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ÉTICA A NICÔMACO DE ARISTÓTELES

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Por:   •  28/4/2013  •  1.928 Palavras (8 Páginas)  •  792 Visualizações

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RESUMO

ÉTICA A NICÔMACO DE ARISTÓTELES

Introdução

O livro em questão, intitulado como Ética a Nicômaco foi escrito por Aristóteles É uma obra composta por dez livros, onde Aristóteles assume o papel de um pai preocupado com a educação e a felicidade de seu filho. Teve também a intenção de fazer com que as pessoas reflitam sobre as suas ações e coloque a razão acima das paixões, buscando sua felicidade individual e coletiva, pois o ser humano é um ser social e suas práticas buscam visar o bem comum.

Livro I:

A arte e a investigação, assim como toda ação e escolha, visam a um bem qualquer. Sempre existem para as coisas que fazemos algum fim que desejamos para si mesmo, onde tudo é desejado por causa dele, sendo assim, esse fim deve ser o bem, ou melhor, o sumo bem. Esse bem nada mais é que o objeto da ciência mais prestigiosa, o que prevalece sobre tudo.

Nesse cenário esta a ciência política, que determina quais as ciências que devem ser estudadas, o que deve abranger a finalidade das outras, de maneira que essa finalidade deverá ser o bem humano. As ações corretas e justas, que a ciência política investiga, admitem grande variedade e flutuações de opinião, onde se deve indicar a verdade de forma aproximada e sumária, e nesse contexto, o homem instruído busca a precisão.

As discussões dos fatos da vida giram em torno da ciência política, e todo conhecimento e trabalho buscam algum bem, assim, é preciso procurar o mais alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação, o que é um bem supremo, uma felicidade, sendo que o bem viver e o bem agir, e podem ser equivalentes a ser feliz.

Os bens que são atingíveis e realizáveis podem ser indicados como padrão, podendo assim, o que permite conhecer melhor os bens que são bons para nós. A felicidade é buscada sempre por si mesma e nunca no interesse de outras coisas. Enquanto a honra, o prazer, a razão, todas as demais virtudes, ainda que as escolhamos por si mesmas, fazemos isso no interesse da felicidade, buscando ser feliz nessa busca.

A felicidade pode ser definida como uma atividade da alma, sendo inerente ao homem. Para a felicidade é preciso não apenas virtude completa, mas também uma vida completa.

Livro II:

Podem-se citar duas espécies de virtude, a intelectual, que em grande parte, gera crescimento e requer experiência e tempo; e a moral, que é adquirida em resultado do hábito. As virtudes podem ser adquiridas pelo exercício, por isso, é muito importante atentar para a qualidade dos atos que praticamos.

A virtude e o vício também se relacionam. Existem três objetos de escolha e três de rejeição: o nobre, o vantajoso, o agradável; e os contrários: o vil, o prejudicial e o doloroso. Em relação a todos eles, o homem bom tende a agir certo e o homem mal sempre age de forma errada.

Na alma é possível encontrar três espécies de coisas: paixões, faculdades e disposições. A virtude deve ser uma dessas, mas não podem ser paixões e nem faculdades, só podem ser disposições. A virtude é uma disposição de caráter relacionada com a escolha de ações e paixões. A virtude pode ser considerada um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve excesso e o outro falta.

Livro III:

Somente as paixões e ações podem ser louvadas ou censuradas, sendo que, as involuntárias recebem perdão e às vezes inspiram compaixão, por isso, as ações podem de distinguir entre o voluntário e o involuntário.

As ações involuntárias são aquelas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância. Tudo o que é feito por ignorância é involuntário, assim como o que produz sofrimento e arrependimento. É preciso também passar pelo exame da escolha, o que está ligado de forma íntima à virtude.

É preciso estar atento em relação a diferença em agir por ignorância e agir na ignorância. O desejo se relaciona com os fins e a escolha com os meios. A escolha passa a ser louvada pelo fato de relacionarem-se com o objeto conveniente ou por ser acertada, onde escolhemos o que sabemos e pensamos ser o melhor.

Livro IV:

Agora vamos citar a liberalidade, que é considerada um meio-termo em relação à riqueza. Por isso, a riqueza será mais bem usada pelo homem que possui a virtude relacionada com a riqueza, o que torna um homem mais liberal.

O termo liberalidade é usado considerando as posses de um homem, pois é uma virtude que não reside na grande quantidade de dádivas, mas na disposição de caráter de quem dá, que sempre é proporcional as suas posses.

A avareza consiste em duas coisas: a deficiência no dar e o excesso no tomar, sendo uma disposição de caráter, sendo determinada pelas suas atividades e pelos seus objetos. O homem que se inclina para o excesso é vulgar e sempre se excede.

O homem magnânimo deve ser bom, e possuir grandeza em todas as virtudes, além de possuir um caráter bom e nobre. E no que diz respeito ao poder se conduz de forma moderada.

Livro V:

Deve-se indagar agora a respeito da justiça, assim como as ações que se relacionam a ela. A justiça é a virtude completa, por isso, a justiça é muitas vezes considerada a maior das virtudes, sendo considerada uma virtude completa, no mais próprio e pleno sentido do termo. É apontada como completa, pois a pessoa que a possui pode exercer sua virtude não só em relação a si mesmo, como também em relação ao próximo.

O justo é, por conseguinte, uma espécie de termo proporcional, a proporção é uma igualdade que envolve as razões, que se relaciona com os extremos, onde o magistrado é um guardião da justiça e também guardião da igualdade.

Livro VI:

As virtudes da alma podem ser divididas em virtudes do caráter e outras do intelecto. E a alma ainda pode ser citada como tendo duas partes: a que concebe uma regra ou principio racional e a privada de razão, onde são duas as partes racionais: uma pela qual contemplamos as coisas cujas determinantes são invariáveis, outra pela qual se contempla as coisas passiveis de variação.

A virtude se relaciona com o seu funcionamento apropriado, são três os elementos da alma que controlam a ação e a verdade: sensação, razão e desejo. A virtude moral é uma disposição de caráter relacionado com a escolha, onde a escolha é um desejo deliberado.

As disposições da alma pelas quais possuímos

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