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ÉTICA EM NENHUMA

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Por:   •  14/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  8.318 Palavras (34 Páginas)  •  212 Visualizações

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ÉTICA À NICÔMACO:

Livro 1

Toda arte e toda a investigação tende a um bem qualquer, fazendo com que todas as outras coisas tendam também a ele. Muitas são as ações das artes e ciências, assim como suas finalidades, que só são procuradas em função daquelas. Há um bem o qual todas as ciências buscam em comum e o conhecimento deste é de fundamental importância sobre nossas vidas, o objeto do nosso estudo será determina – lo em linhas gerais partindo da ciência política, pois esta define o que é certo, o que deve ser estudado e o que deve ser ensinado, visto que ela se utiliza sobre as demais ciências e legisla sobre elas, abrangendo portanto a finalidade das demais, que podem beneficiar indivíduos ou toda a sociedade, sendo este último interesse mais divino e nobre.

A ciência política admite uma flutuação nos seus conceitos de belo e justo, tornando - se existente quase que somente por convenção. Flexibilidade de conceito semelhante existe referênte aos bens, pois ja houve quem perecesse por causa de sua riquesa ou coragem, por isso vamos nos contentar em encontrar a verdade de forma aproximada, e não absoluta. Definido vulgarmente, a busca das ciências políticas pode ser a felicidade, o bem viver, o ser rico ou ter saúde, para alguns pensadores este objeto seria um bem que, de tão grandioso, torna-se inacessível e por existir tão grandes divergências consideraremos os conceitos mais razoáveis.

Platãoquestionava “Estamos no caminho que parte dos primeiros principios ou estamos nos dirigindo a eles ?”

e para entrar nesta discusão avisamos desde já que deve-se ter sido educado nos bons hábitos e ser ouvinte, como dizia

Hesiodo“Ótimo é aquele que de si mesmo conhece todas as coisas, bom o que escuta os conselhos dos homens judiciosos, mas o que por si não pensa, nem acolhe a sabedoria alheia, este é em verdade um homem inteiramente inútil”

Existem três modos de vida, o do homem inútil, o da vida política e o da vida contemplativa, podemos dizer que a razão da vida dos primeiros citados (ignorantes) é a felicidade e que a honra é o bem da vida política, pois muitos a buscam incessantemente, talves por quererem um reconhecimento de uma vida honesta, nos permitindo colocar então a virtude também como uma razão deste modo de vida, mas fica ainda o quadro incompleto. Veremos somente mais tarde a vida comtemplativa. Quanto a vida na busca pelo dinheiro, ela é forçada, a riquesa é util mas não faz parte da nossa busca.

Consideremos o bem universal, em uma visão diferente da dePlatão, os bem estão divididos em duas classes, aqueles por si mesmos, buscados particularmente, e os que servem para proteger outros bens ou afastar seus opostos, mas os bens não são uma espécie de elemento comum que corresponda a uma idéia única, eles se mostram diferentes nas diversas ciências e artes, sendo o objetivo destas, pois é pela saúde do paciente que o médico busca a cura e quando esta é alcançada se faz o bem procurado. Esta não correspondência única de idéias faz com que o bem universal seja inatigível, deixando de ser o objeto de nossa busca, assim como este conjunto de bens, pois procuramos aquele que é o absoluto dos absolutos, um bem buscado por ele mesmo e não por qualquer outra coisa, como a felicidade, pois a honra, o prazer, a razão, tudo é buscado ao fim dela, fazendo desta um bem absoluto, auto suficiente e finalidade de todas as ações. Concluido isso temos um esboço do que procuramos. A quem diga que o começo é mais que a metade do caminho pois é mais facil completar o que já esta começado que iniciar um trabalho.

Os bens que se relacionam com a alma são as ações e atividades psíquicas, este são os bens no sentido mais

verdadeiro da palavra, o homem feliz vive bem, age bem.

Nos jogos olímpicos não são os homens mais fortes e belos que ganham mas os que competem, pois só no meio destes surgirão os vencedores, assim sendo também as coisas nobres e boas da vida , que só são conquistadas pelos que agem corretamente. O homem bom não encontra conflitos dentro de si, mas sim paz entre seus interesses, que são nobres. O homem que não se compraz nas ações nobres não é bom pois quem consideraria justo um homem que não sente prazer em fazer o bem. Portanto a felicidade é a melhor, a mais nobre, a mais aprazível coisa do mundo, ela é nossa busca. Mas a felicidade não é facilmente alcançada sem outros bens (os meios no qual se chega a ela) pois dificilmente um homem que não tem amigos ou filhos, ou os tem e eles são perversos ou a morte levou os bons, alcançará a felicidade, que alcançada por acaso não é tão realizadora quanto aquela que foi intensamente procurada.

O homem feliz é aquele que consideramos que foi feliz durante a vida e até nos momentos mais difíceis agiu com moral e nobreza. As atividades de cada um dá, ou não, nobreza e felicidade a vida, portanto, nesta visão um homem de atitudes nobres nunca se tornará um homem infeliz por nunca ter tomado atitudes não nobres ou ignóbeis assim como também a felicidade ou os infortúnios dos amigos e decendentes deste homem antes e depois da morte não são capazes de tirar a felicidade de quem a tem ou da-la pra quem nunca a teve.

Louvamos a felicidade? Louvamos aos deuses porque os comparamos conosco e vemos que eles são melhores, mas quando nos comparamos com a justiça e a felicidade sempre louvamos aquela, talves porque temos felicidade com algo maior, assim como o prazer pois ambos não são louvados, nós os colocamos como algo que esta acima de nós.

A felicidade é uma vitude e portanto para entender aquela devemos estudar esta. O político é o estudioso da virtude e para conhece-la como atividade da alma, deve estudar a alma, assim com um oftalmologista deve também ter um conhecimento geral de todo o corpo para entender o funcionamento dos olhos. As virtudes são as disposições louváveis do espírito, e elas são divididas em intelectuais (como a compreensão ou a sabedoria filosófica) ou morais (como a liberdade ou temperança), sendo por estas virtudes que consideramos os homens.

Livro 2

A virtude intelectual é adquirida com o tempo, ao passo que a virtude moral é adquirida pelo hábito, pois a natureza não nos dá virtudes, mas sim a capacidade de recebe-las e esta se aperfeiçoa pelo hábito, assim como as demais coisas que nos vem por natureza, primeiro recebemos a potência e depois cumprimos a atividade, nos tornamos justos praticando a justiça,

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