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Reflexões sobre a base filosófica

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Por:   •  15/11/2013  •  Tese  •  2.510 Palavras (11 Páginas)  •  381 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Aline Câmara Morelli RA: 6791399507

Cristiane dos Santos Souza RA: 6790414715

Simone Ferreira dos Santos RA: 6707342069

Sueli Fátima Cardoso Garcia RA: 6946477848

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Leitura e produção de Textos”, sob orientação do professor-tutor a distância Profª Mariciane Moraes Nunes

São Caetano do Sul

2013

Desafio

As sociedades são construídas histórica e culturalmente, portanto, as instituições são reflexos desta construção. Tal contexto é frequentemente esboçado e analisado por diferentes correntes filosóficas e sociológicas. O desafio desta ATPS consiste na elaboração de um Relatório Final sobre os elementos filosóficos que permeiam a Educação Brasileira.

Objetivo do Desafio

Construção de um Relatório Final, que apresente reflexões, sobre os fundamentos filosóficos que permeiam a Educação Brasileira.

Etapa 1

A famosa escultura de Auguste Rodin “ O Pensador” (francês: Le Penseur) é a representação clássica de um homem imerso em seus pensamentos, deixando transparecer a força interna do conflito do pensamento e da matéria, caracterizando a força e a fragilidade humana.

A representação da obra transmite a busca pela solução de um problema. Originalmente chamado de O Poeta, a peça era parte de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris para criar um portal monumental baseada na Divina Comédia de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas representava um dos personagens principais do poema épico.

O Pensador originalmente queria representar Dante em frente aos Portões do Inferno, ponderando seu grande poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heróica à La Michelangelo para representar o pensamento, assim como a poesia.

O significado de Filosofia é amor à sabedoria: Filos é amor, amizade. Sophia é sabedoria. Filos Sophos: amante da sabedoria. A Filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos. Na Educação, a Filosofia desempenha a missão de conduzir o aluno para o senso crítico, para que supere as concepções superficiais sobre os homens, a natureza e a sociedade.

Para que isto ocorra, a Filosofia deve ser trabalhada de maneira que estimule o desenvolvimento da reflexão do estudante e lhe ofereça informações sobre o desenvolvimento do pensamento filosófico.

O resultado deste processo, é a ampliação da consciência de si mesmo, onde exerce a autocrítica e a consciência do mundo, com a compreensão do mundo natural e social, com suas possibilidades de mudança. Não se trata de contemplar o mundo, mas de querer transformá-lo.

Desta forma o estudante possui a capacidade de analisar e discutir problemas, sem aceitar de forma mecânica opiniões alheias. Torna-se, portanto um sujeito com senso crítico, tendo uma curiosidade intelectual e questionamentos para abordar problemas do cotidiano. A educação quando é voltada para a formação do pensamento crítico, contribui para a liberdade nos diversos aspectos de sua vida.

A escola também é alvo de reflexão filosófica, pois pressupõe o homem como um ser incompleto, que pode ser aprimorado.

Etapa 2

No inicio do século XXI foi marcada com a globalização e a emergência de mudanças para surgimento de uma nova sociedade que por sua vez foi chama de sociedade do conhecimento trazendo com sigo transformações progressos tecnológicos para ser facilitador do processo de comunicação. Mas a crise do sistema educacional nos impôs limites, é ao mesmo tempo nos permite possibilidades. Os limites que estão no sistema educacional ainda são autoritários, não consegui acompanhar seqüência de transformações sociais na velocidade em que ocorre. Com conseqüência as unidades escolares ficam numa situação difícil, as mudanças novas que permite ver possibilidades para enfrentar as crises, como a utilização de tecnologia da comunicação é da informação, como melhora da prática educativa, dar condições de trabalho ao professor da rede publica, estabelecer políticas seria dar qualificação é formação continuada para esses profissionais. A nova era mundial que inclui economia sua tecnologia sofisticada de informações centradas na informática, na internet e os recursos que ela proporciona é continuara a proporcionar a exclusão digital. A práxis transformadora visa á futuridade histórica que nos leva a necessidade de superar a lógica desumana que vê o individuo visando o lucro em seus fundamentos, na competição entre outros.

