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O problema do mal em Isaías

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Por:   •  11/6/2014  •  Seminário  •  1.151 Palavras (5 Páginas)  •  288 Visualizações

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O problema do mal em Isaías

Isaías 45:7

"Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas". (Is 45.7)

“Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o SENHOR o tenha feito”? (Am 3:6)

“Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem”? (Lam 3:38)

“Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. (Jó 2:10)

“Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal”. (Sl 5:4)

O texto supracitado faz parte de uma profecia dada por Deus à Isaías, na verdade é um revelação de fatos que ainda iriam acontecer. Isaías viveu entre 740 a 618 aC e o reinado de Ciro só foi acontecer em 559-530 aC, 150 anos depois. O contexto está no capítulo 45:1-7 e trata-se de uma mensagem profética em relação ao Persa que seria Rei, chamado Ciro e que destruiria o Império Babilônico. Deus foi quem garantiu a vitória de Ciro, decretada neste texto.

Antes de ir direto na questão, gostaria que atentássemos para as normas de interpretação. O contexto desta passagem que começa no capítulo 44:24 e se estende até 45:25, cujo enfoque está na libertação de Israel por Ciro. O trecho pode ser dividido em duas sessões, sendo a primeira encerrando em 45:8 enfocando Ciro como instrumento divino.

O profeta inicialmente aponta para a ação do Senhor através de seu agente, que é Ciro, uma personagem identificada plenamente alguns séculos antes do seu nascimento. Aponta-o como instrumento de redenção divina para Israel e de disciplina para com aqueles que se levantarem contra Israel (cf. 44:28-45:3). O Senhor vai “descingir os lombos dos reis”, ou seja, desarmá-los diante do “ungido” e assim receber os tesouros desta conquista. Contudo o Senhor assim o faz por causa de Israel levando o próprio Ciro a reconhecer o poder de Deus.

PROBLEMATICA: De acordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria o mal (cf. também Jr 18.11 e Lm 3.38; Am 3.6). Mas muitos outros textos das Escrituras nos informam que Deus não é mau, que ele não pode nem mesmo ver o mal (Hc 1.13), nem pode ser tentado pelo mal (Tg 1.13). Como podemos então responder a essa problemática? Qual a resposta ao texto de Isaias 45:7?

RESOLUÇÃO DA PROBLEMATICA: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (cf. Dt32.4; Mt 5:48), e que lhe é impossível pecar (Hb 6.18). Ao mesmo tempo, sua absoluta justiça exige que ele puna o pecado. Este juízo assume ambas as formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20.11-15).

Na Sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de "mal", porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela (cf. Hb12.11). Entretanto, a palavra hebraica correspondente a mal (rá) empregada no texto nem sempre tem o sentido moral. De fato, contexto mostra que ela deveria ser traduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas versões o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido, mas não no sentido moral - pelo menos não da forma direta.

Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu sentido moral. Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a origem do mal de ordem moral no universo. Assim, em última instância

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