Trabalho De Aconselhamento

Ao estudar sobre Viktor Frankl e Carl Ramson Rogers, vemos dois trabalhos terapêuticos que seguem uma linha voltada para o indivíduo. Ambos focam na pessoa, e o objetivo é leva-la a uma reflexão sobre suas dores, crises, problemas, buscando assim um crescimento diante de tais situações.

Viktor Frankl foi um psicólogo que foi submetido ao campo de concentração e nesse período ele passou por várias experiencias que o levaram posteriormente a escrever o livro “Um Psicólogo no Campo de Concentração”. Nesse livro ele aborda o que aprendeu e o levou a descoberta da Logoterapia.

Ele divide o livro em três partes, onde na primeira parte ele conclui que tudo que o ser humano tem é a sua vida, seu corpo nu, ou seja, nossa “existência nua e crua”. Essa reflexão nos leva a ver que em meio as crises e problemas o ser humano luta pela preservação da sua vida. Diante disso ele aborda onde fica a liberdade humana? Ele conclui que o ser humano tem dentro de si algo que ninguém pode roubar dele, a sua liberdade e que mesmo em situações mais difíceis ele pode conservar a sua liberdade e dignidade. Assim a pessoa pode crescer independentemente da situação exterior. Depende dela própria. Nos levando a refletir que “nenhum ser humano pode ser comparado a outro” e também “o que a vida espera de nós”.

Na segunda parte do livro ele aborda os conceitos fundamentais da Logoterapia, onde o foco é tirar a pessoa foco de atenção de todo círculo vicioso e mecanismos retro alimentadores, que levam a criação das neuroses. Assim ele aborda que para a Logoterapia, “a busca de sentido na vida é a principal força motivadora do ser humano”. Assim somente a própria pessoa pode cumprir o seu sentido da vida. Diante disso, ele conclui que as pessoas vivem constantemente a “angustia existencial”. Ele conclui que a função da Logoterapia é ajudar a pessoa a encontrar o sentido da sua vida. Segundo Frankl, devemos olhar o ser humano que está por trás da doença, tratando assim de maneira humanizada.

Na terceira parte do livro ele aborda três aspectos da existência humana, que são: a dor, a culpa e a morte. Ele propõe que existe no homem a capacidade de “transformar aspectos negativos em algo construtivo”. Abordando a questão do sentido da vida, o homem atinge a felicidade que lhe dará capacidade de enfrentar o sofrimento. Para Frankl o homem é agende do seu destino e ele próprio determina se cede ou não aos condicionamentos que lhe são impostos.

Carl Ramson Rogers, desenvolveu trabalhos onde a psicologia abordava o cliente de maneira “não diretiva” e posteriormente “centrada na pessoa”. O foco é o indivíduo.

Ele dizia que deve haver uma atitude de congruência e autenticidade por parte do terapeuta. Ou seja, o cliente confia no terapeuta, e o terapeuta o aceita como ele é e sente a vontade de ajuda-lo, criando assim um ambiente onde cada um preserva seu eu, e suas individualidades são respeitadas.

Na orientação rogeriana o cliente conversa com o terapeuta e este atento ao que o cliente diz, vai juntando fatos que parecem ser isolados, formando assim uma cadeia de sentimentos, ou de comportamentos expressos ou reprimidos, tudo isso em um ambiente sem um “juiz”, o que leva o cliente a reflexão.

Na terapia centrada no cliente ou na pessoa, o foco é o indivíduo e não resolver problemas específicos. Assim é liberado