Os problemas que a educacional tem enfrentado é conseqüência de um trabalho mais voltado para a transmissão de informações. Nas escolas está faltando amor ao próximo, alegria, felicidade entre outros; a falta desses fatores pode ser o motivo do fracasso, motivos dos conflitos vividos pelos professores e alunos. A escola é um ambiente hostilizado, sem harmonia onde a inúmeros casos de violência, lugar de conflitos de grande insatisfação. A perspectiva da escola não é preparar o cidadão integralmente é apenas transmitir informação ou conhecimento sem sabedoria.

Podemos dizer que, em qualquer projeção que se faça do futuro, o conhecimento terá presença garantida. Nesse contexto, as perspectivas para a educação no século XXI são otimistas. A pergunta que se faz é: que educação, que escola, que aluno, que professor, que currículo, que sistema de ensino? A práxis transformadora com vistas à futuridade histórica leva-nos a refletir sobre a necessidade de superar a lógica desumanizadora que tem o individualismo, na competitividade e no lucro seus fundamentos.

Segundo Jhon Holloway (2003), “educar para outro mundo possível é educar para dissolver o poder, para democratizá-lo radicalmente, esse é o objetivo da revolução”. Devemos superar as relações de poder pelo reconhecimento mútuo da dignidade de cada pessoa. Entender o poder como capacidade de fazer, como serviço, afirmando que “nós” é que podemos mudar o mundo; nós, as pessoas comuns têm essa capacidade de mudar o mundo.

Por isso, educar para outro mundo possível é educar para conscientizar (Freire,1997), “para desalienar, para desfetichizar”. É também educar para ruptura, para a rebeldia, para recusa, para dizer “não”, para gritar, para sonhar com outros mundos possíveis, denunciando e anunciando. O núcleo central da concepção neoliberal da educação é a negação do sonho e da utopia. Por esse motivo, uma educação para outro mundo possível é, sobretudo, a educação para o sonho, a educação para esperança.

A educação, nesse sentido, pode favorecer a construção de outra lógica, através da formação da consciência crítica, contra a educação consumista, contra a degradação ambiental, as desigualdades, a violência, valorizando e assumindo os direitos humanos, a diversidade cultural, a participação de todos na vida social e nos processos decisórios.

Não se pode mudar o mundo sem mudar as pessoas: mudar o mundo e mudar as pessoas é processos interligados. Mudar o mundo depende de todos nós: é preciso que cada um tome consciência e organiza-se em multidões. Para Gadotti (2000) educar para outro mundo possível exige dos educadores um compromisso pela desmercantilização da educação e uma postura ético-eco-pedagógica de escuta do universo, do qual todos nós somos parte constituinte. Os educadores não devem dirigir-se apenas a alunos ou educandos, mas aos habitantes do planeta, considerando-os como cidadãos da mesma mátria (O’Sullivan, 2004; Boff, 1995).

Segundo Gadotti (2001), “a terra é nosso primeiro grande educador”. Por isso, educar para outro mundo possível é também educar para encontrar nosso lugar na história, no universo. É educar para paz, para os direitos humanos, para justiça social e para diversidade cultural, contra o sexismo e o racismo. É educar para consciência planetária. É educar para que cada um de nós encontre o seu lugar no mundo, educar para pertencer a uma comunidade humana planetária, para sentir profundamente o universo. É educar para viver no cosmo, ampliando nossa compreensão da Terra e do Universo. É educar para ter uma perspectiva cósmica. Só assim poderemos entender mais amplamente os problemas da desertificação, do desflorestamento, do aquecimento global e dos problemas que atingem humanos e os animais. Educar para outro mundo possível supõe um novo paradigma, um paradigma holístico.

Etapa 3

Um primeiro aspecto á considerar, embora não seja novidade para quem já está inserido no meio educacional, é a existência das camadas dominantes que, com o objetivo de servir e alimentar seus próprios interesses e valores, organizando o ensino de forma fragmentada. A história da nossa educação está marcada por momentos em que, por puro interesse da burguesia, sofremos transformações no nosso sistema escolar, com o único objetivo de atender a tais interesses capitalistas.

