RELAÇÃO DOCUMENTÁRIO PRIVACIDADE HACKEADA E LIVRO PSICOPOLÍTICA

RELAÇÃO ENTRE O FILME ‘PRIVACIDADE HACKEADA’ E O LIVRO ‘PSICOPOLÍTICA’

O filme ‘Privacidade Hackeada’ é uma crítica à Era tecnológica de informações, onde cada vez mais nossa privacidade, dados e informações pessoais estão expostas em redes sociais, mesmo que essa exposição seja por nossa própria vontade ou consentimento.

O livro ‘Psicopolítica’ de Byung Chul Han fala sobre o Poder Inteligente que deseja dominar sem grandes esforços, usando da liberdade, sendo flexível, sedutor e positivista para atrair indivíduos e assim resultando na sua dependência.

Ambos relatam a realidade da sociedade em que vivemos no século XXI, onde a tecnologia dominou literalmente o mundo. Hoje, a grande massa mundial é adepta à utilização de redes sociais, seja para comunicação com familiares, para compartilhar a vida pessoal e até mesmo para comercializar algo ou produtos. O fato é que, através da rede social todas as nossas informações pessoais estão expostas e mesmo sem o nosso consentimento, essas informações são utilizadas estrategicamente para promover, incentivar e até mesmo nos convencer de alguma coisa, através das informações que formam o nosso perfil de usuário.

O filme relata detalhadamente a violação dos dados de usuários do Facebook, coletados através de um quiz de personalidade na rede social pela empresa Cambridge Analytica. As pessoas que respondiam essas perguntas forneciam informações que permitiam que a empresa obtivesse pontos de interesse dos usuários, como o que a pessoa se interessava por comprar, sua visão de mundo, seus medos e com isso, conseguiam obter o nível do quão manipulável eram essas pessoas. A política se aproveitou disso, quando a empresa vendeu seus dados e conhecimentos para vários partidos, e uma das campanhas que usufruiu desse poder psicológico foi a que resultou na eleição do Presidente dos EUA, Donald Trump.

Essas informações chegam a assustar por tamanha dimensão de domínio sem a nossa percepção. Agora tudo nos leva a pensar no propósito do livre arbítrio, na liberdade de ir e vir, pensar e agir, e até que ponto temos opiniões próprias e tomamos decisões sem sermos manipulados?