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René Descartes E A Educação.

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Por:   •  28/3/2014  •  1.985 Palavras (8 Páginas)  •  1.224 Visualizações

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INTRODUÇÃO

René Descartes (1956 - 1650) é considerado o fundador da filosofia moderna, pai da matemática, um dos pensadores mais influentes na história da humanidade. Desenvolveu uma linha de pensamento denominada racionalismo.

Descartes revolucionou o pensamento filosófico e científico, até então subordinados pelos lideres da igreja, pela escolástica e aos lideres políticos ditos como escolhido por Deus. Para Descartes, a razão é a única fonte segura do conhecimento, só é dado como certo o que for provável. A exigência da certeza e a isenção da dúvida, para o êxito da investigação científica, inauguraram um novo estágio da filosofia moderna, motivo pelo qual foi denominado pai da filosofia moderna.

A autoridade da filosofia passou a se fundar não mais nas escrituras e nos sábios, mais sim na mente dos filósofos.

RENÉ DESCARTES

René Descartes viveu no período chamado de Idade Moderna (1473-1789) que foi caracterizado por dois fatores marcantes: o Absolutismo e o Mercantilismo.

Ele relacionou Álgebra e Geometria, que resultou na criação do Plano Cartesiano e, consequentemente, na Geometria Analítica. A sua utilização mais simples é a de representarmos graficamente a localização de pontos em um determinado plano. Através dele também podemos representar um segmento de reta ou um triângulo, por exemplo. O plano cartesiano é composto de duas retas perpendiculares e orientadas, uma horizontal e outra vertical.

Descartes possuía interesses intelectuais muito diversificados. Ele preferia ser um cientista à um filósofo, embora tenha escrito diversos textos filosóficos. Ele escreveu sobre diversos assuntos científicos, da astronomia até questões de anatomia e fisiologia animal e humana. Porém, por trás de tudo isso, estava sua incrível habilidade matemática.

Na busca da evidencia, ele propunha o exercício da dúvida metódica. Em Discurso do Método, Descartes afirma que o mau uso da razão leva ao erro. Para tanto, seria necessário criar um método que garantisse o sucesso do conhecimento e evitasse esse erro. Seguindo esse principio, ele criou as seguintes regras:

a) A primeira regra é a evidência: somente admitir uma coisa como verdadeira, se tiver como provar;

b) A segunda, é a regra da análise: dividir as dificuldades em tantas partes possíveis e necessárias para melhor resolvê-las;

c) A terceira, é a regra da síntese: conduzir os pensamentos por ordem, do mais simples e fáceis para os mais complexos;

d) E finalmente a quarta, desmembramentos: fazer em toda parte revisões para ter certeza de não ter omitido nada.

O pensamento de Descartes se dá a partir da busca do progresso e do conhecimento. Ele acreditava que as doutrinas da filosofia aristotélica escolástica continham um erro básico sobre a maneira pela qual as verdades fundamentais estavam sendo adquiridas. No esquema aristotélico, todo o conhecimento surge a partir dos sentidos. Descartes considerou que, na verdade, o intelecto humano é capaz de perceber a natureza da realidade através de uma percepção puramente intelectual. Que significa que, para adquirir as verdades fundamentais da metafísica, é preciso voltar para as nossas ideias inatas das essências das coisas.

Entretanto, Descartes não era platônico. Ele atribuía dois papéis aos sentidos na aquisição do conhecimento humano: Primeiro, ele reconheceu que os sentidos são geralmente adequados para a detecção de benefícios e malefícios para o corpo. Em segundo lugar, ele reconheceu que os sentidos tem um papel essencial a desempenhar na filosofia natural. Descartes sabia que alguns problemas dependem de medições que só podem ser feitas com os sentidos, incluindo a determinação do tamanho do sol e os índices de refração dos diversos materiais.

Portanto, ao considerar isso, podemos distinguir classes de conhecimento. Os primeiros princípios metafísicos são conhecidos pelo intelecto agindo sozinho. Tal conhecimento deve atingir a certeza absoluta. Conhecimento prático sobre benefícios imediatos e dano é conhecido pelos sentidos. Tal conhecimento geralmente é insuficiente. Por exemplo, o intelecto puro nos diz que corpos podem ter propriedades, e usamos os sentidos para determinar quais instâncias específicas desses órgãos têm propriedades.

Para Descartes a dúvida se torna um estímulo à certeza. Ele duvidava voluntariamente de tudo, desde que podia encontrar um argumento, inclusive dos sentidos, e das próprias evidencias cientificas e das verdades matemáticas. A única coisa que ele não poderia duvidar de modo algum, é a certeza de que ele pensa.

Ele acreditava na ideia de perfeição, de infinito. E que somos finito e imperfeitos. De acordo com ele, um Ser Perfeito que nos ultrapassa é o autor do nosso ser. Por conseguinte, é demonstrada a existência de Deus. Uma vez que Deus existe, podemos crer na existência do mundo. E esse mundo foi criado instante por instante. O homem não é uma parte de Deus, o homem é livre, pode dizer sim ou não às ordens de Deus. A natureza, segundo Descartes, não possui dinamismo próprio. Todo dinamismo pertence ao criador.

As idéias

Descartes dizia que ter uma ideia é pensar sobre algo, ou seja, existir e que nossa mente é composta por idéias. Ele identificou três tipos de idéias:

a) As idéias inatas: elas se encontram na pessoa desde o seu nascimento, como as idéias de infinito e perfeição;

b) As idéias adventícias: cada um sente o mundo ao nosso redor de uma maneira diferente, e a partir da experiência formada pode levar ao engano ou à duvida;

c) As idéias factícias: idéias que formamos em nossa mente a partir de elementos da nossa experiência, como a ideia de seres fantásticos.

PENSAMENTOS

O pensamento de René Descartes é revolucionário para a sociedade em que nasceu, onde a influência da Igreja era muito forte e quando ainda existia uma tradição de reprodução de conhecimento, herdada pela filosofia antiga. Descartes foi crítico e ousado, demolindo com o pensamento medieval, estabelecendo um novo modo de pensar ao homem, a ciência, a cultura e a realidade social de seu tempo. Sua tese mais importante foi propor que cada um pensasse por si mesmo.

Descartes foi uns dos precursores do racionalismo,

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