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Ética

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Por:   •  3/12/2014  •  1.383 Palavras (6 Páginas)  •  677 Visualizações

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Trabalho sobre Dilemas Morais

Tema e problema:

A situação proposta para análise: “O possível sacrifício da vida de uma pessoa em benefício à vida de outros” se configura como um dilema moral, pois divide grupos em discussões embasadas no senso comum, mas também em muitos casos, em discussões filosóficas que buscam alicerce no estudo da ética, seja ela utilitarista ou universalista, para justificar suas posições.

Entretanto, o problema que se observa é: qual das duas correntes filosóficas é a mais aceitável. Será que a ética utilitarista é a mais correta, pois é imparcial, e não se importa com os meios para justificar seu fim (bem estar), ou Kant com sua ética universalista que, ao contrário da outra, valoriza o meio, e quando um indivíduo deste meio pratica um ato que prejudique outrem já se anula a ética, pois um ato que prejudique outra pessoa não pode ser universalizado, desta forma, sendo moralmente incorreto? Ou ainda, será que podemos mesclar as duas correntes para encontrarmos um caminho coerente para o que é certo ou errado, ou se podemos ou não privar a vida de uma pessoa em beneficio de outras?

Teoria e os argumentos da posição assumida pela equipe colaborativa:

O grupo se posiciona como refutando a ideia de que a ação do sacrifício relatada no dilema moral possa configurar uma ação legitimamente ética e justa. Para isso o grupo se ancora nos argumentos da ética universalista de Kant, segundo a qual a ação do sacrifício descrita é moralmente incorreta e não ética.

A teoria ética de Kant se centra nas intenções das ações humanas e assim afirma que os fins não podem justificar os meios, a teoria prega como máxima o “imperativo categórico”, no qual uma ação pode ser considerada moralmente ética somente se puder ser universalizada e ser tornada lei. Portanto, uma atitude de indiferença em relação aos outros é eticamente ilícita, pois não permite a generalização do comportamento.

Enquanto visão universalista e utilizando o imperativo categórico para avaliar a ação, podemos dizer que a atitude de tais homens não teve caráter moral, independente da situação na qual se encontravam ou das variáveis. A intenção do ato dos homens que mataram levou em conta, apesar de tudo, a vontade que eles tinham de sobreviver, porém esta vontade contrasta com o outro homem morto, que também, certamente a possuía. Quando os homens que mataram racionalizaram suas vontades de sobreviver, obtiveram vantagem ao se alimentar do corpo do outro homem; portanto a atitude não pode ser universalizada e nem justificada como certa moralmente.

Teoria e os argumentos contrários à posição defendida:

O grupo refuta a ética utilitarista, segundo a qual o ato do sacrifício descrito no dilema moral, configuraria uma ação moralmente correta, por acreditar que o sacrifício de uma vida para salvar outra é imperdoável em qualquer contexto e de que não temos o direito de manipular uma vida e sacrificar uma em detrimento de outras, porque a questão não é qualitativa.

Pode se pensar, por vezes, que a ética utilitarista segue uma abordagem mais realista e mais pertinente ao nosso cotidiano, já que se ocupa do mundo social e da relação dos homens, enquanto Kant baseia sua teoria ética em aspectos morais mais abstratos, neste sentido a ética utilitarista é formulada á partir da máxima de que é impossível agir e ser um sujeito livre sem que nossas escolhas e ações (e suas decorrentes consequências) interfiram no mundo à nossa volta e nas relações dele constituintes. A perspectiva utilitarista estabelece que devemos achar meios para o agir, sendo que o ponto de convergência para encontra-los fica entre o que o indivíduo quer e o que atinge menos o coletivo (bem maior para o maior número de pessoas). Isso porque, para sermos felizes precisamos, sim, satisfazer nossas vontades e anseios individuais, mas não conseguimos ser felizes através da infelicidade dos outros, por isso temos de respeitar o coletivo também considerando o que queremos individualmente.

Porém, pode se perceber que o principal preceito desta corrente “bem maior para o maior número de pessoas” é exposto exatamente como um cálculo matemático. Neste cálculo o bem-estar de cada ser envolvido tem o mesmo peso dentro do bem-estar geral; e o que é levado em conta no final é o “saldo líquido” de bem-estar, (decorrente da soma do bem-estar de cada indivíduo envolvido na ação) independente de como o saldo do bem-estar é distribuído na consequência de uma ação. Então o que a Ética Utilitarista nos diz é que o que conta no final, para considerar o bem maior, é a quantidade global de bem-estar produzido, mesmo que repartido desigualmente, assim sendo, o Utilitarismo considera válido sacrificar o bem estar de uma minoria a fim de aumentar o bem-estar geral, já que o infortúnio de uma minoria é compensado pelo bem-estar da maioria; sendo o saldo de bem-estar/felicidade maior ao final da ação, então a ação é julgada

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