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Teologia Da Idade Media

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Por:   •  4/9/2014  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  910 Visualizações

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A Filosofia e a Teologia da Idade Média

Filosofar e informar-se são duas coisas bem distintas. Filosofar significa semprechegar a resultado, tomar decisões. Por isso seria muito pouco simplesmente descreveraqui o cristianismo como um fator determinante na história ocidental. Com isso, ocristianismo e a Igreja sempre equivaleriam. Sendo assim, a aspiração e o conteúdo docristianismo podem ser adequadamente compreendidos?Isso precisa de uma análise de dois tipos do Novo Testamento: Compreensãohistórica e decisão pessoal. Empenho na compreensão histórica, uma vez que asinformações das instâncias educacionais são simplesmente insuficientes, como asadvindas do convívio familiar, do educacional, das religiões e da mídia; decisão pessoalexigida pelo próprio assunto. A esse respeito, algumas referências.A peculiaridade do novo testamento, O Novo Testamento é um testemunho de féde povos primitivos e tais testemunhos se expressam inteiramente segundo as ideiasdaquela época. Seria um grande equivoco, portanto, do que criticar as narrativas sobre osmilagres de Jesus, dizendo que são “falsos” nossos conceitos de natureza e deobjetividade, certamente ainda não existiam nessa visão de mundo. Devido a essa divisãodo mundo e formas de representação, é muito difícil tornar palpável a figura do Jesushistórico.A pesquisa histórico-crítica deixa de fora dos relatos sobre sua vida o Evangelho deJoão, já que este surgiu cronologicamente por último, por volta do ano 100, e em grandeparte constituído de reflexões teológicas. Dos três primeiros relatos, o Evangelho deMarcos é o mais antigo, por volta do ano 70, enquanto o de Mateus e o de Lucas devemter sido escritos entre 75 e 95. Entre outras tradições, Mateus e Lucas recorrem aoEvangelho de Marcos. A dependência desses evangelistas e a transformação por eleoperada são facilmente reconhecíveis quando colocamos os três evangelhos um ao ladodo outro e obtemos uma visão de conjunto, ou seja, um resumo. Por isso, Mateus, Marcose Lucas são chamados de “sinópticos”. O uso de uma sinopse do evangelho é bastanterecomendável para todos aqueles que queiram analisar mais de perto a história datradição.O problema do texto se complica ainda mais com os conhecimentos da assimchamada escola histórica de pesquisa bíblica. De acordo com ela, os evangelhoscompõem-se de partes separadas, adaptadas segundo regras determinadas e que

originalmente circulam de maneira independente na comunidade. Portanto, encontram-se nos evangelhos camadas distintas, intimamente entretecidas, como palavras de Jesussupostamente tidas como autênticas afirmações atribuídas a Jesus pela comunidadeprimitiva, narrativa das comunidades primitivas, a redação dos evangelistas, queperseguiam, por sua vez, um determinado interesse teológico e por fim, interferências deépocas posteriores.Um pequeno trecho de uma sinopse revela de imediato a composiçãodiferenciada, nesse caso em relação à questão de qual saber Jesus dispõe.

Quando ocorrerá o retorno?Mateus 24.34-36

Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que estas coisasaconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Porém arespeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem mesmo os anjos do céu, nem o filho, masunicamente o Pai.

Marcos 13.30-32

Em verdade vos digo que não passará esta geração até que todas estas coisasaconteçam. Passarão o céu e a terra, mas as minhas não palavras não passarão. Mas arespeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão o Pai.

Lucas 21.32-33

Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.Visto que as palavras de Marcos, “nem o Filho”, causaram aparentemente umescândalo, Mateus as omitiu, ao passo que Lucas contornou o problema de maneiraelegante. Por que essas alterações, por que, aliás, relatos escritos sobre Jesus? Resultaclaro, a partir de numerosas passagens citadas no Novo Testamento, que Jesus de Nazaré

pertence ao grupo dos judeus apocalípticos. O conteúdo de sua mensagem é a vinda doreinado iminente de Deus e o apelo para a conversão radical (um apelo que em suaradicalidade ultrapassa as diversas conceituações de religiosidade e de deus da época).Após sua morte, seus seguidores viviam na expectativa imediata da parúsia,(“presença”) do retorno de Jesus e do início da nova era. Com a demora cada vez maiordessa parúsia, formulavam problemas que podiam ser solucionados unicamente por meiode interpretações sempre novas da figura de Jesus. Essa situação antes de tudo despertouo interesse pela vida de Jesus, antes e depois de sua morte, e pelos relatos de milagres,nos quais se revelava seu poder. Assim, Jesus sempre recebeu o título mais alto. Ele torna-se

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