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São Tomás de Aquino - As cinco vias da existência de Deus

Por:   •  15/3/2019  •  Resenha  •  872 Palavras (4 Páginas)  •  383 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL

SÃO TOMÁS DE AQUINO

AS CINCO VIAS DA PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS

RENAN MARTINI LAZZAROTTO

CAXIAS DO SUL

2018

        O escrito que abordaremos faz-se dentro do filósofo que mais se destacou na escolástica – buscar respostas para a fé -, Tomás de Aquino (1224-1274), além de filósofo é teólogo e frade dominicano, escreveu diversas obras como a Suma contra os gentios e destaca-se, sobremodo, a Suma Teológica (resultado mais popular, mas não concluída). Enquanto Santo Agostinho é inspirado pela concepção de Platão, São Tomás tem por base o raciocínio de Aristóteles, embora ambos retratam uma filosofia cristã. O trabalho apresentado desenvolveu-se no âmbito de atingir a existência de Deus pela razão. As cinco vias têm como proposta central filosófica provar a existência de Deus – tema abordado nesta obra – a partir de uma realidade verificável e concreta.

        Para explicar a verdade evidente de Deus, Tomás de Aquino, apresenta-nos duas formas: a primeira, “em si mesma e não por nós”, Deus é o próprio sujeito, sendo que a preposição “Deus é” considerada em si mesma, é evidente por si mesma, por não conhecermos o que Deus é, precisamos que sejam demonstradas através de efeitos. E a segunda, “em si mesma e por nós”, o homem é um animal, proposição citada como exemplo, é evidente pois o atributo está contido no sujeito, e, portanto, evidente por nós.

        É através de cinco vias que se pode provar a existência de Deus para São Tomás de Aquino. A primeira e mais manifesta é a procedente do movimento. Nessa via, compreendemos que tudo o que se move é movido por outro, e nossas experiências demonstram que algumas coisas se movem neste mundo. Para algo ser movido necessariamente precisa de um primeiro movente. Compreendemos por movimento a passagem da potência para o ato, ora, são submetidos a mudanças que podem ocorrer segundo a substância, a qualidade, lugar e quantidade. Esses motores não podem chegar ao infinito, assim devendo atingir um primeiro movente, se esse não é movido será um Ato puro. Esse primeiro movente, chamamos de Deus.

        Na segunda via, Aquino, apresenta a causa eficiente. Nessa ele afirma que todo efeito necessita de uma causa anterior. Para uma coisa ser causa de si mesma teria de ser anterior a si mesma. Assim, entende-se que não seria possível que uma coisa seja sua causa eficiente, logo, todas as causas dependem de outras no seu ser, pois, compreendemos que se não houver causa primeira não haverá efeito último, esse depende do intermediário, que precisa de um precedente, assim devemos admitir que teríamos que chegar numa causa primeira, à qual todos chamam de Deus.

        A terceira prova é baseada no possível e no necessário. Existe uma necessidade que uma outra coisa faça existir uma coisa que não existe, assim, nada existiria hoje, se nada existia, porque não pode começar a existir algo que nunca existiu. Mas para que isso aconteça se faz necessário um anterior. Até porque Deus não pode existir e não existir em determinados momentos. Deus é Ato puro. Portanto, sendo Ele o princípio anterior de tudo que existe, não se faz necessário uma causa de sua existência, assim, concluímos a necessidade que Ele exista por si mesmo.

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