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem. Os chineses desenvolveram um pensamento muito profundo sobre a existência de coisas, seres e ações contrarias ou opostos, que formam a realidade. Deram ás oposições o nome de dois princípios: Yin e Yang. Yin é o principio feminino passivo na Natureza, representado pela escuridão, o frio e a umidade; Yang é o principio masculino ativo na Natureza, representado pela luz, o calor e o seco. Os dois princípios se combinam e formam todas as coisas, por isso, são feitas de contrários ou de oposições. O mundo, portanto, é feito da atividade masculina e da passividade feminina. Já na filosofia grega, por exemplo, o próprio Pitágoras. Ele diz que a Natureza é feita de um sistema de relações ou de proporções matemáticas produzidas a partir da unidade (o numero um e o ponto), da oposição entre os números pares e impares, e da combinação entre as superfícies e os volumes (as figuras geométricas), de tal modo que essas proporções e combinações aparecem para nossos órgãos dos sentidos sob a forma de qualidades contrarias: quente-frio, grande-pequeno, seco-úmido, áspero-liso, claro-escuro, duro-mole, etc. para Pitágoras, o pensamento alcança a realidade em sua estrutura matemática enquanto nossos sentidos ou nossa percepção alcançam o modo como à estrutura matemática da Natureza aparece para nós, Isto é, sob a forma de qualidades opostas.

A filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos que surgiu especificamente com os gregos e que, por razoes históricas e políticas, tornou-se, depois, o modo de pensar e de se exprimir predominante da chamada cultura europeia ocidental, da qual, em decorrência da colonização portuguesa do Brasil, nós também participamos.

Através da filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos de razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. Alias, basta observarmos que palavras como lógica, técnica, ética, política, monarquia, anarquia, democracia, física, zoológico, farmácia, entre muitas outras, são palavras gregas, para percebemos a influencia decisiva e predominante da filosofia grega sobre a formação do pensamento e das instituições das sociedades europeias ocidentais.

O legado da filosofia grega para o ocidente europeu

Por causa da colonização europeia das Américas, nós também fazemos parte – ainda que de modo inferiorizado e colonizado – do Ocidente europeu e assim também somos herdeiros

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