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Problema epistemológico

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Por:   •  23/4/2014  •  Artigo  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  284 Visualizações

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O problema gnosiológico

A teoria do conhecimento ou problema gnosiológico visa saber a relação entre o sujeito que conhece e o objeto do conhecimento. Trata-se de um dos problemas de suma importância da Filosofia, senão o mais estratégico para compreender a diversidade de opiniões e posicionamentos no Direito Público.

Existem três grandes escolas gnosiológicas, as quais buscam analisar a relação entre o sujeito e o objeto, quais sejam: a racionalista, representada por Platão e Kant, a empirista, inspirada no livro O nome da Rosa de Humberto Eco e inspiradora do conhecimento científico, e, por fim, a realista, que surgiu com Aristóteles.

O Realismo é objeto de estudo de poucos autores, apesar de ser considerado como escola sintética que reúne o racionalismo e o empirismo em uma única doutrina. É notado por sua longevidade que remonta à Filosofia Grega de Aristóteles. Trata-se o Realismo uma teoria visada e alvo de uma única crítica: a de ser a teoria menos criticada, a mais racional de todas, ou seja, a menos radical, pois é equilibrada sendo importante averiguar seus postulados.

2. A escola Realista

O Realismo é uma das teorias para explicar a origem do conhecimento[1], sendo que busca analisar a relação sujeito e objeto para explicitar a raiz do saber humano. A teoria realista é uma interseção entre a teoria racionalista, cujo foco é o sujeito, e a teoria empirista, a qual evidencia o objeto. Logo, o Realismo é uma teoria mista, que contempla a importância do sujeito e do objeto simultaneamente.

De acordo com a teoria Realista o ato do conhecimento é extremamente complexo, pois germina de impressões que a realidade produz no sujeito. O ato de conhecer passa por duas fases: na primeira, o homem, por meio dos sentidos, capta sensações, que são levadas à inteligência; na segunda, o sujeito trabalha os dados experimentados, sendo capaz de chegar a uma informação aprofundada do objeto.

A origem do conhecimento, na verdade, trata-se de uma relação recíproca, que parte do objeto para sujeito e, por sua vez, do sujeito para objeto, onde a informação sentida se transforma em conhecimento aprofundado.

Dessa forma, o conhecimento profundo não é perceptível da maneira que é mostrado ao sujeito, mas sim após a transformação no intelecto. Portanto a elaboração do conhecimento percebido pelo sujeito o torna capaz de transcender as sensações passadas pelo objeto aos seus sentidos e chegar à própria essência.

Isto significa que o sujeito é capaz de penetrar abaixo da carapaça da realidade que envolve o objeto, nesse movimento de fluxo e refluxo em que o objeto atua sobre o sujeito e o sujeito atua sobre o objeto.

O conhecimento é uma tarefa complexa da inteligência humana, que penetra no metafísico, pois os sinais do objeto captados pelos sentidos são enviados ao sujeito, que decodifica e adentra abaixo da camada sensorial do objeto, ou seja, a realidade profunda do ser. Essa realidade profunda do ser é a essência que ultrapassa o físico, daí ser o metafísico, criado por Aristóteles.

Conforme o Realismo os cinco sentidos do ser humano captam os sinais da realidade que serão processados pela inteligência humana. Nessa teoria pressupõe-se a inteligência humana, que ao processar os dados coletados da experiência sensorial torna-se capaz de fazer uma representação mental da realidade, a que se chama de ideia.

Nesse sentido, o Realismo convive com duas concepções: o empirismo e o racionalismo. Isto pode ser percebido na máxima “Nada existe no intelecto que antes nos sentidos não tenha estado.” (Nihil est in intellectu quod non fuerit prius in sensu), que pela análise se constatar a coexistência de dois focos, quais sejam o objeto com suas pistas e o sujeito com seu intelecto.

Segundo o Prof. Cezar Saldanha ao capturar sensações da realidade a mente humana apreende aquilo que está atrás das sensações, daquilo que é o coração do ser, da essência do ser. E essa essência do ser foi descoberta por Aristóteles: o ser enquanto ser (ontos).

Ainda, o ontos não físico é metafísico, entretanto, ontos

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