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Os Sofistas

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Por:   •  21/5/2014  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  232 Visualizações

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Os Sofistas

O início da ciência lógica encontra-se na antiga Grécia, onde as polêmicas

geradas pela teoria de Parmênides e os famosos argumentos de Zenão, que negavam a

realidade do movimento fazendo uso indevido do princípio da não-contradição,

contribuíram para a distinção dos conceitos matemáticos da época.

Neste período, havia a necessidade de argumentações claras, mediante

demonstrações rigorosas, (...). Mais tarde, encontramos as sutilezas dos sofistas, que

reduziam todo saber a arte de convencer com as palavras, levando Sócrates a defender o

valor dos conceitos e tentar defini-los com precisão.

O mais remoto precursor da lógica formal é Parmênides de Eléia, que formulou

pela primeira vez o princípio de identidade e de não contradição. Seu discípulo Zenão

foi o fundador da dialética, segundo Aristóteles, por ter empregado a argumentação

erística (arte da disputa ou da discussão) para refutar quem contestasse as teses

referentes à unidade e à imobilidade do ser.

Os sofistas, mestres da arte de debater contra ou a favor de qualquer opinião

com argumentos que envolviam falácias e sofismas, também contribuíram para a evolução da lógica, pois foram os primeiros a analisar a estrutura e as formas da

linguagem. Foi sobretudo em vista do emprego vicioso do raciocínio pelos sofistas que

o antecederam que Aristóteles foi levado a sistematizar a lógica.

Sócrates definiu o universal, ou essência das coisas, como o objeto do

conhecimento científico e, com isso, preparou a doutrina platônica das idéias. Ao

empregar o diálogo como método de procura e descobrimento das essências, antecipou

a dialética platônica, bem como a divisão dos universais em gêneros e espécies (e das

espécies em subespécies), o que permitiu situar ou incluir cada objeto ou essência no

lugar lógico correspondente.

Platão: O Grande Mestre

O filósofo Platão viveu em Atenas, na Grécia, nos séculos V-IV a.C. Seu

grande feito deve-se ao fato de ter dado um significado definido aos termos "filosofia" e

"razão", marcando decisivamente o destino do saber e da civilização ocidentais.

No período em que Platão viveu, a civilização clássica grega atingiu o auge,

inventando, “em todos os domínios, tipos de organização, formas culturais, conceitos

que constituem ainda hoje, para nós, o essencial do que chamamos civilização”

(CHÂTELET, s/d). Mas o tempo de Platão é já também o tempo da crise, da

decadência, no qual a democracia, o regime político orgulho dos atenienses, tinha

degenerado em demagogia, corrupção e violência.

Como a maior parte dos jovens ricos da altura, Platão aspirava participar na

vida política, no entanto os acontecimentos desiludiram-no e resolveu virar-se, sob a

influência de Sócrates,para a filosofia. No entanto, a motivação política permanecerá

uma constante nas suas reflexões: uma das suas últimas obras, as Leis, por sinal

inacabada, trata ainda da definição de uma cidade justa.

Para Platão, tudo neste mundo está em movimento, em transformação, sujeito

ao nascimento, à morte e à decadência. Tais pensamentos deixam claro que, segundo

Platão, nada é completo, nada é perfeito. Sobre as realidades imperfeitas e em

transformação não se pode ter um conhecimento perfeito, objetivo, apenas se podem ter

opiniões, variáveis de indivíduo para indivíduo, de lugar para lugar e de época para

época.

Se esta realidade é a única, nunca será possível um acordo entre os seres

humanos acerca daquilo que a todos interessa, como o bem comum, o governo, a

justiça, o destino da humanidade. Segundo os escritos de Platão, os homens estão

destinados a viver em constante luta, pois a violência constituirá a única forma de

alguém impor as suas opiniões aos outros, ficando sempre sujeito a que outrem mais

violento o ultrapasse (CHÂTELET, s/d).

Um consenso entre os seres humanos será alcançado se antes nos

conscientizarmos de que este só será possível com base numa realidade estável, em algo

que possua um caráter permanente, e não em algo que está constantemente a

desvanecer-se. Para Platão somente o campo das matemática fornece um possível

consenso, por apresentar justamente um caráter permanente, universal e necessário.

O legado deixado por Platão tem sido objeto das mais variadas avaliações e

interpretações, e por isso mesmo merece da parte de cada um de nós uma análise

cuidadosa. Um dos fatos essenciais, é que não existe propriamente uma doutrina

platónica definida em todos os seus pormenores. Aquilo que os livros escritos por

Platão, os diálogos, retratam, é antes uma procura constante da verdade, com avanços,

mas também

...

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