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O Ethos Moderno E A Sua Perspectiva Revolucionária

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Por:   •  5/3/2015  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  714 Visualizações

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CAPÍTULO II - O ETHOS MODERNO E A SUA PERSPECTIVA REVOLUCIONÁRIA

A modernidade trouxe uma mudança radical no paradigma ate então vigente e o cogito cartesiano pode ser tomado como elemento central do paradigma moderno.

Vemos o homem como aquilo que ele faz, sou seja, deve haver uma correspondência cada vez mais eficaz pela ciência, a tecnologia ou a administração, animada pelo interesse, mas também pela vontade de se libertar de todas as opressões.

A razão é, na Modernidade, o símbolo máximo que ordena esta correspondência entre os três elementos: cultura cientifica, sociedade organizada e indivíduos livres. Somente ela é capaz de estabelecer uma correlação entre a ação humana e a ordem do mundo; é a razão que anima a ciência e suas aplicações; é ela quem ordena a adaptação da vida social às necessidades individuais ou coletivas; ela substitui as formas de arbitrariedade e violências pelo Estado de direito e pelo mercado.

Desta maneira é que se vislumbra a idéia de humanidade sob o julgo das leis da razão.

é importante destacar que não é possível vislumbrar os dilemas do mundo atual sem se compreender daquilo que se chama Civilização Ocidental, mundo da razão.

O que se busca hoje é salientar o ethos moderno enquanto constitutivo de um modo de pensar e ser do homem, sociedade e cultura são elemento precípuo para a contextualização e compreensão das diversas atividades humanas inserida numa sociedade dita "pós-moderna".

Dentro dessa perspectiva serão tomadas algumas nuances dos pensamentos de Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzsche e do socialismo - comunismo (Karl Marx), tendo como base uma reinterpretação da máxima Kantiana de que cada ato devesse valer como um principio universal. Tudo isso, tendo como plano de fundo ideologias massificadoras que se pretendem ao seu modo globalizantes. Para início serão observados alguns pontos específicos do pensamento político de Nicolau Maquiavel

3.1.1 DISSOCIAÇÃO ENTRE POLÍTICA E ÉTICA NO FAZER HUMANO E A SUBMISSÃO DO ÉTICO AO POLÍTICO.

Com Maquiavel se tem início da autonomia do Estado perante o individuo. Com um pensamento dito realista de Maquiavel, oi cortado os laços pelos quais nas gerações passadas o Estado estava ligado ao todo orgânico da existência humana.

O mundo político perdeu a ligação não somente com a religião e com a metafísica, porém também com todas as formas restantes de ética e cultural do homem. E permanece por assim dizer só, num espaço vazio.

Tal estado já trazia em si as mais perigosas conseqüências, desde os primórdios de sua existência.

Nicolau Maquiavel começa a sua empreitada da construção de uma nova ciência política onde procura expressar que o modelo de valores cristão ocupa um lugar rebaixado, pois, o mesmo se encontra em oposição a toda virtu política real, na medida em que, no lugar de criar heróis, homens fortes canonizam somente aqueles que são brandos e humildes.

A partir de tal perspectiva pode-se evidenciar o uso instrumental de uma razão que procura se utilizar de elementos tradicionais do ethos em prol de uma "engenharia política" para obtenção e manutenção de um determinado Status Quo.

A religião continua sendo um elemento importante no Estado de Maquiavel, porém não é a base da vida social do homem, mas sim uma poderosa arma para as suas ações políticas e, essa arma deve demonstrar a sua força através da ação.

Mais uma vez, pode-se perceber evidentemente o resultado de tal pensamento em nossa época, onde o Estado tornou-se o ente por essência e excelência possuidor do poder onipotente, onisciente e onipresente. Tudo dentro do Estado. Nada fora do Estado.

Para Maquiavel a política não passa de um jogo e, enquanto um jogo a política e sempre jogada por meio de fraude, da mentira, da traição e felonia. logo, cabe ao Príncipe (político) descobrir o melhor lance, aquele que o leva a ganhar a partida.

O pensador também designa a necessidade de o príncipe ser formado na arte da astúcia e da traição, pois, não se deve deixar enganar que a humanidade sozinha seja capaz de forjar política. Para Maquiavel os melhores politicos constituem um intermédio entre a humanidade e a bestialidade.

Seguindo este raciocínio, ninguém em sã consciência pode dizer que a política não tenha lidado com situações de traições, crimes, etc. não obstante, antes de Nicolau Maquiavel nenhum pensador se dedicou a ensinar a arte desses crimes, mesmo sabendo que esses atos eram cometidos, ninguém os ensinava.

Pode-se dizer, então, que em espírito a modernidade é totalmente diferente de tudo que anteriormente houve.

Desta forma, o imoralismo de Maquiavel é simplesmente lógica do ponto de vista em que ele se colocou, a religião e a moral são apenas fatores sociais. São fatos que é necessário saber utilizar, com os quais é preciso contar. É só. Dentro de um cálculo político, cumpre levar em conta todos os fatores políticos: que peso pode ter um juízo de valor sobre a soma? De nenhum modo modificar o resultado, segundo A. Koyré.

3.1.2 Vontade de poder, coisificação e negação do outro.

3.1.2.1 A transvalorização de todos dos valores

Para Nietzsche, um pensador alemão, os valores existem e são humanos, são históricos e, por isso esta em fluxo permanente. Todo valor não passa de uma produção, uma criação humana. Da mesma forma acontece com os valores morais, onde para Nietzsche não existem fatos, nem fenômenos morais. Os valores, nesse caso, não passam de interpretações que o homem introduz no seu mundo, pela sua existência. No pensamento de Nietzsche, sua intenção é mostrar que a moral é falsa e perniciosa para a vida do animal homem. Dessa forma, procura colocar sob suspeita todo e qualquer pensamento moral. Na genealogia moral, pretende também, desvalorizar todos os valores

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