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Para Uma Filosofia Juridica Da Libertação

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Por:   •  25/10/2013  •  2.899 Palavras (12 Páginas)  •  485 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

Com o passar do tempo a evolução e o desenvolvimento do ser humano vão além de uma capacidade física ou instintiva. Ele aprende e toma iniciativas representando em seus atos os traços do conhecimento adquirido de certa forma no passado. Cada período histórico trará como consequência a assimilação das gerações passadas fazendo com que, dia após dia o conhecimento adquirido pelo homem seja, temporal e predeterminado em valores pressupostos em seu viver e em seu tempo.

A ciência traz o que foi realizado pelo Homo Sapiens em sua origem até hoje, valorizando seu conhecer e formando novas técnicas que permitiram o florescer da arte cientifica que temos nos dias atuais, ou seja, em um sistema metódico e sistemático é valido dizer que pressupostos axiológicos, empíricos, tentativas ocasionais de pesquisa trouxeram o conhecimento até os níveis de hoje em dia. Uma forma volátil que exterioriza níveis de saber por todos os ângulos e para todos os credos a fim decifrar enigmas e de fato solucionar nossos maiores temores e perguntas que se inflamam dia após dia.

A evolução do conhecimento então passa por uma revolução cientifica e histórica elevando seu caráter a um cientificismo e rompendo os rudimentares traços com métodos de alguns grandes nomes como René Descartes, Galileu Galilei, Francis Bacon, Copérnico. A simples discussão em torno de “Cogito ergo sun” ou “Sun ergo Cogito” traz ao mundo uma forma nova de ver a Ciência como ela pode ser, para que ela pode ser e a quem ela serve. Os métodos rigorosos como o experimental por Francis Bacon a partir do século XVI é uma adaptação das grandes invenções que permearam a humanidade desde a criação de um novo mundo considerado por Platão, aos conhecimentos egípcios, gregos, aristotélicos. Sendo assim, ao longo período do passar dos anos o homem moldou sua história e seu conhecer aperfeiçoando suas fontes, cristalizando sua ciência, deixando um legado a ser estendido cada vez mais: o conhecimento.

Entendemos que não há como iniciar estudos que tem referencia os paradigmas filosóficos sem antes entendermos os tipos de conhecimento e as suas formas.

Possuir um gosto e visão filosófica é caminhar por uma posição filosófica, ou seja, assumir a sua posição no tabuleiro. Dessa forma, desde o inicio da Filosofia, na antiga Grécia, perpetuando nos dias de hoje, quatro perspectivas de compreensão da realidade foram desenvolvidas: a Cosmologia, Teocêntrica, Antropocêntrica e Biocêntrica.

A fim de assimilar cada perspectiva citada, é mister compreender aquilo que permite entende-las de maneira conceitual. De maneira grosseira e rápida, a perspectiva Cosmológica enxerga como reflexão fundamental o Cosmos, a natureza das coisas e o que faz as coisas serem assim da maneira como são, com elas se apresentam. A Teocêntrica mostra fundamento tendo a disputa do que é valorativo entre a razão e a fé, sendo a filosofia filha da teologia, que respeita sua genitora na ideia de Deus Onipresente que criou a todas as coisas, trazendo suas forças especiais à realidade em que se vive. Esses preceitos da Filosofia antiga têm como representantes Platão e Sócrates. A Filosofia moderna com Rene Descartes nos traz a perspectiva Antropológica onde o homem é o centro das coisas existentes e trabalha com a subjetividade do consciente, negando o discurso do ser natural ou em divindades externas porem trazer a mudança, a moderna vida do homem e as condutas deste. Por outro lado, a Perspectiva Biocêntrica demonstra a compreensão cientifica para todos os sistemas vivos, sejam eles organismos, sistemas sociais ou ecossistemas como um todo que integra-se naturalmente ,procurando explicar todas as coisas a partir do meio ambiente.

2- O Conhecimento Teológico

“A descoberta é feita com suor e lágrimas por pessoas que estão constantemente

chegando à resposta errada.”

─ Jacob Bronowski

Muito difícil é descrever a historia da Humanidade separando ou não estudando para um melhor entendimento dos passos até o atual momento a religião, a religiosidade e os valores eclesiásticos. A fé, intangível e heterogênea, variando de pontos de vista é uma matéria que somatiza as duvidas do mundo e as responde conforme seus propósitos de aceitação. Antigamente os príncipes e os reis tinham um poder indescritível perante seus súditos, pois ele mesmo era o representante de Deus na Terra. Como quem representa o Superior seus atos e decretos devem ser acatados como superiores. A aceitação vem do fato pressuposto que como é o enviado de Deus, deve ele conhecê-lo e em sua intimidade manter contatos com o Divino. Daí lembramo-nos das normas aplicadas em uma tábua chamada “Os Dez Mandamentos”, onde Moisés, o escolhido por Deus entre seu povo hebreu que sofria as barbáries da escravidão, para primeiro libertá-los e segundo disseminar suas mais importantes leis. Estamos entrando em um assunto agora que envolve algo também intangível, abstrato e inexplicável: o sobrenatural. Por algo em que não somos capazes de redigir ou em pensamento imaginar chamamos de oculto, um mistério, que por si só provoca curiosidade. Neste caso em que Moisés desce do monte Sinai com as tabuas das Leis Divinas ele torna-se revelador, pois manifestou aquilo que para os outros era oculto, as palavras do próprio Deus. O que faz a aceitação do outro ao revelador é o fato de não obter provas ou não querer ser o primeiro a refutar o sobrenatural, pois se é vindo de cima que poder tem o outro. Assim se fez com o Conselho de Nicéia, onde por Constantino e a parcela eclesiástica ficou estipulado a divindade dos dogmas e a sua aceitação era algo a se presumir pela fé e não ser por intelecto questionada. Seja pelo imperador ou pela igreja estes dogmas não deveriam ser questionados. Podemos assim dizer que a fé teológica está sempre em ligação a uma pessoa que é a testemunha de Deus e que traduz este para outras pessoas.

O Conhecimento teológico passou por uma serie de atenuantes históricas para chegar até o nível em que se encontra hoje em dia. Os considerados livros sagrados, como a Bíblia, trazem por si fatos relevantes na história da humanidade e também características de povos e épocas que por nenhum outro meio conseguiríamos chegar. Podemos encontrar um conhecimento teórico e prático, histórico e dialético.

3 - Conhecimento Empírico

Podemos chamar esta forma de

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