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POLÍTICA E SUAS VARIADAS FACETAS

Por:   •  25/4/2015  •  Resenha  •  1.526 Palavras (7 Páginas)  •  409 Visualizações

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FACULDADE TEOLOGICA DO PARANÁ

RESUMO DA UNIDADE 4: APOSTILA DE ESTUDOS EM FILOSOFIA I

POLÍTICA E SUAS VARIADAS FACETAS

LUIS MELLO

ALUNO

CURITIBA

2014


  1. INTRODUÇÃO

        A discussão apresentada nesta unidade refere-se ao conceito de justiça e suas implicações nos espaços aonde ela aparece, e de que forma a política está ligada a nossa cultura e sociedade, sendo considerada fundamento nas sociedades ocidentais.

Ainda que seja recorrente associar a política a questões do governo de uma nação, essa é apenas um de suas várias facetas, tal pensamento tem sua origem no chamado período moderno em que vivemos, contudo é importante frisar que a política perpassa outros níveis de relacionamento, é importante quando falamos de política considerarmos que o termo vai muito além do que coisas como governo de cidades, estados e países.

Nicola Abbagnano (2007) demostra que o termo está relacionado a diferentes formas como doutrina daquilo que é válido no âmbito jurídico e moral, na teoria da formação e finalidade do estado, como ciência de governar e como disciplina que estuda comportamentos sociais, isto posto, para discernir estas diferenças será preciso analisar brevemente a percepção do termo e suas implicações na Antiguidade clássica, na Idade Média e na época moderna

  1. RESUMO

  1. -  Política Antiga

A perspectiva até aqui esposada no ambiente da política se mostrou profícua na Grécia Clássica, sendo descrita pelos pensadores como Platão e Aristóteles, de forma singular.

Aristóteles dedicou parte de sua obra relacionando a política entre duas funções a ideal e a real apontando assim para o estado possível, ou seja para Aristóteles o bom político é aquele que tem a capacidade de discernir a melhor forma de governo tanto no aspecto absoluto e no sentido de governo que contempla uma sociedade real, por exemplo em sua obra política defendeu que a política não é uma criação humana mas a compreendeu como resultado da natureza compreensão está também defendida por Platão com algumas nuances inclusive pelos pensadores medievais,  Aristóteles defendeu a idéia que o ser humano era  essencialmente um animal político, argumentou que a natureza deste está ligada com sua capacidade verbal e de julgamento pontos inexistentes em outras espécies animais.

Para o pensador a política não está centrada apenas na perspectiva administrativa da polis, mas contempla o aspecto familiar para ele o objetivo central da política é o bem comum.

Por outro lado Platão, tomou uma outra direção em relação a política apontando para o pensar de um estado ideal em detrimento da elaboração de considerações sobre os estados reais, pensamento esse bem claro em sua obra A República, contudo concorda com Aristóteles no sentido de defesa de que a origem do estado é o objeto da política sendo neste sentido decorrente da natureza.

Aristóteles considerou multiplicidade de formas de governo a partir da quantidade da população considerando a virtude ou não dessa administração na polis.

Considerou também como os diferentes modelos de governo teriam sucesso  na política  considerando a  quantidade de habitantes no território governado (Platão, 2003).

  1. – Política Medieval

A visão de Platão e Aristóteles foram importantes para os filósofos medievais, contudo não podemos dizer que esses pensadores que herdaram a cultura grega não tenham contribuído com suas originalidades, considerando que os filósofos da idade média esforçaram-se para amoldar esse pensamento grego ao pensamento cristão.

Agostinho é figura relevante nesse sentido, embora defensor do pensamento platonista, a realidade de Agostinho apresentava um contexto político e cultural que destoava do contexto de Platão, pois na perspectiva deste apresentavam-se as polis gregas, cidades estado independentes, que em seu entendimento deveriam ser geridas por filósofos, em contra partida agostinho vivia uma realidade deferente, onde o Império Romano  era controlado por um imperador, e de outro lado o papa que governava uma Igreja considerada universal, duas forças distintas constantemente em conflito, além disso Agostinho convivia com a perspectiva de esfacelamento do Império devido as invasões barbaras, outra questão relevante no universo agostiniano diz respeito ao cristianismo que a pouco estabelecido como religião oficial sofria com acusações, por aquilo que entendiam como o abandono dos cultos pagãos, é nesse ambiente conflitante que Agostinho escreve sua grande obra A Cidade de Deus, uma clara defesa do cristianismo ante as críticas que enfrentava, a obra concebe a idéia de dois reinos, o primeiro é a cidade terrena, imperfeita e transitória a segunda,  aparece a cidade perfeita, a cidade de Deus, divina eterna e imortal, sobrepujando todas as instituições humanas ela se apresenta como o reino dos céus.

Para Agostinho o Reino de Deus já estava estabelecido e com o governo por parte da Igreja católica, isto posto, para Agostinho a cidade terrena estava condenada a desaparecer em detrimento do crescimento da Cidade de Deus, embora coexistem para a Cidade de Deus ser instrumento da ação divina sobre a humanidade; Tal pensamento comum na idade média, explica a interferência por parte da cúpula eclesiástica em temas políticos e seculares, fator desencadeador de inúmeros conflitos entre os governantes e clérigos, fomentando discórdias e excomunhões de governantes e deposição de líderes eclesiásticos.

2.3 – Política Moderna

Nicolau Maquiavel foi um dos principais pensadores a construir uma nova percepção relativa a política, ultrapassando conceitos defendidos pelos valores medievais e gregos, é este pensador que é considerado por muitos estudiosos como o precursor de uma nova visão política moderna, ele acompanhou diversas batalhas ocorridas no território italiano ao longo dos séculos XV e XVI, viu o controle de suas cidades passando  por diferentes governantes, externos e internos, o avanço de Maquiavel se dá no curto período republicano da Florença da época, que desenvolveu um governo oligárquico, logo após ser libertada do governo da família Médici, o novo governo ali instalado tinha por característica o chamado grande conselho, além deste conselho a direção da cidade repousava sobre um grupo de dez pessoas, esse grupo de dez pessoas tinha a sua volta algumas instituições entre elas a Chancelaria.

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