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Os Atos e Desigualdade

Por:   •  21/11/2017  •  Resenha  •  325 Palavras (2 Páginas)  •  269 Visualizações

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Wesllen Araujo Silva 16/0088151

Afeto e desigualdade

Apesar de relações desiguais que sem dúvida, caracterizam o relacionamento entre patroa e empregada, é a ambiguidade afetiva da relação, a troca afetiva entre aquelas que podem pagar pela a ajuda doméstica e as que prestam seus serviços, desde o cuidado com a limpeza da casa ate o cuidado com as crianças, na maioria das vezes por mulheres pobres, fora da parentela dos empregadores. Assim como nas formas de remuneração e de relacionamento que se desenvolvem entre patrões e empregadas domésticas, reproduz um sistema estratificado de gênero, classe e cor.

Entretanto nas negociações de pagamentos extra salariais, na troca de serviços não vinculado ao contrato, na troca de carinho com a criança é impossível deixar de reconhecer a existência de uma carga forte de afetividade. Não deixando de existir aquela velha relação hierárquica, com clara demarcação entre chefe e subalterno. Tratando-se de um processo amplo de reprodução da desigualdade. A antropóloga Shellee Colen define isso como trabalho reprodutivo, como um trabalho físico, mental e emocional, necessário para a geração, criação e socialização de crianças, assim como a manutenção de casas e pessoas. A reprodução estratificada, em função particularmente da mercantilização crescente do trabalho reprodutivo, reproduz ela mesma a estratificação ao refletir, reforçar e intensificar as desigualdades nas quais se fundamenta, define Colen.

A intensidade de contato entre crianças e suas empregadas, em muitas situações criam um vinculo que extrapola a situação profissional, sendo que e muitas das vezes, mesmo após não prestar mais serviços continuam acompanhando a vida das crianças, com telefonemas eventuais, fotos, ou relembrando datas comemorativas como de aniversário, mesmo assim contém uma ligação muito forte e nessa mudança ocorre uma grande perda afetiva, provocando às vezes ate alguma doença tanto a empregada como na criança, pois quebra o vinculo existente, devido a muita troca de conhecimentos, ensinamentos (desde ensinar como fazer comida, diferenciar as coisas no habitual do dia a dia, entre outras) da empregada com a criança.

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