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Pragmatismo Na Educação

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Por:   •  14/11/2013  •  1.275 Palavras (6 Páginas)  •  501 Visualizações

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PRAGMATISMO NA EDUCAÇÃO:

Nas palavras de William James e Francis Schaeffer, o Pragmatismo aborda o conceito de que o sentido de tudo está na utilidade - ou efeito prático - que qualquer ato, objeto ou proposição possa ser capaz de gerar. Uma pessoa pragmática vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas. Nesse caso, toma-se a Verdade pelo o que é útil naquele momento exato, sem consequências.

O pragmatismo teve em Charles Sanders Peirce (1839-1914) e William James (1842-1910) seus fundadores históricos, Mas viu em John Dewey (1859-1952) seu principal representante na primeira metade do século XX, enquanto Richard Rorty e Hilary Putnam foram seus herdeiros mais destacados nos últimos anos.

John Dewey (1859-1952): Educador, reformista social e filósofo do pragmatismo americano, nasceu em Burlington, Vermont, e teve uma carreira acadêmica relativamente apagada, até que, em 1881, ingressou em Johns Hopkins, a primeira universidade de estudos de pós-graduação da América. Foi nessa época influenciado por Hegel, e seus textos nunca perderam o entusiasmo pelo que é dinâmico, vital e progressivo. A obra de Dewey assumiu uma tendência mais prática quando, em 1894, se tornou diretor do departamento de filosofia, psicologia e educação de Chicago. Ali permaneceu por dez anos, até se transferir para Colúmbia, onde o Journal of Philosophy se transformou em grande parte numa revista local para as discussões de Dewey e sobre Dewey. Sua obra como psicólogo e pensador da educação gerou uma reação contra as práticas educativas do seu tempo, excessivamente rígidas e formais. Dewey percebeu que a criança é uma criatura ativa, exploradora e inquisitiva, e por isso a tarefa da educação consiste em alimentar a experiência introduzida pelo conhecimento e pelas aptidões naturais. A enorme influência de Dewey devia-se mais à sua capacidade para elucidar o caráter progressivo dos Estados Unidos de seu tempo (nos níveis pragmático, científico e democrático), do que a uma argumentação filosófica técnica e precisa. No entanto, seu desenvolvimento do pragmatismo de James e Peirce ainda hoje é influente.

Segundo a perspectiva pragmatista, o conhecimento não é um acesso ao real, mas a capacidade de fazer coisas, de tomar parte em práticas sociais que tornam possível vidas humanas mais ricas e plenas. Não haveria uma atração magnética da mente humana pelo verdadeiramente real, nem pela capacidade de penetrar sob o véu da aparência. O que nos cabe, antes, é entender a relação do presente e do passado, não do humano e do não humano. É difícil ver a história da filosofia e da educação como muitos filósofos e educadores gostariam: como o exame permanente dos mesmos dados e problemas que incomodaram o ser humano desde os gregos, na expectativa de num modo definitivo de entender as coisas. O propósito da filosofia não é entender algo de uma vez por todas, como ele é. Mas melhorar as nossas respostas ao mundo, nos tornar mais livres, flexíveis e felizes. Achamos que conhecemos algo quando sabemos dar um parecer sobre ele, reduzi-lo a um enunciado conceitual. Mas não conhecemos suficientemente alguma coisa quando nos tornamos confiantes o bastante para saber falar dela.

A gente só compreende, só atinge um efetivo conhecimento, sugere o filósofo francês Henri Bergson, sobre aquilo que pode de algum modo refazer ou recriar, como quem percorre o mesmo movimento no momento de sua criação. Simplesmente descrever, registrar sua trajetória e história, tão somente analisar não nos dá acesso a uma essência, não nos ajuda a decifrar com intimidade uma coisa, uma pessoa ou uma realidade. O conhecimento que se instala naquilo que se move “e adota a vida mesma das coisas” é o que, para Bergson, efetivamente atingiria um “absoluto”, um essencial, que não é a essência da coisa em si, mas uma representação tão adequada quanto outra representação. Ele desconfia que a “coincidência com a própria pessoa” é que talvez possa nos dar “o absoluto” que ela é: a “essência” de algo seria o que encontramos após retirar as camadas de congelamento artificial; é a continuidade de um escoamento, que não é comparável a nada do que se havia visto escoar.

Nem Arendt nem Habermas ou Bergson são “pragmatistas”. Mas fazem descrições imaginativas que facilitam o entendimento do pragmatismo, ao menos o que é discutido por Rorty. Ajuda, a meu ver, a deixar mais clara a contribuição pragmatista à educação, por exemplo. Essa contribuição seria mostrar que o propósito de ensinar pode não ser tanto o de apegar-se a um objeto do conhecimento, a uma

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