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POR QUE TENHO MEDO DE LHE DIZER QUEM SOU?

Por:   •  24/7/2022  •  Relatório de pesquisa  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  84 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE PEDAGOGIA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ

 DOCENTE: CEZAR LUIS SEIBT

DISCENTE: LARISSA OLIVEIRA FONSECA

John Powell- POR QUE TENHO MEDO DE LHE DIZER QUEM SOU?

A obra “Por que tenho medo de lhe dizer quem sou? ”, nos mostra uma percepção a respeito do autoconhecimento, do desenvolvimento pessoal e da comunicação entre pessoas. Nesse contexto Powell, destaca que o processo do desenvolvimento humano se dar, com a necessidade de alto se conhecer para que possa construir boas relações com os outros, esperando que a medida em que o indivíduo for capaz de evidenciar-se, o outro também terá maiores chances em fazer o mesmo. Torna-se necessário se descontruir os famosos paradigmas que são impostos sobre nós, aos quais devemos seguir para sermos aceitos em todos os meios sociais.

É difícil demais em um “mundo de aparências”, onde cada um usa uma máscara mais bonita que a outra, aceitar tirar a nossa também. Somos escravos dela, é como se a nossa felicidade dependesse do resultado que essa máscara traz para nossa vida, em sentido de autopreservação e medo de rejeição às quais todos estamos sujeitos. Fugir disso é “aceitar nossa identidade”. Se por um lado aceitar nossa identidade é nos libertar, por outro é dá a cara a possibilidade de julgamento e isso torna os indivíduos covardes, cheio de insegurança. A máscaras e papéis da consciência são fugas de autopreservação da mesma, ademais, torna as relações ilusórias na medida em que fragmenta a comunicação de si para o outro que, também, deseja comunicar a si mesmo.

No capítulo do livro, “Compreendendo a condição humana, encontra-se a comunicação como ponto de partida, citar a propósito a importância da comunicação com o outro, superando a que se disfarça atrás de máscaras e sendo aquilo que se é verdadeiramente, “o que penso, julgo, sinto, valorizo, honro, estimo, amo, detesto, temo, desejo, espero, acredito e me comprometo com" (p. 10). Desse modo, ao revelar a pessoa “real”, despida de suas máscaras, deparar-se na comunicação dessa carga de forças que forma e constitui uma pessoa em sua totalidade, as coisas que definem a pessoa em seu processo de mudança permanente, dia após dia. A comunicação de si atrela-se intensamente com a condição humana em reconhecer o medo da rejeição e de não ser aceito pelo pouco que se é, pois, “se eu lhe disser quem sou, você pode não gostar, e isso é tudo que tenho" (p. 11).

Para John Powell, somos carregados de dores e “cicatrizes humanas, que bloqueiam o caminho para o verdadeiro amor'' e “são as mesmas cicatrizes, as mesmas dores e medos que bloqueiam o caminho para a verdadeira comunicação, sobre a qual o amor é construído” (p. 14).  Logo, ser libertado dessa falsa identidade, que já está enraizada em nós, é uma enorme problemática, visto que, já nem sabemos quem somos. Retirar nossas máscaras, nos tornaria “bebezinhos”, seria preciso nos redescobrir, reinventar, porque já dissemos para nós tantas vezes que somos aquilo que não somos.

Somos a todo tempo programados dentro de nós, de acordo com as novas situações que irão surgindo de estados de ego, o que vai traçando nossa construção. A cada momento é uma luta constante por dominação externa para o meu “eu”, ou seja, em cada ação, dependendo da situação, um personagem, irá se manifestar de acordo com as experiências já vividas. De acordo com Powell, nós devemos assumir a responsabilidade de interferir nessa “programação” para que possamos nos libertar dessas mascaras, desde a primeira infância e, deste modo, tornar-se um sujeito mais autônomo e livre.

Ao longo do tempo venho percebendo o quanto que tenho dedicado minha energia, meu tempo, em busca de me tornar alguém que agrade todo mundo, bem visto pela sociedade, em decorrência disso, meu conflito interno só aumenta. Já não sei mais quem sou, se realmente gosto “daquilo”, ou se aprendi que devo gostar e entre tantos personagens criados por mim, talvez, sei lá, não tenha restado mais nada de mim. Nesse sentido o autor ressalta a importância do crescimento como pessoa, que cada um de nós deve crescer na sua própria direção, e não se tornar como uma outra pessoa.

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