Segundo a ciência norte-americana pragmática e sistêmica a escola é a grande caixa preta industrial, seu “input” são os alunos ignorantes, seus “output” são os alunos diplomados, ou melhor, alguns como produtos com o selo de controle de qualidade, outros destinados ao submercado ou simplesmente refugados. Estamos entrando no industrialismo moderno, na mecânica do Fordismo.

Outra realidade que cerca a estrutura escolar é a política. Quem se aventura a entender a educação não poderá jamais ignorar as questões políticas envolvidas no processo educativo. Ela se apresenta como um jogo que procura mostrar uma realidade deformada, mais uma vez, pelos interesses dos poderosos, menosprezando o contexto social em que o homem está inserido.

A indústria cultural cada dia ganha mais espaço dentro das mais variadas áreas sociais. Chega e invade também a Escola sem que nos apercebamos de seus perigos e influências. Segundo Adorno e Horkcheimer nas relações de troca de mercadorias a que são reduzidas todas as relações sociais, o produto cultural perde seu brilho, sua unicidade, sua especificidade de valor de uso. Quando se transforma em um valor de troca, dissolve a verdadeira arte ou cultura.

Além dos meios de comunicação, a Indústria Cultural também invade a escola através de material pedagógico-didático. Sob o pretexto da modernização, tem-se a impressão de que quem não adere a este movimento está trabalhando de maneira retrógrada.

Outro aspecto da chegada da Indústria Cultural na escola a ser considerado são os pacotes de programas curriculares destinados aos professores, definindo seus conteúdos, estratégias e recursos a serem usados, deixando pouco ou nenhuma liberdade de trabalho para o profissional, colhendo sua criatividade e desempenho. Em decorrência disso,perdas são inevitáveis o aluno deixa de ser beneficiado por aquilo que o professor poderia oferecer, além do sugerido, e o professor acaba se tornando acrítico, desempenhando seu trabalho simplesmente para cumprir obrigações.

Etapa 4

Bourdieu concluiu que, em vez de ter uma função transformadora, ele reproduz e reforça as desigualdades sociais. Quando a criança começa sua aprendizagem formal, segundo os autores, é recebida num ambiente marcado pelo caráter de classe, desde a organização pedagógica até o modo como prepara o futuro dos alunos.

Para construir sua teoria, Bourdieu criou uma série de conceitos, como habitus e capital cultural. Todos partem de uma tentativa de superação da dicotomia entre subjetivismo e objetivismo. "Ele acreditava que qualquer uma dessas tendências, tomada isoladamente, conduz a uma interpretação restrita ou mesmo equivocada da realidade social", explica Nogueira. A noção de habitus procura evitar esse risco. Ela se refere à incorporação de uma determinada estrutura social pelos indivíduos, influindo em seu modo de sentir, pensar e agir, de tal forma que se inclina a confirmá-la e reproduzi-la, mesmo que nem sempre de modo consciente.

Um exemplo disso: a dominação masculina, segundo o sociólogo, se mantém não só pela preservação de mecanismos sociais, mas pela absorção involuntária, por parte das mulheres, de um discurso conciliador. Na formação do habitus, a produção simbólica - resultado das elaborações em áreas como arte, ciência, religião e moral - constitui o vetor principal, porque recria as desigualdades de modo indireto, escamoteando hierarquias e constrangimentos.

Assim, estruturas sociais e agentes individuais se alimentam continuamente numa engrenagem de caráter conservador. É o caso da maneira como cada um lida com a linguagem. Tudo que a envolve - correção gramatical, sotaque, habilidade no uso de palavras e construções etc. - está fortemente relacionado à posição social de quem fala e à função de ratificar a ordem estabelecida. Para Bourdieu, todas essas ferramentas de poder são essencialmente arbitrárias, mas isso não costuma ser percebido. Para Bourdieu, a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra. É nela que o legado econômico da família transforma-se em capital cultural. E este, segundo o sociólogo, está diretamente relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula. Eles tendem a ser julgados pela quantidade e pela qualidade do conhecimento que já trazem de casa, além de várias "heranças", como a postura corporal e a habilidade de falar em público.Nos primeiros livros que escreveu, Bourdieu previa a possibilidade de superar essa situação se as escolas deixassem de supor a bagagem cultural que os alunos trazem de casa e partissem do zero. Mas, com o passar do tempo, o pessimismo foi crescendo na obra do sociólogo: a competição escolar passou a ser vista como incontornável.

