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O Homem Como Ser De Linguagem

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Por:   •  25/8/2014  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  620 Visualizações

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O homem é o único animal que possui a capacidade de se relacionar com a linguagem. No início da história da humanidade, quando o ser humano ainda estava em etapas anteriores ao que chamamos de homo sapiens, este possuía cognição, porém não a desenvolvia como hoje.

Ao tentar compreender os vários pensamentos e posicionamentos frente à linguagem alguns filósofos, judeu-conversos, foram analisados por terem contribuído bastante ao estudo da linguagem: Juan Huarte de San Juan, Hans Gadamer, Wittgenstein, Michael de la Montaigne, Francisco Sánchez, Ernest Cassirer, Max Horkheimer e Martín Buber.

Ernest Cassirer (1874-1945), antropólogo e historiador da filosofia, extensor da problemática Kantiana através de sua profunda investigação sobre as formas simbólicas, teve um grande reconhecimento em 1945, após a 2ª guerra mundial, considera o homem um ser de natureza puramente simbólica. O que nos permite afirmar que vivemos em um mundo de símbolos, permitindo ao indivíduo exercer uma interação indireta com o meio: homem – linguagem – símbolos, isto é, relação mediada entre um homem e outro homem (que também é símbolo) há a linguagem. Para ele a natureza humana é entendida como funcional, onde sua essência não pode ser detectada empiricamente. Para entendê-la temos que compreender seu trabalho, por meio de sua vida. O mesmo Cassirer aponta a necessidade de que ser humano e ambiente (símbolos, natureza ou outro ser humano) faça parte de um mesmo universo simbólico, pois só assim haverá realmente comunicação. Os sentidos da linguagem deverão sempre fazer parte da consciência da comunidade em uso, ou seja, a língua cotidiana é o instrumento que soluciona problemas gerados por e na linguagem. Para tanto: o sentido deve ser explicado em termos de ser: pois o ser, ou substância é a categoria mais universal que liga e une a verdade e a realidade (Cassirer 2005)

No mundo humano a fala possui importância fundamental, estando o homem sempre fazendo uso da mesma. Porém muito mais eficaz que a fala é a linguagem, pois antes mesmo de dominarmos a faculdade da fala, quando criança, já usamos outros meios de comunicação, expressão como é o caso dos gritos dos bebês.

A Filosofia da Linguagem vem, pois entender como nós, os seres humanos, nos relacionou com a linguagem. Já que somos seres completamente carentes por conhecimento. Segundo Cassirer apud Aristóteles (“2005.p.11) até mesmo quando não vamos fazer nada, preferimos ver tudo o mais”, isto reforça que até mesmo quando não estamos conscientes de que estamos conhecendo, conhecemos. O sentido ao que conhecemos ocorre mediante a experiência de vida, o cotidiano define as nossas próprias concepções, construindo a nossa consciência.

A linguagem cotidiana se opõe a linguagem perfeita a medida que a segunda é factual e pertencente ao contexto de quem a compreende, enquanto que a primeira causa quebra de comunicação, pois não gera conexões de aplicação.

O termo linguagem não se refere necessariamente a fala, essa não é apenas uma, mas conjuntos de símbolos, compreensões destes, cultura e outros. A linguagem é um universo que possui sub-universos, para compreendê-la há que se entender todas suas partes, e para entendê-las há que se entender todo este universo. “Também não podemos pensar em nenhum objeto, fora de possibilidade de sua ligação com outros” (Wittgenstein, 1989 p. 52).

A linguagem é responsável por estimular os processos mentais abstratos que geram o conhecimento. Ela cria e recria a experiência, porque permite que haja um consenso entre os que a usam, desta maneira a consciência se desenvolve a medida que dar sentido a tudo que faz parte da experiência, contrariamente aos significados que são estáveis e de julgamento, conceitos fixos e lógicos: sentidos versus significados. O que seria dizer que sentidos são usos que os falantes fazem em uma comunidade, enquanto que significados são as convenções que aparecem nos dicionários.

Em sala de aula o termo ‘sentidos’ se fundi com significados. Ensinar e exemplificar se contrapõe a educar e criar, onde o primeiro grupo de ações impede o processo criativo do ser humano. O indivíduo não se percebe enquanto solucionador de problemas, ser criativo, capaz de compreender símbolos, se não através de modelos (significados), tal ato impede o desenvolvimento da criatividade inata nos seres humanos. A experiência da linguagem (sentidos) gera especulação, que aumenta e permite o potencial criador que o homem tem no qual ele próprio da sentido a linguagem.

A natureza do homem poderá ser entendida como funcional. Esta essência não pode ser detectada empiricamente. Segundo Cassirer (2005 p. 115) para entendê-lo temos que compreender seu trabalho, por meio de sua linguagem, mito, religião, arte, ciência e história.

As ferramentas da linguagem, o homem desenvolve só. Juan Huarte

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