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Trabalho em andamento - Filosofia Analitica

Por:   •  31/1/2017  •  Artigo  •  527 Palavras (3 Páginas)  •  340 Visualizações

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A ESTRUTURA DO MUNDO E REALIDADE NO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS: A ONTOLOGIA DO PRIMEIRO WITTGENSTEIN

Lourival Alves Cardoso - UESPI/GEFAN-PHB

uespifilosofia.lourival@gmail.com 

RESUMO: Para estabelecer os limites daquilo que se pode pensar, e consequentemente do que não se pode pensar, nos exige uma investigação sobre a estrutura do mundo e a realidade. A linguagem se mostra ser o pilar para nosso conhecimento sobre ambas, pois somente por meio desta que podemos representar e/ou demonstrar o mundo e nossa realidade. Wittgenstein estabelece inicialmente no Tractatus Logico-Philosophicus o que entende-se por mundo, depois o nosso modo de representa-lo de forma enunciativa; ele não esta preocupado em nos dizer o que o mundo é (em si mesmo), mas o que pode ser demonstrado pela linguagem. Inúmeros sistemas filosóficos tendem a demonstrar a estrutura essencial do mundo ancorada em entidades ou conceitos abstratos, construções geométricas, ou objetos da experiência sensível; em outras palavras, buscavam demonstrar essa estrutura por meio de sua essência. Quando L. Wittgenstein apresenta sua tese sobre a ontologia do mundo ele delimita a estrutura sem se preocupar em dizer o que os seus componentes essenciais são em si mesmo, mas mostrar esses elementos na suas relações interdependentes e sua importância na configuração da estrutura do mundo. Ao buscar estabelecer os limites do que a linguagem pode dar conta, o filosofo tenta eliminar os “monstros” metafísicos, isto é, tratar do problemas que não estejam fora dos limites da lógica e da linguagem. Wittgenstein pensa o mundo (nessa sua primeira fase) dentro do espaço-lógico, este faz a demarcação da realidade total; o que está para além desse espaço-lógico é o ilógico. O mundo não é composto pela totalidade das coisas, mas do fatos que se fazem presente no espaço-lógico, ou seja, os fatos determinam o mundo e a sua totalidade determinam tudo o que é e o que não é o caso. Os fatos complexos são constituídos por fatos elementares interligados, estes fatos elementares são os estados de coisas, e estes nada mais são do que  uma ligação de objetos (coisas) numa determinada configuração. Para o filósofo não se pode pensar nenhum objeto fora da sua possibilidade de ligação com outros objetos, pois é essencial para a coisa ser parte constituinte do estado de coisas e nada é casual na lógica, não existe acaso. A coisa pode aparecer em toda e qualquer possibilidade de ocorrência desde que  tenha o vínculo com o estado de coisas, este vinculo é a auto-suficiência da coisa; ao se conhecer o objeto se conhece também todas as suas possibilidades de aparecimento nos estados de coisas, o objeto é simples e é a substância do mundo, porém ele não diz o que é o objeto e se limita a mostrar suas possibilidades de existência. O objeto  quando nomeado só terá sentido na proposição articulada. A realidade abrange tanto os fatos positivos como os negativos, todos os estados de coisas existentes e os inexistentes. Os limites estabelecidos são os limites do uso da linguagem na nossa representação do mundo, ele não está buscando dizer o que ou como as coisas são, mas o que é possível representar por meio da linguagem.

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