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TEORIAS CONSTRUTIVISTAS

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Por:   •  5/6/2013  •  2.185 Palavras (9 Páginas)  •  885 Visualizações

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Quando falamos em teoria construtivista podemos dizer que essa teoria está ligada ao conhecimento adquirido a partir do meio que o sujeito vive. Os construtivistas afirmam que o conhecimento não está somente no sujeito e nem é dado apenas pelo objeto, mas sim pela interação entre os dois. Com isso não existe uma noção de superioridade entre criança (aluno) e professor, ou seja, a criança não é apenas o educando nem o professor é sempre o educador, pois, para os adeptos dessa teoria, pode sim haver uma troca de conhecimento entre ambos. Outra característica dessa teoria é a constatação de que o conhecimento se produz por etapas.

Veremos melhor essas características na exposição do pensamento de Piaget, Wallon e de Emilia Ferreiro.

As teorias construtivistas surgiram no bojo da psicologia cognitiva e de pesquisas linguísticas voltadas para o exame das estruturas do pensamento e do desenvolvimento cognitivo da criança. Seus principais representantes são estudiosos de medicina e de psicologia, que por meio de pesquisas com crianças, procuraram melhor compreender o processo de aprendizagem.

Do ponto de vista antropológico, esses teóricos recusam a concepção metafísica, que supõe uma natureza humana essencial e estática, e a tendência naturalista, que atribui às ciências experimentais uma rigidez inaplicável ao estudo do comportamento humano livre e criador. Nessas teorias prevalece, apenas, a orientação antropológica histórico-social, pela qual o ser humano se faz pela interação social.

Do ponto de vista epistemológico, os representantes dessa tendência desenvolvem uma concepção interacionista ou construtivista do conhecimento, ao recusarem tanto o inatismo, onde o sujeito seria o polo mais importante no processo de conhecimento, quanto o empirismo, pelo qual o sujeito receberia passivamente de fora os elementos para a elaboração do conteúdo mental.

Para os construtivistas, o conhecimento não é inato nem só transmitido; não está só no sujeito nem é dado apenas pelo objeto, mas se forma e se transforma pela interação entre ambos. A criança não é passiva nem o professor é simples transmissor de conhecimento, porque o educando não dispensa a atuação do mestre e a dos companheiros com os quais interage. Outra característica desse modelo epistemológico é a constatação de que o conhecimento se produz por etapas ou estágios sucessivos, nos quais a criança organiza o pensamento e a afetividade.

As teorias construtivistas baseiam-se no fundamento de que a realidade do mundo é construída na mente dos indivíduos a partir de representações mentais ou modelos do mundo. Ou seja, o conhecimento é resultado de nossas experiências sobre o mundo.

Esta ideia é muito importante para a filosofia de Kant. O contexto tem um papel fundamental sabendo que a construção de novos conhecimentos se dá a partir dos contextos da vida real que foram base da construção dos conhecimentos anteriores.

O suíço Jean Piaget (1896-1980) era um biólogo que se interessava pela filosofia, particularmente pelo campo da Epistemologia, área em que são elaboradas e discutidas teorias do conhecimento. Produziu uma extensa obra entre 1918 e 1980. Procurou explicar o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no percurso do desenvolvimento intelectual, assim como dos mecanismos responsáveis por estas transformações. Por tais atributos, sua teoria é classificada como construtivista.

O problema epistemológico que despertou a atenção de Piaget, diz respeito a como se passa de um tipo de conhecimento a outro, como se transita de um estado em que a afirmação só é possível mediante a manipulação de coisas/objeto, a um estado em que os enunciados estão, além disso, (forma juízos de valor, desenvolver a lógica, etc.). Para isso, Piaget deixou o terreno estritamente filosófico e foi buscar respostas através de planejadas experimentações científicas.

Piaget passou a trabalhar com seus filhos observando com cuidado o desenvolvimento da inteligência e a construção do real. Ele não aplicou testes de inteligência às crianças, preferindo criar o método clínico, que consiste em efetuar entrevistas livres, propondo tarefas a serem vivenciadas pelos sujeitos experimentais.

Ao lidar com crianças muito pequenas, que não podem ser interrogadas, Piaget recorreu a observações meticulosamente registradas, sobre o modo como elas solucionam problemas não verbais.

Para Piaget, a inteligência aparece muito antes da linguagem e é uma acumulação do acúmulo de informações complexas sobre a reorganização da mesma. Assim, a função da inteligência é a de organização das estruturas cognitivas, que ele resumiu sob o nome de equilibração (maturação, conhecimento físico e interação social).

O equilíbrio em sua teoria, aparece como a capacidade de adaptação e controle do meio, pois a partir dos reflexos são formados os esquemas cognitivos. Assim, tudo que será “novo” no esquema cognitivo de uma criança irá desencadear um desequilíbrio mental, então, para conhecer o “novo” o indivíduo tem que fazer uso da acomodação.

Então, o equilíbrio é a capacidade de manter a estabilidade da organização mental. Os novos esquemas cognitivos, partindo dos já existentes, levam a um aperfeiçoamento do esquema adaptativo. Essa adaptação utiliza dois mecanismos – assimilação e acomodação.

ASSIMILAÇÃO: A realidade externa é interpretada por meio de algum tipo de significado já existente na organização cognitiva do indivíduo.

Piaget retira este conceito da biologia, ou seja, no sentido da fisiologia de assimilar o alimento e transformá-lo em energia. Desta mesma forma quando uma pessoa entra em contato com um objeto de conhecimento ela retira algumas informações e as retém, e são essas informações, que são retidas porque existe uma organização mental a partir de estruturas pre-existentes.

Assimilar = interpretar um objeto = associar o objeto e dar seu próprio significado.

ACOMODAÇÃO:

É a origem do processo ensino aprendizagem. A modificação dos esquemas cognitivos, com a transformação das habilidades do indivíduo, como por exemplo: aprender a escrever – mudança no patamar do desenvolvimento. Na acomodação exige uma modificação dos esquemas mentais assimilados a fim de que um novo conhecimento seja construido. É a tranformação.

Assim, a inteligência é uma adaptação, pois primeiramente

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