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Resumo Comentado Do Livro Ética/ Sánchez Vásquez, Adolfo, 1915.

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Por:   •  2/12/2013  •  2.375 Palavras (10 Páginas)  •  7.995 Visualizações

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FACULDADE NOVAUNESC

CURSO: BACHARELADO EM DIREITO

DISCIPLINA: FILOSOFIA DO DIREITO

PROFESSORA: FLÁVIA ADRIANA

ALUNO: HERNANE FELIPE DOS SANTOS

03.12.2013

ATIVIDADE DISCENTE

(Resumo Comentado do livro Ética/ Sánchez Vásquez, Adolfo, 1915)

Com o livro intitulado “Ética”, o autor Adolfo Sánchez Vázquez, propõe ampliar o ensino da ética nos centros de ensino sob um ponto de vista diferente dos que predominaram até hoje. Opõe-se ao neutralismo ético, sugerindo estudar a moral em sua essência, renovando-a, como um movimento individual e social dinâmico, que permita aproximar o homem atual de uma moral verdadeiramente humana e universal. Orientou os seus estudos na ideia da ética com raízes no fato moral, como sistema de regulação das relações entre os indivíduos e comunidade. Considerou a ética em toda a sua diversidade, atravessando o tempo e interessou-se em discuti-la em suas manifestações atuais, rejeitando a tendência de interpretá-la como uma determinada forma histórico-concreta de comportamento moral estanque.

Com o objetivo de tornar possível esta nova proposta de ver e analisar a ética, o autor percorre um longo caminho descrevendo e confrontando conceitos tais como: objeto da ética, essência da moral, responsabilidade moral, determinismo e liberdade, avaliação moral, obrigatoriedade moral, realização da moral e doutrinas éticas fundamentais. Acrescenta novos olhares sobre moral e história, moral e outras formas de comportamento humano, redirecionando a forma lógica e a justificação dos juízos morais. Com isso, Adolfo Vázquez defende, em seu livro Ética, a tese de que o verdadeiro comportamento moral coloca em ação os indivíduos, exigindo deles uma decisão livre e consciente, assumida por uma convicção interior e não por uma atitude exterior e impessoal, muito embora diversos sejam os fatores sociais que contribuam para a realização da moral.

As discussões centrais do livro em questão envolvem conceitos pertencentes ao campo da ética em suas correlações com a filosofia, a psicologia e outras ciências, privilegiando questionamentos e problematizações acerca de ética e moral, definições e conceitos intrínsecos ao complexo exercício de filosofar.

Adolfo Sánchez Vázquez situa o objeto de estudo da ética, trazendo à discussão os problemas Morais e Éticos. Interpretando os estudos do autor, entende-se que o indivíduo deve procurar fazer o bem, pois nas relações efetivas, reais, entre indivíduos ou quando se julgam suas decisões e ações, outras pessoas sofrerão as consequências dessas mesmas decisões e ações e as suas consequências podem se estender a uma comunidade inteira, a toda a nação. Quando opta, conscientemente, por este comportamento, o homem age moralmente. Sua conduta é resultado de uma decisão refletida e não puramente espontânea ou natural. Os indivíduos, em geral, julgam de acordo também com normas estabelecidas e formulam juízos como os seguintes: "X agiu bem mentindo naquelas circunstâncias"; "Z devia denunciar o seu amigo traidor”, estas são questões filosóficas.

Existem atos e formas de comportamentos dos homens em face de determinados problemas, chamados morais, e, do outro lado, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos. O comportamento efetivo, tanto dos indivíduos quanto dos grupos sociais e tanto de ontem quanto de hoje, remonta-se até às próprias origens do homem como ser social. Este comportamento prático-moral, que já se encontra nas formas mais primitivas de comunidade, sucede posteriormente muitos milênios depois e alcança tempos atuais. Os homens não só agem moralmente isto é, enfrentam determinados problemas nas suas relações mútuas. Tomam, também, decisões. E estes atos terminam por refletir sobre esse comportamento prático e o tornam como objeto da sua reflexão e de seu pensamento (a passagem do plano da prática moral para o da teoria moral). Isto é, da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa. Esta passagem, portanto, coincide com os inícios do pensamento filosófico e já nos coloca propriamente na esfera dos problemas teórico-morais ou éticos.

Se na vida real um indivíduo concreto enfrenta uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente, o problema de como agir de maneira a que sua ação possa ser boa, isto é, valiosa. A ética poderá auxiliá-lo orientando-o quanto ao que seja um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim - o bom - visando pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos os indivíduos da comunidade.

O problema do que fazer em cada situação concreta é um problema prático-moral e não teórico-ético. Definir o que é o bom não é um problema moral cuja solução caiba ao indivíduo em cada caso particular, mas um problema geral de caráter teórico, de competência do investigador da moral, ou seja, do ético. Aristóteles propõe o problema teórico de definir o que é o bom através da tarefa de investigar o conteúdo do bom e não determinar o que cada indivíduo deve fazer para que seu ato possa ser considerando bom, podendo os homens orientar a sua conduta nas diversas situações particulares. As respostas sobre o que é o bom variam, evidentemente, de uma teoria para outra: para uns, o bom é a felicidade ou o prazer; para outros, o útil, o poder ou a autocriação do ser humano.

Problemas éticos são de natureza e fundamentos do comportamento moral enquanto obrigatoriedade moral. A realização moral não só como empreendimento individual, mas também coletivo. Os homens, em seu comportamento prático moral, cumprem, julgam e avaliam determinados atos, a partir daí, formulam juízos de aprovação ou de reprovação e os avaliam, sujeitando-se, consciente e livremente, a certas normas ou regras de ação.

O conceito de Meta-Ética surge no texto, como o estudo da natureza, função e justificação dos juízos morais. Frente aos problemas cotidianos, a ética deve retornar constantemente, para que não seja uma especulação estéril, mas sim a teoria efetiva na realidade de um comportamento do homem, orientando-o em seu comportamento ético a partir do seu desenvolvimento psicológico e aprendizagem, até tornar-se adulto. E deve existir não apenas para alguns poucos privilegiados, diminuindo assim a criminalidade em detrimento da resolução dos problemas teóricos e dos problemas práticos no terreno da moral, pois não estão separados

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