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SOLUÇÃO DE AGOSTINHO DE HIPONA PARA O PROBLEMA DO MAL

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Por:   •  28/9/2013  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  827 Visualizações

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SOLUÇÃO DE AGOSTINHO DE HIPONA PARA O PROBLEMA DO MAL

Sendo Deus, infinitamente Bom, a expressão máxima do bem, como é possível também causar o Mal?

A solução de Agostinho buscará restabelecer a unidade, onipotência e onipresença de Deus isentando-o da origem do Mal, objetando a doutrina maniqueísta (doutrina religiosa que misturava cristianismo, panteísmo e filosofia), que outrora estivera inserido. Doutrina esta que apresenta a dualidade ontológica do Bem e do Mal.

Agostinho, em semelhança com as noções do ser de Platão, pelos escritos de Plotino e conciliando o pensamento cristão à filosofia platônica, estabelecendo que Deus é a realidade total, essência no mais alto grau, o Ser Absoluto, o Sumo Bem. Onde toda a realidade, assim como toda sua criação é constituída da mistura de ser e do não ser. O Bem Supremo, o Uno plotiniano, é o Deus cristão, que na sua unidade divina, é plena, viva e guarda dentro de si a multiplicidade.

O processo de criação dos seres e das coisas coincide com a criação do tempo, que para Agostinho: são momentos diferentes de passado, presente e futuro, implicando descontinuidade e transformação e, por conseguinte perenidade e corrupção.

O mundo sendo constituído de uma mescla de ser e não-ser, e sujeitos ao tempo, carrega dentro de si um processo de transformação que caminha do ser para o não ser.

Contrariamente, Deus, o ser por excelência, que é, foi e será, esta fora do tempo, portanto imutável, eterno e incorruptível. É a perfeição máxima e o bem absoluto.

Se tudo que é, é necessariamente bom, bem implica a idéia de ser. A natureza do Mal não pode advir do Bem Absoluto, como não pode advir da matéria, pois esta também é criatura de Deus; mas, no conceito absolutamente contrário de Deus como ser, portanto, no não ser que está destituído de substancialidade.

A correspondência dos três aspectos da trindade (já que o homem foi feito à imagem de Deus) se expressa nas três faculdades da alma: memória – é e nunca deixa de ser - percepção sensorial - essência – Deus pai; inteligência – razão ou verdade – Filho; vontade – expressão humana do amor – Espírito Santo (criação do mundo).

A vontade essencialmente criadora e livre possibilita ao homem afastar-se de Deus, distanciando-se do ser para o não ser, aproximando se do mal. O mau do livre arbítrio subordinando a alma ao corpo, ao invés do contrário, para o qual fora criado, caindo na conscupiciência e na ignorância, gerando o mal e o pecado. O livre arbítrio nessa decadência pode até reconhecer o Bem, mas é ineficiente para fazer a ascensão.

Somente através da graça é que o homem que um bem menor, provindo do Bem Absoluto, conseguirá que o seu livre arbítrio eleja o bem e possa concretizá-lo.

Portanto, para Agostinho o Mal em si é a perversão da vontade desviada da substância divina.

Ontologicamente ele não existe. O livre arbítrio como má vontade é a causa deficiente para o Mal, onde o homem deveria tender para o Bem Absoluto (causa de todos os bens menores criados e finitos), ao invés subvertendo a escolha entre criatura e Criador. Esses bens menores sequer constituem um bem em si, assim como não constituem

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