Outro conceito utilizado por Bourdieu é o de campo, para designar nichos da atividade humana nos quais se desenrolam lutas pela detenção do poder simbólico, que produz e confirma significados. Esses conflitos consagram valores que se tornam aceitáveis pelo senso comum. No campo da arte, a luta simbólica decide o que é erudito ou popular, de bom ou de mau gosto

Já na educação se acumula sobretudo capital cultural, na forma de conhecimentos apreendidos, livros, diplomas etc.

Com os instrumentos teóricos que criou, Bourdieu afastou de suas análises a ênfase central nos fatores econômicos - que caracteriza o marxismo - e introduziu, para se referir ao controle de um estrato social sobre outro, o conceito de violência simbólica, legitimadora da dominação e posta em prática por meio de estilos de vida. Isso explicaria por que é tão difícil alterar certos padrões sociais: o poder exercido em campos como a linguagem é mais eficiente e sutil do que o uso da força propriamente dita.

Não se pode ignorar a entrevista de Bourdieu no que se refere à reprodução social para ele entre os fatores de estabilidade de permanência, está a transmissão do capital, por exemplo, um pai rico no qual o filho estuda em uma escola medíocre, seu filho indo bem na escola ou não herdará a herança do pai ,e conseqüentemente não terminará como um operário.Para Bourdieu há uma outra forma de capital ,o CAPITAL CULTURAL, Tudo que se adquire nas famílias cultas e que se adquire ouvindo o pai contar estórias ,lendo livros até mesmo os livros de criança.Tudo isso é um capital,são recursos raros repartidos desigualmente uns tem mais outros tem menos isso dá proveito , proveito de raridade.Se todos tivessem a mesma quantidade ou se todos por exemplo a mesma condição de estudar em uma escola ou faculdade conceituada se dedicando ,não haveria mérito aí não haveria diferença de classes porque existe diferenças que dá lucro uma formação conceituada , vir de uma família já abastarda.

No âmbito das desigualdades na escola as meninas são vistas como as que têm maior probabilidade de êxito do que os meninos ao menos até um nível bem alto secundário, com tudo igual, aliás, porque são mais dóceis, não que seja a natureza delas, é que a cultura as cria para ser assim, logo estão prontas a dar a escola o que a mesma lhe pede.

Hoje cada vez mais nas sociedades contemporâneas desenvolvidas ou não a reprodução das desigualdades se faz cada vez mais através do capital cultural.

Bibliografias

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pensador

http://pt.wikipedia.org/wiki/Auguste_Rodin

http://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Com%C3%A9dia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dante_Alighieri

ADORNO,T.W.Educaçao e emancipaçao,Trad.de Wolfgang Leo Maar.Sao Paulo:Paz e Terra,1995 Educaçao apos Auschwitz.In:Cohn,G(org).Sociologia.SAO Paulo:Ática,1994. Teoria da Semicultura.Trad.de Newton Ramos-de-Oliveira,Bruno Pucci e Claudia B.Moura Abreu.Educaçao Sociedade,nº 56,ano XVII,Campinas:Papirus/Cedes,dez,1997,p.388-411. EDUCADORES dividem-se em apocalipticos e integrados.Entrevista com J.Ferrés,Nova Escola,dez.1998 Romanelli,Otaiza de O.História da educaçao no Brasil(1930/1973)8º Ed.Petrópolis:Vozes,1986.

http://www.cifa.org.br/gestionale/upload/cms/elementi_portale/documentale/Novas_Perspectivas_para_a_educa%C3%A7%C3%A3o_no_S%C3%A9culo_XXI.pdf

http//revistacult.wol.com.br/home2010/03/bourdieueaeducação/>acessojul2012

http://www.youtube.com/watch?v=zO4QuCSMO0k

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